TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Avermectinas

Seminário: Avermectinas. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  27/10/2013  •  Seminário  •  747 Palavras (3 Páginas)  •  276 Visualizações

Página 1 de 3

As avermectinas são metabólitos derivados da fermentação de Streptomyces avermitilis (Burg et al. 1979). Nesse grupo encontram-se a ivermectina, a abamectina e a doramectina, entre outras drogas quimicamente relacionadas e usadas na medicina veterinária e humana, como antiparasitários, e na agricultura, como inseticidas (Barragry 1994, Lankas et al. 1997).

A partir da década de 1980, as avermectinas começaram a ser utilizadas como anti-helmínticos (Taylor 2001, Ayres & Almeida 2002). A ivermectina, derivado sintético da abamectina, foi a primeira a ser comercializada (Chabala et al. 1980, Steel 1993). Em 1985, a abamectina foi lançada como antiparasitário e inseticida (Basílio 2005). Atualmente, as avermectinas estão entre as principais drogas utilizadas para o controle de endo e ectoparasitas em animais de produção (Corwin 1999) e a grande conquista do mercado consumidor se deve, em especial, ao amplo espectro de ação e margem de segurança (Forbes 1993).

As avermectinas, em geral, não causam efeitos tóxicos nos animais, pois apresentam alto peso molecular e não atravessam facilmente a barreira hematoencefálica (BHE) para atuarem no sistema nervoso central (SNC) (Lankas & Gordon 1989, Courtney & Roberson 1995, Ayres & Almeida 2002). Qualquer espécie, porém, pode ser afetada se a dose for grande o suficiente para penetrar a BHE (Andrade & Santarém 2002) e em casos de intoxicação, há histórico de exposição acidental ou contrária às recomendações (Moore 1999). Estes medicamentos também são contra-indicados em casos de doenças que causam danos à BHE (Nobmann et al. 2001, Tracy & Webster 2001) e devem ser utilizados com cautela em pacientes submetidos a terapias com agentes depressores do SNC (Tracy & Webster 2001). Algumas raças de cães pastores, bezerros com menos de quatro meses, roedores e coelhos gestantes apresentam uma maior susceptibilidade a fármacos desse grupo (Lankas & Gordon 1989, Andrade & Santarém 2002, Ayres & Almeida 2002).

A droga mais bem caracterizada do grupo, a ivermectina, pode induzir neurotoxicidade e alteração fetal. Surtos ocasionais de alterações neurológicas ocorrem em bovinos da raça Murray Grey que a recebem na dose prescrita, talvez por apresentarem uma maior permeabilidade da barreira BHE (Radostits et al. 2002). A ivermectina não é recomendada para bezerros com menos de 4 meses, dado o desenvolvimento incompleto da BHE (Pulliam & Preston 1989, Courtney & Roberson 1995, Ayres & Almeida 2002). A deficiência de glicoproteína-P no cérebro (Ayres & Almeida 2002), possivelmente como resultado de um defeito genético autossômico recessivo (Lankas & Gordon 1989, Andrade & Santarém 2002, Radostits et al. 2002) reduz o efluxo deste medicamento do SNC (Ayres & Almeida 2002) e aumenta a susceptibilidade de certos animais à intoxicação; algumas raças de cães como Collie, Old English Sheepdog, Shetland Sheepdogs, Australian Sheepdogs e seus mestiços, bem como cães e gatos com idade inferior a 6 semanas também são mais susceptíveis (Andrade & Santarém 2002).

Experimentos com intoxicações aguda, subaguda e crônica, realizados com a abamectina em ratos, coelhos, cães e macacos demonstraram resultados similares aos da ivermectina, exceto pela maior toxidez desse fármaco. Em geral, entre as principais manifestações

...

Baixar como (para membros premium)  txt (5 Kb)  
Continuar por mais 2 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com