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Ato Educativo

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Por:   •  2/3/2015  •  3.609 Palavras (15 Páginas)  •  688 Visualizações

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IAS 16

1 INTRODUÇÃO

Temos como objetivo, neste trabalho, apresentar nossa reflexão sobre a essência do ato educativo de seus atores que estão envolvidos diretamente com as crianças, em especial, da Educação Infantil. Para isto, visitamos a Escola Municipal de Ensino Básico "Padre Luiz Maria Ghisoni" para desenvolvermos um modo de conhecer que possibilite a percepção do processo de constituição daquilo que foi observado.

Focamos, em nosso trabalho, mostrar elementos como o envolvimento do mestre com seu alunos, a rotina e o papel da escola na formação das crianças, para assim, conhecer a realidade vivenciada pelos alunos e professores.

2 ESCOLA E EDUCAÇÃO

Para a criança, a escola aparece desde muito cedo como um dos espaços que orienta as suas ações no dia a dia. Sendo tão acostumados a esse tipo de situação, podemos imaginar que muitas crianças encarem sua presença na escola como algo completamente natural, porém, devemos entender que a escola não é um espaço natural – o segundo lugar ocupado pela criança depois da casa. Afinal, houve um longo processo de transformações, escolhas e ideias responsáveis pelo surgimento da escola que abrange uma história que passa por diferentes povos e diferentes noções sobre a educação e sobre as necessidades de uma criança.

Já na Antiguidade, a educação das crianças era uma preocupação presente entre as várias civilizações que se firmaram. Em casos diversos, observamos que a educação dos menores acontecia no espaço da casa. Os valores e o conhecimento eram diretamente transmitidos dos pais para os filhos. Já nessa época, percebemos que havia um universo de saberes considerado importante para criança e, ao mesmo tempo, uma divisão daquilo que meninos e meninas deveriam aprender para as suas vidas.

Com o surgimento de sociedades mais complexas, dotadas de instituições políticas e práticas econômicas sofisticadas, a noção de que a educação familiar era suficiente perde espaço. Nesse contexto, percebemos o surgimento dos primeiros professores, profissionais que se especializaram em repassar conhecimento. Não raro, esses primeiros professores eram exclusivamente contratados por famílias que possuíam melhores condições ou eles organizavam suas aulas em espaços improvisados, recebendo uma quantia de cada aluno integrante da turma.

Na Grécia Antiga, a educação era encarada como uma atividade para poucos, para aqueles que podiam consumir o seu tempo livre com o saber e não tinham a necessidade de trabalhar para garantir a própria sobrevivência. Sendo assim, percebemos que a educação era um privilégio garantido a uma parcela mínima da população.

No período medieval, o processo de ruralização da sociedade européia estabeleceu um novo quadro para as escolas. O ensino se mostrou restrito a uma população mínima, geralmente ligada ao recrutamento dos líderes religiosos da ascendente Igreja Cristã. Sendo o processo de conversão uma árdua tarefa, os membros da igreja passavam por uma ordenada rotina de estudos para que então pudessem dominar eficazmente a compreensão do texto bíblico. Enquanto isso, as comunidades nos feudos raramente tinham oportunidade de se instruir.

Ainda nos tempos medievais, percebemos que essa situação muda de figura com o renascimento dos centros urbanos e com a rearticulação das atividades comerciais. A necessidade de controle e de organização dos negócios e a administração das cidades exigiam a formação de pessoas capacitadas para tais postos. Sendo assim, as instituições de ensino passaram a se abrir para o público leigo, mas com forte presença de membros da Igreja que lecionavam em tais instituições. Ainda nesse momento, o saber continuava restrito a uma parcela pequena da população.

Adentrando a Idade Moderna, percebemos que o desenvolvimento dessas instituições abriu portas para novas reflexões sobre como as escolas deveriam funcionar e a qual público elas se dirigiam. A organização dos currículos, a divisão das fases do ensino e as matérias a serem estudadas começaram a ser discutidas. Paralelamente, a diferenciação entre o ensino masculino e feminino também surgiu nesse tempo. Até então, na grande maioria dos casos, o ambiente escolar ficava restrito às figuras masculinas da sociedade européia.

No século XVIII, o surgimento do movimento iluminista colocou o desenvolvimento de uma sociedade orientada pela razão como uma necessidade indispensável. Pautados por princípios de igualdade e liberdade, o discurso dos iluministas colocava o ambiente escolar como uma instituição de grande importância. No século seguinte, temos a expansão das instituições escolares na Europa, então comprometidas com um ensino que fosse acessível a diferentes parcelas da sociedade, independente da sua origem social ou econômica.

No século passado, esse processo de expansão das escolas superou os limites do continente europeu. Países marcados pela colonização experimentaram o aparecimento das escolas. Apesar dos aparentes benefícios de tal transformação, notamos que essas instituições não poderiam ser uma simples cópia do modelo europeu. Era necessário repensar o lugar da educação nessas outras sociedades, à luz de suas demandas, problemas e contradições.

Nas últimas décadas, o avanço da tecnologia e o crescimento acelerado dos meios de comunicação nos instigam a repensar seriamente como as escolas devem se organizar. Mais do que simples transmissão, a escola do século XXI deve se encaminhar para a construção de um saber autônomo, em que o indivíduo se mostre capaz de criticar e organizar o conhecimento que se mostre relevante para si mesmo.

Para entender melhor o funcionamento do ambiente educativo, foi nos indicado a realização de pesquisa de campo com abordagem qualitativa. A pesquisa aconteceu pelo fato de que, para compreender a educação atual seria preciso mergulhar no universo escolar, aproveitando-se de umas das características da pesquisa qualitativa que é ter o ambiente natural como fonte direta dos dados.

3 CONHECENDO A ESCOLA PESQUISADA

A instituição escolhida para a realização da pesquisa é a Escola Municipal de Educação Básica "Padre Luiz Maria Ghisoni", fundada em fevereiro de 1988, a partir do decreto nº 29/88 de 11/05/1988 do então Prefeito Jaime Veríssimo

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