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Comunicação De Risco: ação Obrigatória Das Organizações Que Trabalham Com Produtos Perigosos

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Por:   •  5/11/2013  •  2.790 Palavras (12 Páginas)  •  454 Visualizações

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Comunicação de risco: ação obrigatória das organizações que trabalham com produtos perigosos

O mundo do conhecimento e da informação está fazendo surgir uma nova cultura empresarial que vem afetando o relacionamento entre fornecedores, clientes, governo, imprensa, funcionários e comunidade. Essa revolução também está mudando o perfil gerencial das organizações já que, de certa forma, todos influenciam a gestão interna e externa da empresa.

Essa situação aumentou os riscos e dificultou o acompanhamento e o controle da evolução da cultura organizacional. Por isso, é preciso fazer mudanças radicais no relacionamento da organização com os seus principais públicos e fazer uma revisão estratégica em seu sistema de gestão. Como por exemplo, fazer com que funcionários e fornecedores sejam incluídos no composto mercadológico da empresa para serem tratados como clientes.

A ampliação dos conceitos de cidadania e a mudança no perfil da sociedade fez com que consumidores se conscientizassem e ficassem mais exigentes. Agora, eles têm mecanismos mais eficientes de intervenção no corpo social e procuram atendimento individualizado para comprar e exigir seus direitos.

A globalização e a dinâmica do mercado quebraram as barreiras políticas e geográficas, fazendo com que as empresas desenvolvessem novas tecnologias e ampliassem sua capacidade produtiva para atender às novas demandas. Essa ampliação física das estruturas de produção também é um fator de risco, já que aumentaram o manuseio, o transporte e o armazenamento de produtos perigosos, principalmente no setor químico.

Além disso, as organizações estão mais vulneráveis por causa dos avanços da tecnologia da informação, que vem provocando a terceira revolução industrial. Ao mesmo tempo que elas tornaram a vida mais fácil e dinâmica, aumentaram os fatores de risco, de insegurança e instabilidade. Hoje produzimos muito mais informação (qualquer pessoa pode gerar notícias verdadeiras ou não sobre uma organização ou pessoa), podemos invadir a privacidade alheia (já que a fronteira entre público e privado quase não existe mais), e por muitos outros fatores, é extremamente fácil ser atingido por uma crise.

Também devemos nos preocupar com a explosão demográfica e a ocupação irregular do solo, que contribuíram para povoar áreas industriais, exigindo que empresas se preocupassem muito mais com membros das comunidades que se localizam em volta de suas instalações.

Mudança de conduta com relação ao risco

Muitos acidentes evidenciam essas vulnerabilidades as quais as empresas estão sujeitas e acabam fazendo com que surjam leis mais rigorosas de proteção humana e ambiental e programas de prevenção e treinamento para envolvimento conjunto da comunidade, da indústria e do governo na organização de medidas de proteção contra acidentes ambientais graves, como aconteceu no acidente da Union Carbide, na Índia, em 1984, por exemplo.

Há muitos outros programas espalhados pelo mundo que estão estruturados em uma divisão com quatro grandes subprogramas: prevenção, preparação, resposta e recuperação.

A prevenção envolve a identificação das causas e possibilidades de ocorrência de um acidente e a redução do potencial de ocorrência dos mesmos, sugerindo medidas de segurança apropriadas, boas práticas de gerência e a manutenção preventiva da estrutura de produção.

A preparação é a organização e o treinamento de respostas rápidas e de procedimentos de emergência a serem adotados caso falhem os procedimento preventivos. Essa fase também envolve a implantação de todas as medidas de mitigação dos riscos constatados e pode ser o motivo do sucesso da redução dos impactos de um acidente.

A resposta é a ação efetiva e imediata na ocorrência de acidentes. O objetivo principal é a redução de seu impacto e a eliminação eficiente da situação de risco, sendo que a primeira preocupação é com a vida humana, depois com o meio ambiente, e depois com os aspectos patrimoniais.

A recuperação é a organização de ações que permitam a volta ao estado de normalidade o mais rápido possível.

Importância da comunicação

No processo de gerenciamento de crises ou riscos, a comunicação tem lugar de destaque. Tanto para ser usada como ferramenta de conscientização e divulgação das ações de levantamento de informações para a análise do risco, quanto para as ações de implantação dos programas, para as ações de emergência e para a revisão e atualização dos programas.

Para implantação de planos de continuidade de negócios, um programa preventivo de gerenciamento de crises pode ser dividido em três fases: pré-planejamento, desenvolvimento e implantação, e pós-implantação.

Fase de pré-planejamento

Na fase de pré-planejamento estão as atividades de formação do comitê de gerenciamento de crises e a definição das funções de cada membro, levantamento, avaliação e estabelecimento de sistemas para controle de riscos e análise dos impactos dos riscos nos negócios da organização.

Nessa fase, começa o levantamento das ameaças e as vulnerabilidades da empresa. Esse trabalho precisa ser desenvolvido em duas linhas de ação: técnica, baseada na avaliação da periculosidade do processo produtivo, na localização geográfica da empresa e nos procedimentos de transporte; e empírica, baseada na percepção da vulnerabilidade da empresa em sofrer riscos e a possibilidade de enfrentar crises. É importante que se faça um trabalho prévio de comunicação e a comunicação direta da alta administração, convocando todos a aderir ao trabalho.

Comunicação na fase de pré-planejamento

Na fase de pré-planejamento, as atividades de comunicação servem para informar e sensibilizar os stakeholders sobre a importância do projeto e do seu envolvimento para que os objetivos sejam alcançados. O trabalho é feito através de reuniões que apresentam o projeto e conquistam a adesão voluntária dos stakeholders internos. Se a empresa optar por já se comunicar com a comunidade, o contato deve ser apenas informativo.

Fase de desenvolvimento e implantação

Depois que os riscos foram detectados, devem ser separados em dois níveis: o impacto que os riscos podem causar na operação ou nos negócios da organização; e a probabilidade de ocorrência destes riscos.

Na fase de desenvolvimento e implantação, as principais atividades são: programação

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