Crianças Participativas Na Sociedade

SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO

PEDAGOGIA

CÍNTIA FOLHARINI

TRABALHO INTERDISCIPLINAR

A ESCOLA PREPARANDO CRIANÇAS PARTICIPATIVAS NA SOCIEDADE

Três de Maio

2011

CÍNTIA FOLHARINI

TRABALHO INTERDISCIPLINAR

A ESCOLA PREPARANDO CRIANÇAS PARTICIPATIVAS NA SOCIEDADE

Trabalho apresentado ao Curso de Pedagogia da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, interdisciplinar.

Orientadores: Prof. Okçana Battini, Bernadete Strang, Carlos Eduardo Gonçalves e Márcia Bastos.

Três de Maio

2011

A escola preparando crianças para enfrentar o mundo

Ao chegarmos na escola, dentro de uma sala de aula qualquer, nos deparamos com várias crianças distintas em sua origem, forma de pensar e ver o mundo, distintas em basicamente tudo e que devem ser tratadas de forma relativamente igual porém, sempre respeitando suas particularidades e diferenças.

O professor toma, aí, um papel de investigador do sujeito humano para poder adquirir o devido conhecimento de tais particularidades como forma de entendimento e compreensão sobre a forma de agir, pensar e viver destas crianças. Será esse o ponto de partida da sua prática escolar: o conhecimento da individualidade de cada um; que é necessário para que todos sejam respeitados e tratados igualmente na classe.

Eis que surge, então, a nossa proposta de trabalho: pensar meios pelos quais a escola possa auxiliar no processo de inserção na sociedade de crianças advindas de diferentes realidades, com culturas e crenças diversas e que partem, cada uma , de um determinado nível de conhecimento, observando-se também particularidades no processo de assimilação dos conteúdos propostos e na construção do conhecimento.

Sabemos que a concepção que se tem de criança foi se desenvolvendo ao passar dos anos. Que, a princípio, eram tratadas como se fossem um adulto em miniatura, não sendo, assim, respeitadas suas particularidades na forma de conviver com os demais, na brincadeira e, principalmente no que diz respeito à educação e ao lúdico.

Porém, sabe-se também, que por mais que os estudiosos nos tenham mostrado a importância de as crianças terem um tratamento diferenciado frente à relação com o trabalho, a brinacadeira, a socialização e seu desenvolvimento como um todo, e que estes estudos tem valor diante das leis e, especialmente para os educadores, conhecemos inumeráveis casos de famílias que ainda não valorizam suas crianças conforme o esperado; que ao invés de deixá-las estudar e brincar, usam-nas para trabalhar, garantindo, assim, o sustento da família. Isso as conduz a condições precárias de aprendizagem, pois chegam exaustas na escola, não tem ânimo para estudar nem brinacar com os colegas e, voltando para casa é pior, pois precisam voltar para o trabalho cansativo e abusivo e não tem tempo, nem mesmo de fazer a tarefa de casa.

Por outro lado, há também aquelas crianças que tem de suas famílias e da sociedade um cuidado exagerado, as protegem e defendem demais causando a elas a falsa impressão de que estão sempre certas e que errado é tudo o que há a sua volta.

As crianças são marcadas pelo meio onde crescem. A sociedade que as rodeia, a cultura que vivem, os costumes de sua família e as interações que estabelecem com as pessoas que lhe são próximas vão as “moldando”. É por isso que cada uma inicia sua vida escolar em níveis diferentes de conhecimento: algumas chegam a escola praticamente ensinando a professora, algumas sabem exatamente o que se esperava e, outras, menos privilegiadas, estão muito atrasadas em seu nível de conhecimento e correrão léguas para chegar lado a lado com as demais.

Chegando à sua classe, no primeiro dia de aula, o professor já deve colocar em ação a sua prática de investigador do sujeito humano, para que conheça as especificidades de cada um de seus alunos e, então, descubra qual será o seu ponto de partida para iniciar o processo de ensino aprendizagem naquela turma. Ou seja, a partir de uma análise bastante complexa