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Anaxágoras

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Por:   •  27/5/2013  •  Resenha  •  748 Palavras (3 Páginas)  •  162 Visualizações

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Anaxágoras algumas vezes considerado um ancestral intelectual da atualmente popular cosmologia do big bang. Anaxágoras nasceu por volta de 500 a. C. Em Clazômenas, próxima de Izmir, e possivelmente foi um discípulo de Anaxímenes. Ao término das guerras entre Pérsia e Grécia, ele foi para Atenas e tornou-se um cliente do governante Péricles que também foi um de seus alunos assim como entre outros encontravam-se, Tucídides, Eurípedes e, talvez, Demócrito e Sócrates.. Ele se situa assim à frente da distinta série de filósofos que Atenas gerou ou recebeu.

Eis aqui sua explicação para o princípio do universo: “Todas as coisas as coisas estavam juntas, infinitas em quantidade e infinitas em pequenez; pois o pequeno era também infinito. E, estando todas as coisas juntas, nenhuma era reconhecível por sua pequenez. Tudo se situava entre ar e éter, ambos infinitos”.

A expansão do universo, Anaxágoras confirmava, continua no presente e irá continuar no futuro. Talvez ela já tenha mesmo gerado outros mundos alem do nosso. Como um resultado da presença de tudo em tudo, ele diz: “Foram formados os homens e os outro animais possuidores de alma. E os homens possuem propriedades e habitam cidades, assim como nós, e possuem um sol e uma lua e todo o resto, assim como nós. A terra produz coisas de todo tipo para eles, para que a cultivem e armazenem e armazenem, assim como o faz para nós”. E tudo isso o disse sobre o processo da separação, porque ele não teria acontecido somente aqui, entre nós, mas em toda parte também.

Anaxágoras tem assim o direito de ter sido o originador da idéia, mais tarde proposta por Giordano Bruno, e hoje popular novamente em alguns lugares, de que nosso cosmos é apenas um de muitos que poderiam, como o nosso, ser habitados por criaturas inteligentes.

O movimento que põe em curso o desenvolvimento do universo é, de acordo com Anaxágoras, o trabalho da Mente, inteligência, espírito, o nous. “Todas as coisas estavam juntas; então veio a mente e lhes deu ordem”. A mente é infinita e separada, e não tem a parte na composição geral dos elementos; se o tivesse, seria arrastada pelo processo evolucionário e não poderia controlá-lo. Este ensinamento, localizando firmemente a mente no controle da matéria, de tal modo chocou seus contemporâneos que eles apelidaram Anaxágoras “Mente”. É, no entanto difícil atinar exatamente o que sua doutrina, embora tenha impressionado enormemente tanto a Platão como a Aristóteles, signifique de fato na prática.

No diálogo Fédon, de Platão, Sócrates, em seus últimos dias na prisão, expressa sua desilusão gradual com as explicações mecanicistas da ciência da natureza encontradas nos primeiros filósofos. Ele teria ficado satisfeito, afirma, ao ouvir que Anaxágoras havia explicado tudo a partir do ”nous”, ou mente; mas ficara desapontado pela total ausência de referência, no trabalho deste, ao valor. Anaxágoras seria como alguém que dissesse que todas as ações de Sócrates eram realizadas por sua inteligência, e em seguida explicasse o motivo de ele estar sentado aqui na prisão discursando sobre a continuação de seu corpo por ossos e tendões, e pela natureza e pelas propriedades dessas partes, sem mencionar que ele havia julgado ser melhor sentar aqui em obediência à sentença da corte de Atenas. A explicação teleológica era mais profunda que a explicação

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