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BETUME

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Por:   •  29/11/2013  •  5.737 Palavras (23 Páginas)  •  1.215 Visualizações

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BETUME

1) INTRODUÇÃO

A palavra betume refere-se a uma mistura natural de vários líquidos orgânicos, também chamado de betume bruto, ou a um resíduo originado no processo de destilação de carvão ou de petróleo, chamado betume refinado.

O betume refinado é um produto de cor castanho-negro, extremamente viscoso, sendo um material de tipo alcatrão, que era o produto do óleo utilizado devido às suas propriedades adesivas e coesivas. Seu maior uso contemporâneo está na pavimentação de estradas.

Já o betume bruto tem sua formação atribuída à decomposição de organismos situados profundamente na crosta terrestre, onde eles foram afetados pela pressão e calor intensos.

Os betumes podem ser encontrados em Slanik, na Moldávia, em Boryslaw, na Galícia, em Newcastle, na Austrália e em Baku, região petrolífera da Federação Russa. Depósitos naturais de betume podem ser encontrados em todo o mundo, com as maiores jazidas localizados no Canadá e Venezuela.

Porém a quantidade dessas jazidas são demasiadamente baixas para consumo humano. Assim, a maioria é produzida através de um processo de destilação fracionada. Betume refinado é um suprimento feito a partir de óleos de petróleo bruto, e foi produzido desta maneira, desde o século XIX. O aquecimento do óleo bruto produz um resíduo, o qual é então utilizado para a fabricação de vários graus de betume. Avanços mais recentes levaram à produção de betume a partir de fontes não-petrolíferas, tais como milho, arroz e melaço.

A indústria da construção utiliza 85% de betume para a ligação de asfalto nas estradas, enquanto que 10% de betume são aplicados para coberturas. Provou ser um material valioso devido à sua resistência às intempéries.

2) DESENVOLVIMENTO

2.1) HISTÓRICO

A fonte da palavra betume vem do antigo termo sânscrito "jatu" e "jatu-krit", que significa "pichar". O termo era aplicado para designar essa forma de petróleo naturalmente encontrada, recebendo diversas denominações como: asfalto, alcatrão, lama, resina, azeite e óleo de São Quirino.

A utilização desse produto é bastante variada no decorrer da história e varia de acordo com contextos geográficos e sociais, no entanto, foi historicamente utilizado para tarefas como impermeabilizaçăo, construçăo civil, bem como a composiçăo de ferramentas mais complexas que exigiam algum elemento de ligaçăo.

O uso humano deste material está datado em 5000 a.C., mas já foram encontrados a sua presença em várias ferramentas do Neandertal.

Na Mesopotâmia, em 3000 a.C, o betume era utilizado como material de construção, encontrado entre os rios Tigre e o Eufrates. Em Jerusalém foi introduzido o betume no templo para iluminar altares.

A Bíblia cita lagos de asfalto, usado como impermeabilizante, para acender fogueiras e nos altares. Nabucodonosor, rei da Babilônia durante o período de 604 a.C e 563 a.c, pavimentou estradas babilónicas com este tipo de produto. Os egípcios utilizavam nos processos de mumificação, nas pirâmides , para calafatear os canais de irrigação e como conservante para barcos e casas. Já os romanos deram-lhe fins bélicos, utilizando como combustível em lanças incendiárias, no que foram imitados pelos árabes. Os gregos consideravam o mineral como estratégico, e tinham reservas para seu uso. Quando os romanos adotaram a técnica de uso bélico do óleo natural, batizaram inicialmente, dado seu mau odor, de stercus diaboli, antes de chamarem-no óleo de pedra.

Ainda na Bíblia, Deus disse para Noé: “Betumerás com betume sua arca, tanto por dentro como por fora” (Gênesis, 6, 14). Os sumérios e assírios usavam para tratar doenças de pele, além dos fins rituais e medicinais. Na América foram empregados por civilizações pré-colombianas em diversas situações. Entre os incas recebeu um nome que significava "goma da terra" e existem teorias de que este povo chegou até mesmo a destilar o petróleo.

No Brasil o Marquês de Olinda concede a José de Barros Pimentel o direito de extrair betume em terrenos situados nas margens do rio Maraú, na Bahia, em 1858.

2.2) GEOLOGIA

A formação do betume natural começa com a sedimentação de microorganismos marinhos denominados plâncton no leito oceânico. Esses microbiontes eventualmente morrem e formam um sedimento rico em materia orgância cujo destino deverá ser a decomposição anaeróbica. Esse processo retira boa parte do oxigênio e nitrogênio da matéria orgânica e, consequentemente, concentra o carbono e o hidrogênio que servirão para a formação posterior dos hidrocarbonetos. A etapa final é a fossilização, que é desencadeada a partir da alta pressão e do calor presentes nesse microambiente marinho.

As rochas de origem orgânica são de dois tipos: as combustíveis, chamadas em geologia de caustobiólitos e as não-combustíveis (tais como o giz, calcário e diatomitos), chamados de acaustobiólitos; os betumes e os diversos tipos de carvão mineral formam os dois principais tipos de rochas que se queimam.

Betumes também são encontrados em meteoritos e rochas muito antigas (aqueanas) e também em basaltos e rochas alcalinas. É possível que alguns betumes sejam compostos de hidrocarbonetos primordiais formados durante acreção da Terra e retrabalhados posteriormente por bactérias que consomem hidrocarbonetos. Este produtos estão associados com mineralizações de chumbo-zinco em depósitos como os do Mississippi Valle. Eles podem conter elevado conteúdo de enxofre e metais pesados como níquel, vanádio, arsênio, chumbo, cádmio, mercúrio entre outros

2.3) CARACTERÍSTICAS

Esse material possui algumas características fundamentais: são adesivos e aglomerantes que dispensam o uso da água, diferentemente de outros aglomerantes minerais utilizados na construção civil, como o cimento Portland, cal e gesso; hidrófugos, ou seja, repelem a água; termoplásticos que são facilmente fundíveis, com um ponto de fusão bem variável; inócuos, não interagem quimicamente com agregados minerais que são adicionados como enchimento em varias aplicações. Podem ser totalmente reaproveitados após sua aplicação pois possuem baixo ponto de fusão e são inóvuos,

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