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Doenças Da Cigarrinha

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Por:   •  2/11/2014  •  1.606 Palavras (7 Páginas)  •  225 Visualizações

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Cigarrinhas das pastagens começam ataque no período chuvoso (24/10/2012)

Com a chegada do período chuvoso começam os ataques das cigarrinhas das pastagens, insetos sugadores que causam prejuízos às pastagens e às culturas de cana-de-açúcar, arroz, milho, sorgo e outras gramíneas.

De acordo com o pesquisador da Embrapa Rondônia (Porto Velho), José Nilton Costa, geralmente nos meses de setembro e outubro, ocorre a eclosão dos ovos, que ficam no solo e resistem às condições adversas do período da seca, dando origem às ninfas, a forma jovem da cigarrinha.

Após a eclosão, as ninfas se alojam na base das gramíneas forrageiras, junto ao solo, onde permanecem envoltas por uma espuma produzida por elas mesmas, até tornarem-se insetos adultos. De setembro a maio, podem ocorrer até cinco gerações de cigarrinhas.

O pesquisador explica que, embora as ninfas das cigarrinhas causem algum dano, os insetos adultos são os causadores dos maiores prejuízos. “Ao se alimentarem, introduzem substâncias tóxicas que tanto podem atrapalhar o transporte da seiva, quanto causar a morte dos tecidos das plantas”, afirma. Em geral, as folhas atacadas pelas cigarrinhas secam a partir das pontas. Quando o número de insetos é elevado, o crescimento da gramínea é reduzido drasticamente e a pastagem fica completamente seca, como se fosse queimada.

Alternativas de controle

O controle das cigarrinhas das pastagens deve ser iniciado logo após ser constatada a existência de 20 a 25 ninfas por metro quadrado. No período chuvoso, os levantamentos devem ser feitos a cada 15 dias.

Segundo o pesquisador da Embrapa Rondônia, César Teixeira, uma alternativa interessante contra a praga é o controle biológico com o fungo Metarhizium anisopliae, que encontra condições favoráveis de ação em ambientes com alto índice de umidade. “Outras formas de controle do inseto são a diversificação das pastagens na propriedade, com a inclusão de gramíneas resistentes às cigarrinhas, e o manejo com o ajuste da quantidade de animais no pasto para evitar sobras de pastagens”, orienta.

Quanto ao controle químico das cigarrinhas, o uso de inseticidas só deve ocorrer após análise tanto ecológica, uma vez que demandaria o tratamento de áreas extensas, quanto do ponto de vista econômico, ou seja, do custo resultante do tratamento dessas áreas. Tais limitações podem ser minimizadas por meio da aplicação de inseticidas seletivos, feita em locais de alta incidência da praga, procurando-se atingir uma elevada população de adultos.

Nos casos em que se justificar o controle químico, deve-se utilizar produtos registrados junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, observando-se rigorosamente as medidas de segurança, doses e período de carência recomendados pelo fabricante.

Manejo integrado é alternativa para controle das cigarrinhas das pastagens (25/11/2004)

Ações do documento

Dos 4,5 milhões de hectares de pastagens em Rondônia, estima-se que até um milhão estejam infectados por uma das pragas mais agressivas em gramíneas: as cigarrinhas-das-pastagens, insetos que sugam a seiva das folhas e injetam toxinas, provocando intoxicação nas plantas e interrompendo o processo vegetativo.

Além de agredir pastagens, a praga também ataca o arroz, o milho e a cana-de-açúcar. Os sintomas evoluem desde a secagem das folhas, fase caracterizada por manchas amareladas, até o desequilíbrio hídrico e esgotamento das reservas orgânicas da planta, provocando quedas significativas na produção e na qualidade da forragem. O gado sente os reflexos imediatamente, perdendo peso e diminuindo a produção de leite.

Um dos capins mais utilizados em pastagens no Estado, o 'brachiarão', vem perdendo a batalha contra o avanço dascigarrinhas. Sua resistência ao ataque da praga foi vencido há mais de uma década. "O inseto não tem muita opção, já que 90% das pastagens são formadas por esse capim. Temos registrados ataques sucessivos nesse cultivar", explica o pesquisador Newton de Lucena Costa, da área de manejo de pastagens da Embrapa Rondônia.

Fatores como estresse do solo provocado pela formação de monoculturas e sua constante degradação são apontados por pesquisadores como uma das causas mais prováveis pela perda de resistência do capim. Outro fator que explica a alta incidência das cigarrinhas é o desmatamento, já que a diminuição da área formada por florestas diminui consideravelmente as barreiras naturais para controlar o avanço do inseto. Na região Norte, alia-se a essa causa as condições climáticas favoráveis, como umidade e temperaturas elevadas.

Ações - Órgãos agropecuários de Rondônia, como a Secretaria de Estado da Agricultura, Produção e do Desenvolvimento Econômico Social, Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril, Emater, Prefeitura Municipal de Pimenta Bueno, Delegacia Federal de Agricultura e Embrapa Rondônia vêm estudando a implantação de um programa fitossanitário.

No final do último mês, foi realizado o "1º Encontro Técnico sobre Cigarrinhas das Pastagens", no município de Pimenta Bueno. Nessa vertente, Newton de Lucena Costa antecipa que a Embrapa Rondônia (Porto Velho,RO), unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, possui trabalhos de controle biológico para impedir o avanço da praga desde 1975, época de sua fundação.

"A Embrapa possui um conjunto de informações técnicas que podem ajudar o produtor rural", enfatiza. Para isso, segundo Lucena, o produtor deve conciliar o controle biológico - usando inimigos naturais - ao controle cultural, como a diversificação das espécies plantadas e a realização de práticas de manejo adequadas.

Combate deve aliar métodos diversificados - O combate ao inseto parte do levantamento do número populacional dascigarrinhas – realizado a partir de orientação de técnicos – e a implantação do "manejo integrado de pragas". O levantamento do número de ninfas é indispensável nesse aspecto: o controle biológico deve ser feito antes da cigarrinha chegar à sua fase adulta, fase na qual a planta já foi atingida em sua totalidade.

"Como as ninfas são mais suscetíveis à ação do fungo, sua aplicação deve coincidir com as maiores populações destas, que

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