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História O conceito de desenvolvimento econômico

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Por:   •  24/11/2013  •  Tese  •  4.678 Palavras (19 Páginas)  •  255 Visualizações

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INTRODUÇÃO

Este trabalho tem como objetivo elaboração de um artigo científico que compare o desenvolvimento econômico dos países do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e evidencie influência do bloco na economia mundial. Estes países apresentam significativas oportunidades de desenvolvimento, além de diversas características e desafios bastante similares. O nosso objetivo será identificá-los e analisá-los para melhor entender os possíveis caminhos para a realização de seu potencial de desenvolvimento econômico e social.

Para isso apresentaremos o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), PIB por habitante, o Índice de Gini e a Curva de Lorenz.

ETAPA 01

O Conceito Histórico do Desenvolvimento Econômico

O desenvolvimento econômico é um conceito que por sua amplitude aproxima a economia das demais ciências sociais. Sua caracterização não se restringe ao crescimentoda produção em uma região, mas trata principalmente de aspectos qualitativos e relacionados ao crescimento. Os mais imediatos referem-se à forma como os frutos do crescimento são distribuídos na sociedade, à redução da pobreza, à elevação dos salários e de outras formas de renda, ao aumento da produtividade do trabalho e à repartição dosganhos dele decorrentes, ao aperfeiçoamento das condições de trabalho, à melhoria dascondições habitacionais, ao maior acesso à saúde e à educação, aos aumentos do acesso edo tempo de lazer, à melhora da dieta alimentar e à melhor qualidade de vida em seu todoenvolvendo condições de transporte, segurança e baixos níveis de poluição em suas varias conotações, para citar alguns.

A ideia de Desenvolvimento Econômico esteve presente nos primeiros estudoseconômicos, desde os mais elementares. A Fisiocracia, escola de pensamento formada por economistas burgueses no século XVIII na França, ficou conhecida pelo trabalho pioneirode François Quesnay (1694-1774) que, através de seu Tableau Économique de 1758, definiu o sistema econômico à semelhança do funcionamento do organismo humano. Aagricultura era considerada pelos fisiocratas como única atividade produtiva e, portanto, odesenvolvimento dependia do aumento da produtividade agrícola. Para tanto defenderama redução de impostos e condenaram gastos supérfluos e tudo que prejudicasse a venda da produção agrícola, necessária à capitalização da agricultura e à geração de excedente paraestender o desenvolvimento às demais atividades econômicas. O segundo passo no estudo da economia deu-se com a obra de Adam Smith (1723-1790), já entendendo como capaz de criar valor também à atividade industrial. Chamou-se Uma Investigação sobre a Natureza e Causas da Riqueza das Nações seutrabalho datado de 1776.

Nessa obra estavam presentes as preocupações com o progressoeconômico rompendo o equilíbrio estático das economias.

Smith ressaltou os aspectos responsáveis pelo desenvolvimento econômico como a acumulação do capital, o crescimento populacional e a produtividade da mão de obra, introduzindo a ideia dadivisão do trabalho como forma de promover o progresso econômico. A divisão dotrabalho, que viabiliza o aumento da produção, depende de ampliação de mercados e estedepende de condições econômicas que assegurem o aumento da quantidade de capitaldisponível na forma de instrumentos, ferramentas, máquinas e instalações. Smith defendeu a liberdade de atuação dos mercados, sem intervenções de governo, parassegurar o crescimento dos mercados e os frutos decorrentes desse crescimento. Salientou a importância, para a promoção do desenvolvimento econômico, de instituiçõessólidas garantidoras da liberdade do comércio interior e exterior, a segurança da população, o direito de propriedade, o adequado ambiente político e uma legislaçãocondizente com as aspirações desenvolvimentistas. Em 1817 o economista David Ricardo (1772-1823), partindo das ideias de seuantecessor, destacou a importância das inovações tecnológicas para o desenvolvimento, embora seja considerado um integrante do grupo dos pessimistas entre os pensadoreseconômicos. Seu pessimismo decorreu das hipóteses com as quais trabalhou relativas aosrendimentos decrescentes da agricultura, na medida em que a terra se tornava maisescassa com sua exploração, e do crescimento da população relativamente ao estoque decapital. Um aspecto sócio-cultural de sua teoria se revelou nas preocupações quemanifestou quanto ao problema causado pelas superpopulações. Estas eram típicas, segundo ele, de sociedades com padrões de subsistência mais modestos. Para evitar à superpopulação as sociedades deveriam ser estimuladas a experimentar mais divertimentos e mais comodidades, ou seja, maior bem estar, objetivo último do desenvolvimento. Passados 50 anos da publicação dos Princípios de Economia Política e Tributaçãode David Ricardo, Karl Marx (1818-1883) publicou o primeiro volume de sua magna obra O Capital: Uma Crítica da Economia Política acrescentando importantes elementos à teoria do valor trabalho esposados igualmente por seus antecessores Ricardo e Smith. Marxconsiderou resultado de exploração, portanto condenável, toda renda que não fossederivada do trabalho.

É pelo trabalho que as relações sociais se estabelecem, determinando as estruturas social, cultural, legal e institucional da sociedade. A teoria de desenvolvimento econômico de Marx se apoiou no método dialéticode Hegel que vê nas transformações a origem do desenvolvimento progressivo dassociedades, a mesma ruptura ou desequilíbrio mencionado por Smith. Quando um novo conjunto de ideias da sociedade conflita com o padrão tecnológicoexistente, novas instituições favoráveis à evolução produtiva determinarão novo padrãoecnológico e este, uma nova ordem social. Historicamente Marx e seu principalcolaborador, Friedrich Engels (1820-1895), utilizaram o método hegeliano para classificar as sociedades em quatro estágios: comunismo primitivo; escravidão; feudalismo; ecapitalismo.

Essa evolução, correspondente ao desenvolvimento das sociedades, seoriginou com a mudança da tecnologia que ao criar contradições internas fez emergir onovo, cada qual há seu tempo. Essa mesma contradição interna transformaria no futuro ocapitalismo no socialismo e, posteriormente, este no comunismo. No mesmo ano que o mundo perdia a genialidade interpretativa de Karl Marx dofuncionamento das sociedades capitalistas nascia Joseph Alois

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