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Atiidade

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Por:   •  27/8/2014  •  Tese  •  431 Palavras (2 Páginas)  •  181 Visualizações

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Sérgio Buarque de Holanda em Raízes do Brasil

foi buscar nas fundações ibéricas de nossa cultura as justificativas para o nosso modo de ser. No entanto, seu discurso não parou no diagnóstico, o autor criticou nossas instituições e propôs mudança. Dentre as muitas interpretações que buscaram definir “quem somos nós”, Sérgio Buarque propôs uma tipologia do ser nacional, herdeiro das instituições ibéricas, provido de uma cultura luso espanhola

“mal formada nessa terra”, ou seja, desprovido de cultura própria. Sua crítica as instituições brasileiras abriu uma nova forma de ver o Brasil.

1. Essa questão de “quem somos nós” foi levantada no século 19, com a consolidação do Estado Nacional, e permaneceu como nossa indagação mais urgente, tornando-se a partir dessa época uma verdadeira obsessão da intelectualidade no Brasil. Evidentemente, a questão tem uma conotação absolutamente política, porque ao definir “quem somos”,definimos também os agentes legitimamente reconhecidos pela ação política.

Sérgio Buarque se contrapôs aquela velha ordem excludente imposta pela República Velha. Por isso, em sua obra desenvolveu um discurso político, apoiado na análise histórica. Segundo Andréa Sanhudo Torres,

“O discurso político é o discurso por excelência do sujeito em todos os sentidos, seu local de enunciação é a luta política, seu objetivo é vencer a luta através do jogo da desconstrução”.

Como veremos ou vimos Raízes do Brasil

é uma obra de desconstrução da imagem idealizada do brasileiro.

Sérgio Buarque dialogou diretamente com o “mito das três raças”, combatendo o romantismo do século XIX e as teorias deterministas que apresentavam o brasileiro como fruto da mistura de brancos,índios negros.

Sérgio Buarque apresentou o ser nacional como fruto de uma determinada cultura,assim é um ser cultural, mutante e, não como consequência de mistura biológica, imutável.

Não é por acaso que essa questão tenha sido formulada na inauguração do Estado nacional brasileiro e tenha se tornado a indagação maior de toda a tradição intelectual do Brasil. Dessa indagação política do ser nacional, projetam-se todos os modelos políticos da intelectualidade brasileira, desde o século 19.

Pois bem, dizíamos que Sérgio Buarque de Holanda e os seus outros parceiros da década de 1930 enquadram-se nessa perspectiva

suas obras têm conotações políticas evidentes.

Tanto Sérgio, como Freyre e Prado Júnior, ao perguntarem “quem somos” preocuparam-se com os destinos da nacionalidade e, nesse sentido, abriram o debate para novas direções, com a expectativa de redefinição da presença dos sujeitos sociais novos na cena brasileira para se pensar a cidadania.

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