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ESTATISTICA DE PRODUÇÃO

Artigo: ESTATISTICA DE PRODUÇÃO. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  15/9/2014  •  10.122 Palavras (41 Páginas)  •  577 Visualizações

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1. CONTROLE ESTATÍSTICO EM PROCESSO

Histórico: Esta atividade se iniciou em 1924, quando W. A . Shewhart da Bell telephone Labs, criou uma carta estatística para controlar a variabilidade de produtos. Este foi considerado como o início do controle estatístico da qualidade e Shewhart foi então considerado como seu pai.

“ O problema central na administração e na liderança refere-se ao não entendimento das informações contidas na variabilidade dos processo. “ Lloyd S. Nelson

Analisando esta afirmativa, torna-se evidente a necessidade de não só avaliar a variação de um processo, como também, mensurar estas variações, o que pode ser conseguido com aplicação de controles estatísticos e outras técnicas de controle estatístico de qualidade. O conceito de variação deve então ser entendido para que se possa dar continuidade ao estudo do conceito de controle estatístico de processo.

1. INTRODUÇÃO

Controle da qualidade é um conjunto de ações ou medidas desenvolvidas com o objetivo de assegurar que os serviços ou produtos gerados atendam aos requisitos segundo os quais foram especificados. Segundo a ISO 9004 versão 2000, Controle da Qualidade é definido como sendo o conjunto de “técnicas e atividades operacionais usadas para atender os requisitos para a qualidade”.

Cabe ao profissional farmacêutico produzir e controlar a qualidade do que ele produz. Entretanto, o controle da qualidade por ele exercido é feito de forma sistematizada; é planejado de forma a cobrir todas as fases do processo e tem por objetivo assegurar que as necessidades do seu cliente vão ser atendidas. Não se trata mais apenas de uma inspeção final para verificar se o produto tem ou não defeitos de fabricação. Neste contexto, enquadra-se a rotina de trabalho referente ao controle estatístico de processo. Esta atividade, para estar de acordo com o enfoque filosófico da era em que estamos vivendo, deve ser dinâmico, orientado para as necessidades dos clientes (interno e externo, strito e lato senso) e ser capaz de acompanhar as mudanças das suas necessidades. Dentro deste contexto, a estatística é apenas uma ferramenta, importantíssima sem dúvidas, mas apenas uma ferramenta.

2. OBJETIVOS DO CONTROLE DE PROCESSO

Conforme já foi enfatizado, o controle de processo deve fazer parte do esforço cooperativo de todos os setores da empresa, no sentido de assegurar a conformidade e a qualidade da produção, para que seja possível atender às necessidades dos clientes internos e externos.

Atuando em todas as fases do processo produtivo e principalmente nos seus pontos críticos de controle, seus objetivos são:

• Gerar as informações necessárias ao desenvolvimento dos novos produtos;

• Fornecer os subsídios necessários às tomadas de decisões nos processos de compra e recepção de matérias-primas;

• Assegurar, ao setor de produção, as informações requeridas para o efetivo controle dos processos de fabricação;

• Inspecionar os produtos acabados;

• Acompanhar o perfil da qualidade dos produtos concorrentes.

3. CONTROLE ESTATÍSTICO DE PROCESSO

A estatística é, sem dúvidas, uma ferramenta de trabalho poderosíssima para quem trabalha em controle da qualidade e controle de processo.

Para os nossos propósitos, a aplicação de técnicas estatísticas ao controle da qualidade pode ser resumida em dois tipos de ações:

• aplicação de técnicas matemáticas na análise dos dados de controle e

• sistematização desses dados de modo a facilitar a análise dos mesmos, auxiliando os responsáveis a tomar decisões.

A aplicação de técnicas estatísticas tem por principal objetivo oferecer aos responsáveis pela tomada de decisões, referências relativas ao grau de confiabilidade dos resultados gerados pelos controles e aos riscos envolvidos nas decisões tomadas. A sistematização dos dados de controle que normalmente é feita sob a forma de “gráficos de controle” tem por objetivo facilitar a “visualização” dos resultados.

São três os principais tipos de gráficos usados em controle da qualidade a saber:

• Gráficos de controle por média;

• Gráficos de controle por amplitude;

• Gráficos de controle para frações defeituosas.

Os controles por média e amplitude são feitos com base na teoria estatística da distribuição normal. Já o controle de frações defeituosas é, mais freqüentemente, fundamentado na distribuição de Poisson. Para alguns casos de controle de frações defeituosas, a aplicação de teoria estatística da distribuição binomial pode ser vantajosa.

4. DISTRIBUIÇÃO NORMAL

Diz-se que os valores de uma determinada variável estão distribuídos normalmente (simetricamente) em torno da média, quando estes obedecem a uma curva de distribuição como a da Figura 1, representada pela equação.

Figura 1. Curva de Distribuição Normal

Para as variáveis que se distribuem segundo uma distribuição normal, podemos dizer que:

a) 68% dos valores encontrados caem no intervalo  ±  (região a);

b) 95% dos valores encontrados caem no intervalo  ± 2 (regiões a e b);

c) 99,7% dos valores encontrados caem no intervalo  ± 3 (regiões a, b e c).

Onde:

 é a média da população;

 é o desvio-padrão da população, ou sua melhor estimativa, quando se trabalha com uma amostra da população. Nesse caso, usa-se “S” como símbolo do desvio-padrão ao invés de “”

Sendo:

e

para quando se está trabalhando com a população, ou:

para

...

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