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Botinha

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Por:   •  7/9/2013  •  Seminário  •  686 Palavras (3 Páginas)  •  179 Visualizações

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O ataque é rápido, a chance de reação, mínima. Com uma das mãos no queixo, a outra agarrada aos cabelos, ele desloca a cabeça da vítima para cima e para o lado, quebrando-lhe o pescoço. A morte é instantânea. Ele não precisa de arma para matar. Usa as mãos e a força do seu corpo.

Pedro Rodrigues Filho ou Pedrinho Matador nasceu numa fazenda no sul de Minas Gerais já com o crânio ferido por causa dos chutes que seu pai deu na barriga da mãe durante uma briga. Matou pela primeira vez aos catorze anos e seguiu matando e hoje acumula mais de cem homicídios, incluindo o do próprio pai, sendo que 47 pessoas foram mortas dentro dos presídios pelos quais passou.

Segundo ele a vontade de matar veio pela primeira vez aos 13 anos em uma briga com um primo mais velho e empurrou o rapaz para uma prensa de moer cana.

Porém, da vontade para a prática não demorou muito, aos 14 anos ele matou o vice-prefeito de Alfenas, por ter demitido seu pai, um guarda escolar, na época acusado de roubar. Depois matou outro vigia que ele achou ser o verdadeiro ladrão. Fugiu para Modi das Cruzes onde começou a roubar bocas-de-fumo e a matar traficantes.

Pedro conheceu Botinha que era viúva de um líder do tráfico e os dois foram viver juntos. Assumiu as tarefas do morto e matou três ex-comparsas. Quando Botinha foi morta por traficantes do sétimo mês de gravidez ele escapou, mas mesmo assim não deixou a venda de drogas. Em busca de vingança pelo assassinato da companheira, matou e torturou várias pessoas, tentando descobrir os responsáveis. O mandante, um antigo rival, foi delatado por sua ex-mulher e Pedrinho o visitou durante uma festa de casamento junto de quatro amigos deixando sete mortos e dezesseis feridos.

Nessa época ele não tinha nem 18 anos.

Ainda em Mogi, matou o próprio pai em uma cadeia da cidade, depois que este matou sua mãe com 21 golpes de facão. A vingança do filho foi cruel: além das facadas, arrancou o coração do pai e comeu um pedaço.

Pedrinho foi preso pela primeira vez em 24 de maio de 1973 e em 2003, mesmo tendo sido condenado a 126 anos de prisão, quase foi libertado. Mas, por causa de crimes cometidos dentro dos presídios, que aumentaram suas penas para quase 400 anos, sua permanência na prisão foi prorrogada pela Justiça até 2017. Nesse meio tempo ele arrumou uma namora, ex-presidiária que conheceu trocando cartas. Depois de cumprir pena de 12 anos por furto, ela foi solta e visitou Pedrinho no presídio de Taubaté. O diretor do presídio confirma o encontro e ainda diz que ela parecia bem apaixonada.

Acostumado a estrangular suas vítimas ele reconhece que gosta de provocar dor. Numa prisão de Araraquara, no interior de São Paulo, degolou com uma faca sem fio o homem acusado do assassinato de sua irmã. "Ele era meu amigo, mas eu tive de matar."

Ainda no presídio ameaçou de morte Francisco de Assis Pereira, o Maníaco do Parque. "Se eu chegar perto, a vida dele acaba em dois minutos". O ódio ao motoboy não é pessoal. O que ele não admite é violência contra mulheres e crianças. "Só acho que um cara como o motoboy não merece viver."

Jurado de morte por companheiros de prisão, Pedrinho matou e feriu dezenas de companheiros para não morrer. Certa vez, atacado por cinco presidiários, matou três e botou para correr os outros dois. Matou

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