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Por:   •  16/9/2014  •  1.258 Palavras (6 Páginas)  •  645 Visualizações

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“FRACKING: EXPLORAÇÃO DE GÁS DE XISTO”

INTRODUÇÃO

Muito se discute a exploração de fontes não convencionais de gás. Isso tem levado as empresas do setor a explorar densas formações de xisto, um forma de rocha de onde se pode tirar gás natural. Porém, é necessário injetar no solo uma mistura de água, ácido, chumbo e benzeno. Esses produtos criam fissuras nas rochas, que permitem que o gás de xisto (do inglês, shale gas) escape. A exploração do xisto vem sendo apontada como um sucesso tecnológico e econômico nos Estados Unidos, movimentando bilhões de dólares.

No entanto, há uma série de impactos ambientes gerados decorrentes dessa exploração, sendo considerado então prejudicial para a sustentabilidade ambiental. E é considerado pelo fato de que a tecnologia de extração do gás de xisto, denominada de fracking, baseia-se em processos invasivos das camadas geológicas e causa impactos ambientais que, embora ainda pouco conhecidos, podem ser irreversíveis.

“FRACKING”: EXPLORAÇÃO DE GÁS XISTO

Fracking é a tecnologia de extração do gás de xisto, um método conhecido como faturamento hidráulico, sendo este considerado um processo agressivo ambientalmente e proibido em vários países. Este método consiste em uma fórmula com mais de 609 componentes químicos, com alguns radioativos, que são injetados no subsolo sob pressão de 5 mil atm para que o metano se desprenda do solo. Para que esse coquetel químico seja injetado são realizadas varias explosões no subsolo para quebrar as rochas sedimentares.

Na exploração do xisto as rochas são bombardeadas com uma mistura de água, areia e produtos químicos. A pressão causa fraturas no subsolo e faz com que o gás suba em direção a superfície.

A fórmula dos produtos químicos utilizados na fratura hidráulica não é revelada, alegando uma política de patentes. Mas entre as substâncias conhecidas estão os elementos cancerígenos como o benzeno, a nafta ou o chumbo, etilenoglicol, entre outros. Além disso a emissão de metais pesados e a liberação de metano, que é um gás muito superior ao do CO2 até 25 vezes a mais, que tem um enorme impacto no efeito estufa, e resultando também na morte da fauna e ecossistemas.

O gás de xisto inicialmente saudado, principalmente nos EUA, como uma alternativa de energia limpa ao carvão para a geração de energia elétrica, atualmente é criticado por muitos, devido a problemas ambientais decorrentes da sua exploração. Esse impacto ambiental estaria relacionado aos seguintes fatores:

- Risco de contaminação dos lençóis freáticos: O xisto está aprisionado em pequenas formações rochosas altamente impermeáveis. Sua exploração consiste na fratura das rochas, com a injeção de grande volume de água sob alta pressão, explosivos e substâncias químicas que podem causar vazamentos e chegar aos lençóis subterrâneos de água.

- Uso intensivo de água no processo de fratura: As estimativas indicam que são usados cerca de 20 milhões de litros de água por poço perfurado, o que pode chegar a proporções gigantescas, caso se considere a previsão da abertura de um milhão de poços no mundo.

Os poços perfurados chegam a perder 80% de sua capacidade em menos de um ano. Após o fim da vida útil dos primeiros poços, ele já terá acarretado uma enorme instabilidade do solo e a degradação de recursos hídricos subterrâneos ou dos cursos dos cursos de água drenantes dos maciços.

- Poluição do ar: Na exploração do xisto, as rochas são bombardeadas com uma mistura de água, areia e produtos químicos. A pressão causa fissuras no subsolo e faz com que o gás suba em direção à superfície.

- Abalos sísmicos: A explosão de rochas subterrâneas inclui o risco de pequenos abalos sísmicos nas áreas exploradas.

- Receio da possibilidade de o gás de xisto desbancar fontes renováveis de energia, como a eólica e a solar: Admite-se que não se pode reduzir emissões de CO2 sem reduzir o uso do carvão, e o gás de xisto já está destronando o carvão nos EUA. Mesmo que alguma fonte mais limpa se torne posteriormente viável, ainda precisaremos do gás natural como energético para auxiliar na transição para uma economia menos carbono intensiva.

Já se conhecem exemplos decorrentes dessa exploração, de danos ambientais, que ocorrem nos Estados Unidos e na Inglaterra, com forte contaminação de massa de água potável, com prejuízo para a população e para a atividade agrícola, com destruição de ecossistemas ou com abalos sísmicos.

Nos Estados Unidos, em 2005 o então presidente dos Estados Unidos George Bush, aproveitou o clima de terror alimentado pelo ataque de 11 de setembro e do fantasma de escassez de energia, e com isso o povo americano o direito de editar a Lei das Exceções, que isentou as empresas produtoras que utilizassem o “fracking” de cumprirem qualquer legislação ambiental sobre a qualidade da água e do ar.

A motivação para exploração do gás de xisto é de que a mesma vem sendo apontada como um sucesso tecnológico e econômico nos Estados Unidos, movimentando bilhões de dólares. Também é considerada uma alternativa de energia limpa ao carvão para a geração de energia elétrica, fato que a princípio, pode parecer positivo para a economia, mas também pode ser considerado prejudicial para a sustentabilidade ambiental pois causa impactos ambientais que, embora ainda pouco conhecidos,

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