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Boloslavsky

Tese: Boloslavsky. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  12/5/2014  •  Tese  •  1.160 Palavras (5 Páginas)  •  366 Visualizações

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De acordo com Bohoslavsky (1982), A escolha de uma profissão pode ser entendida como o modo que o sujeito escolhe para se inserir no mundo e, através do trabalho escolhido, modificá-lo.

(...) quem escolhe não está escolhendo somente uma carreira. Está escolhendo ‘com que’ trabalhar, está definindo ‘para que’ fazê-lo, está pensando num sentido para a sua vida, está escolhendo um ‘como’, delimitando um ‘quando’e ‘onde’, isto é, está escolhendo o inserir-se numa área específica da realidade ocupacional.

Segundo Bohoslavsky (1982), a escolha profissional não se dá de um momento para outro, constitui-se num processo.

O autor citado acima aponta três momentos distintos pelo qual passa o jovem durante este processo, levando-o a sair do passado (seu antigo mundo, amigos, aspectos infantis, entre outros) para o mundo adulto representado pelo futuro (a universidade, a responsabilidade, a independência dos pais, entre outros).De acordo com o mesmo, num primeiro momento, há a seleção, ou seja, a discriminação das carreiras e classificação afetiva perante elas. O segundo momento é o da escolha, que não envolve somente o reconhecimento seletivo, mas o estabelecimento de vínculos diferenciados com a profissão escolhida. Já o terceiro e último momento vem a decisão, que está ligada à possibilidade de lidar com a frustração, de resolver conflitos, de elaborar os lutos pelo não escolhido e pelo deixado para trás.

O sujeito que escolhe uma profissão está inserido num contexto complexo, capaz de influenciar diretamente sua decisão ocupacional. Müller (1988) menciona que a escolha profissional encontra-se condicionada a sutis influências que vão se desenvolvendo ao longo da trajetória de vida do indivíduo, das quais fazem parte as expectativas familiares, a situação social, cultural e econômica daquele que escolhe as oportunidades educacionais, as disposições internas e as perspectivas profissionais da região em que reside.

Bohoslavsky (1982) acredita ser a família o grupo de participação e referência essencial,para o jovem fazer sua escolha, tanto que devem ser analisados quais valores esta família repassa ao jovem a respeito das profissões, bem como o grau de satisfação ou insatisfação dos pais ou pessoas próximas quanto às suas próprias profissões, pois estarão, de algum modo, influenciando aquele que escolhe uma carreira.

Sendo assim, para o jovem que opta por uma profissão, a escolha profissional torna-se o reconhecimento e a aceitação do seu mundo familiar (interno, conhecido, limitado) para a exploração do mundo social (externo, desconhecido, complexo). Para os pais dos adolescentes que escolhem uma carreira, há a necessidade de aceitar que as relações com os filhos vão mudando; de que os jovens passam a questionar e confrontar suas ideias, passando a assumir seus próprios projetos pessoais. Os filhos começam a serem vistos como integrantes da sociedade e não somente como seus filhos (Müller, 1988).

A Terapia Familiar Sistêmica nasceu nos Estados Unidos, em Palo Alto, Califórnia, na década de 50. Tem como referenciais conceitos de outras ciências, tais como a Biologia, a Física, a Química, entre outras áreas do saber e também de outras teorias, como a Cibernética, a Teoria da Comunicação e a Teoria Sistêmica. Daí o nome Terapia Familiar Sistêmica ou, como alguns mencionam: Terapia Sistêmica ou Terapia Familiar.

Dessa forma, a construção do modelo teórico sistêmico partiu de indagações aos modelos tradicionais de abordagem do ser humano, dando ênfase às relações sistêmicas, nos contextos: familiar, social, escolar, comunitário.

A Terapia Familiar Sistêmica trouxe uma contribuição teórica importante para o tratamento das famílias, atuando no contexto mais imediato do sujeito, podendo ser definida como uma “técnica de intervenção terapêutica que tem como foco principal a alteração das relações que se passam no sistema familiar, com o objetivo de alívio dos sintomas disfuncionais (Tondo,1988).

De uma maneira ampla, as famílias, nas sociedades ocidentais, podem ser caracterizadas como um grupo de indivíduos que mantêm laços de consanguinidade, sendo voltados para a criação dos filhos. Na visão sistêmica, representam sistemas abertos em interação com o meio em que estão inseridas. Estão baseadas em questões econômicas e de propriedade, permeadas por afetos e sentimentos. Assumem, portanto, as funções de proteção de seus membros, bem como a de transmissão à sua prole de padrões culturais da sociedade da qual fazem parte.

Correlacionando alguns conceitos das abordagens psicológicas

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