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Aula Tema 1

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Por:   •  12/4/2013  •  2.927 Palavras (12 Páginas)  •  369 Visualizações

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O PIONEIRO ESQUECIDO:

TAYLOR E A GESTÃO DA QUALIDADE NAS EMPRESAS

Carlos Brandão Júnior (FSM) catbbj@yahoo.com.br

RESUMO

Hoje se ver que a qualidade nas empresas virou um requisito para a sobrevivência das empresas, mas, foi um grande diferencial competitivo que colocou as empresas japonesas no benchmarking mundial nos anos 80 e começo dos anos 90. Esse sistema foi implementado por Edward Deming e equipe no final da segunda guerra mundial e veio para eliminar o desperdício e aumentar a produtividade no processo produtivo nas empresas. Deming e Juran revolucionaram a qualidade nas empresas e tornaram o Japão um top of mind na área de qualidade. Esses teóricos que até hoje ainda são exemplos para todos os gestores, porém, falta um grande colaborador. Deming é conhecido como o pioneiro da qualidade nas empresas, porém, através deste artigo explanou-se que o pioneiro da qualidade nas empresas foi Taylor com sua administração científica. Ele sim foi o verdadeiro precursor da qualidade nas empresas, Taylor é o pioneiro esquecido.

Palavras Chave: Taylor. Qualidade nas empresas. Deming. Gestão da qualidade total (GQT).

1. INTRODUÇÃO

A qualidade deixou de ser um diferencial competitivo e agora é um requisito para todas as empresas que desejam se manter vivas no mercado globalizado de hoje. A qualidade nas empresas tornou-se um conceito no fim da segunda guerra mundial, onde vários países arrasados e necessitados de mudanças no seu parque industrial que foram destruídos pela guerra. O principal responsável pela mudança do Japão foi Edward Deming, que implantou o controle de qualidade através da estatística como diferencial competitivo em relação às indústrias ocidentais. Depois do modelo de Deming, veio um modelo conhecido como TQM (Total Quality Management), ou seja, Gestão da Qualidade Total. Foi desenvolvida por um teórico renomeado chamado J. Juran. Essa teoria se diferencia do controle da qualidade através da estatística porque Juran acreditava que o controle da qualidade não deve ficar só no processo produtivo e sim, em todos os níveis organizacionais. Através de este artigo, será explanado que houve um precursor da qualidade nas empresas antes de Deming, e esse precursor foi Frederick Winslow Taylor, com a sua Administração Científica. Ele implementou o que chamamos de qualidade interna (qualidade nos processos organizacionais). Vai ser explanado quem foi Taylor e o que é Administração Científica, afinal o que é qualidade nas empresas, a relação entre a Administração Científica e o Controle da Qualidade através da Estatística de Deming. Essa relação vai mostrar que Taylor já adotava os princípios da qualidade interna antes de Deming, isso torna Taylor o pioneiro da qualidade nas empresas.

2. TAYLOR E A ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA

Taylor foi um americano da cidade de Filadélfia, que após desistir de seus estudos foi ser mecânico na oficina Sharpe, daí, deu-se início a sua trajetória de mecânico até chefe de tornos já na Midvale Steel Company. Ele terminou o curso de engenharia mecânica em 1885 e percebeu que podia se exigir mais dos trabalhadores, ou seja, eles podiam ser mais produtivos. Ele começou estudando os tempos e movimentos dos funcionários com cronômetros e raciocínios matemáticos. Fez o estudo da fadiga para saber até onde vai a capacidade de produção de um trabalhador com saúde padrão. Seus trabalhos científicos foram expostos no sindicato de engenheiros mecânicos dos Estados Unidos. Até que em 1911, ele escreveu o livro que lhe deu reconhecimento mundial. O livro foi o Princípio de Administração Científica. TAYLOR em sua obra Princípio de Administração Científica disse que “O principal objetivo da administração deve ser o de assegurar o máximo de prosperidade ao patrão e, ao, mesmo tempo, o máximo de prosperidade ao empregado” (TAYLOR, 1979, p. ). Na época no qual ele trabalhava, o modelo adotado pelas empresas era o do iniciativa e incentivo. Esse modelo funcionava quando patrão dava um incentivo aos seus trabalhadores (incentivo financeiro) para obter iniciativa do trabalho deles (produção). Ele observou que esse modelo era falho por várias razões como:

• Não existia um método científico na hora da execução dos trabalhos, todas as atividades eram baseadas por métodos empíricos. Cada trabalhador usava o método que mais o agradasse.

• Ausência de acompanhamento da gerência, sendo assim, um trabalho sem meta e sem objetivo.

• Toda responsabilidade do trabalho ficava a critério dos operários. Ou seja, ausência da supervisão dos níveis de decisão.

• Não se tinha um controle sobre o processo produtivo real e não se sabia a capacidade máxima de produção. A organização não tinha parâmetros ou planejamento.

Esse modelo mostra que todo o trabalho fica sobre critério e responsabilidade dos trabalhadores, eles ditavam o ritmo de trabalho e eles que na verdade traçavam o futuro da empresa. Nesse modelo, não há prosperidade para o patrão e nem para o empregado, existe apenas desequilíbrio na relação. Segundo Chiavenato:

A administração científica é uma combinação de: Ciência em lugar de empirismo. Harmonia em vez de discórdia. Cooperação e não individualismo. Rendimento máximo em lugar de produção reduzida. Desenvolvimento de cada homem a fim de alcançar maior eficiência e prosperidade (CHIAVENATO, 2000, p.).

Podemos ver que a administração científica veio para melhorar produção e organizar todo o processo produtivo da empresa. A essência da administração por tarefa (ou científica) se divide em quatro elementos básicos:

• O desenvolvimento da ciência do trabalho a ser executado, com o estudo de cada movimento do trabalho, padronização de todas as ferramentas e condições do ambiente de trabalho.

• A seleção cuidadosa dos trabalhadores para executar o novo método de trabalho.

• Supervisionar a adaptação do trabalhador ao novo método, e incentivando-o com gratificações pelo serviço executado com primor e de acordo com o treinamento dado.

• Divisão eqüitativa do trabalho e responsabilidade entre os operários e a gerência.

Nesse último elemento, Taylor mostra que a direção e os operários têm que trabalhar em conjunto

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