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Alfabetização

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Por:   •  9/11/2014  •  Resenha  •  688 Palavras (3 Páginas)  •  174 Visualizações

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Decodificar, entender os símbolos e usá-los para se comunicar. Com estas competências, podemos dizer que o indivíduo está alfabetizado? Talvez. O conceito de alfabetização vem mudando muito nas últimas décadas. Nos anos 1940, o censo considerava uma pessoa alfabetizada pelo simples fato de ela poder assinar o próprio nome. Mas este conceito se tornou ultrapassado e evoluiu com o passar dos anos. Hoje, criaram-se dimensões ainda maiores.

Alfabetizar, segundo o dicionário, é: Ensinar a ler e a escrever, dar instrução primária.

Para alguns teóricos, essa definição, mesmo estando no dicionário, é muito limitada, pois, alfabetizar é muito mais do que simplesmente ensinar a decifrar as letras, significa mostrar que alguns símbolos juntos formam outro símbolo que simboliza um objeto – não necessariamente físico.

Estar alfabetizado é saber ler e escrever, é “brincar” com as letras, formar palavras, frases, textos; transmitir ideias e sentimentos. E além de tudo, exige habilidade apurada da coordenação motora fina. “Ninguém escreve se não escrever”. (Paulo Freire, 1993, p 267).

Outra concepção do ato de ler e escrever está diretamente relacionada à capacidade de interpretação, não somente de textos escritos, pode ser uma imagem, um símbolo, um desenho etc.

Estar alfabetizado significa ser capaz de interagir por meio de textos escritos em diferentes situações; significa ler e produzir textos para atender a diferentes propósitos. A criança alfabetizada compreende o sistema alfabético de escrita, sendo capaz de ler e escrever, com autonomia, textos de circulação social que tratem de temáticas familiares ao aprendiz.

A alfabetização deve ser compreendida como processo que vai muito além da aquisição do código. Estar alfabetizado significa atribuir significado e sentido às funções sociais vinculadas à escrita. Segundo Gordon Wells3 , estar plenamente alfabetizado é ser capaz de compreender diferentes tipos de textos, possuir um repertório de procedimentos e habilidades para relacioná-los em um campo social determinado.

A aquisição do sistema da escrita não promove o desenvolvimento do intelecto mas, sim, a reflexão e o uso da multiplicidade de funções da escrita. Os adultos não alfabetizados, apesar de não dominarem o código escrito, estão imersos em um universo letrado que oferece pistas e possibilidades para um pensamento alfabetizado.

Durante muito tempo, acreditou-se que, primeiro, os educandos deveriam conhecer as letras, saber juntá-las, relacioná-las com a pauta sonora, saber pontuação, regras gramaticais etc. Só depois conseguiriam lidar com a linguagem escrita, ou seja, com a elaboração e compreensão dos textos.

No campo da alfabetização de adultos, essa concepção ainda é muito freqüente. Mesmo os adeptos da análise da realidade, quando no trabalho com a escrita, retrocedem ao ensino hierarquizado (primeiro, letras, depois, sílabas, palavras etc.).

O processo de ensino e aprendizagem da língua visa ao desenvolvimento da competência discursiva (ampliar a capacidade de produzir e interpretar textos orais e escritos), para possibilitar a resolução de problemas do cotidiano, a participação no mundo letrado,

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