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Chavinieto

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Por:   •  23/3/2015  •  828 Palavras (4 Páginas)  •  222 Visualizações

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porque se falaO fenômeno religioso sempre esteve presente na história do Brasil. Aqui, são encontradas quatro manifestações básicas deste fenômeno: O catolicismo, trazido pelos portugueses; o culto africano, trazido pelos negros escravos; o protestantismo, transculturado por missionários da América do Norte e da Europa, e a religião dos nativos. Destas quatro manifestações, interessa a este ensaio tratar sobre o culto africano. Nesta “trilha” procura-se mostrar que a influência da religião africana é uma realidade patente, abrangente e desenvolvente no Brasil; tanto pela miscigenação genética, como pelo intercâmbio e pela miscigenação culturais. O prisma desta abordagem transcorre basicamente pelas dimensões sócio-cultural e antropológica. Intenciona-se identificar quatro fatores, considerados os mais importantes, responsáveis por explicar o porquê desta religião ter resistido a percalços mil e ter influenciado consideravelmente a cultura brasileira. Serão considerados os seguintes fatores: A função catártica; a abertura para o sincretismo; o crescimento demográfico; e respostas fáceis para perguntas complexas.

Não se trata de um texto exaustivo, de vez que seria necessário muito mais tempo e material para uma fundamentação mais consistente. De sorte que esta abordagem deteve-se apenas na pesquisa bibliográfica, relativamente restrita.

A VINDA DOS NEGROS PARA O BRASIL

Negros já existiam em Portugal muito antes do descobrimento do Brasil. Para lá, foram como escravos adquiridos em transações comerciais. Vindo Portugal a invadir as terras brasileiras, entenderam os portugueses que precisariam de mão de obra escrava, em virtude de os nativos brasileiros não se prestarem para tal. Conhecedores que eram da eficiência negra no trabalho escravo, os portugueses não tardaram em lançar mão deste expediente.

Os navios negreiros chegaram ao Brasil entre os séculos XVI e XIX, trazendo africanos para trabalhar como escravos no Brasil Colônia. Os africanos trazidos pertenciam a civilizações diferentes e provinham das mais variadas regiões da África. Africanos do Congo, de Guiné, do Cabo, de Serra Leoa e de Angola, foram trazidos para o Brasil durante o período da conquista e do desbravamento do Brasil Colônia. Segundo Juana Elbein dos Santos, estes africanos (os Nagô, os Bantu, os Minas, os Daomeanos, os Haúça, os Niam Niam, os Mangbatu, os Kanembu, os Bagirmi, os Bornu, os Kanuri, Os Mandingo, os Ioruba, e outros) “foram distribuídos pelas plantações, espalhados em pequenos grupos por um imenso território, principalmente no centro litorâneo, nos Estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo, Minas Gerais”[1].

Com os africanos viajava também uma religião relativamente estranha aos colonizadores. Cerca de um século depois da abolição da escravatura, a religião considerada feitiçaria, transformou-se em uma das religiões mais conhecidas do Brasil. Se perguntarmos a um brasileiro, em geral, sobre a religião dos negros, sempre haverá uma resposta que não será de todo insatisfatória. Quem gosta de cachaça? Exu. Quem veste branco? Oxalá. Quem recebe oferendas em alguidares (vasos de cerâmica)? O Orixá. E quem adora os orixás? Milhares de brasileiros. O culto africano, com seus batuques e danças, uma festa. Com suas divindades geniosas,

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