Lista De Exercícios De Gerência Da Qualidae

Introdução

Ruas com papeis e garrafas pets entupindo as cantoneiras e esgotos, latas de alumínio expostas ao ar livre permitindo a proliferação de doenças (ex.: dengue), pilhas e baterias impactando na contaminação do solo, entre outros casos, veem crescendo cada vez mais devido a grande evolução da urbanização e industrialização, e também devido à falta de uma conscientização de todos para combater esses fatores. Esses fatores veem originando uma grande produção de resíduos sólidos, onde eles influenciam negativamente na qualidade de vida e ao meio ambiente.

No intuito de minimizar os danos provocados pelos resíduos sólidos, aplicasse, por exemplo, os 3Rs, logística reversa, e outras ferramentas conhecidas da gestão da qualidade. Com o estudo dos fatores provocantes do problema e fazendo-se a estatística dos mesmos, pode-se fazer um gráfico de pareto (curva ABC), e com isso, observar o que vem provocando mais a geração dos resíduos sólidos e assim, utilizar a ferramenta PDCA para criar um plano de ação direto nas causas raízes.

Nesse trabalho vai ser apresentado o conceito, classificação e danos causados pelos resíduos sólidos. Onde depois será mostrado as vantagens da utilização dos 3Rs e da logística reversa. Com a utilização de dados estatísticos exibidos por pareto e assim utilizando o PDCA.

2 Resíduos sólidos

Os resíduos sólidos são materiais heterogêneos, (inertes, minerais e orgânicos) resultantes das atividades humanas e da natureza, os quais podem ser parcialmente utilizados, gerando, entre outros aspectos, proteção à saúde pública e economia de recursos naturais. Os resíduos constituem problemas sanitário, econômico e principalmente estético.

De modo geral, os resíduos sólidos são constituídos de substâncias:

• Facilmente degradáveis (FD): restos de comida, excrementos, animais mortos, cascas de frutas e folhas.

• Moderadamente degradável (MD): produtos celulósicos.

• Dificilmente degradáveis (DD): trapo, madeira, pano, borracha.

• Não degradáveis (ND): metal não ferroso, vidro, cerâmica.

A classificação dos resíduos sólidos, varia quanto a sua origem, sendo assim: industrial, domiciliar, serviços de saúde, agrícola, construção civil, limpeza pública.

Os resíduos sólidos constituem problemas sanitário de importância, quando não recebe os cuidados convenientes.

As medidas tomadas para a solução adequada do problema dos resíduos têm, sob o aspecto sanitário, objetivo comum a outras medidas de saneamento: prevenir e controlar doenças a que estão relacionados a ele.

Considerado um dos grandes fatores que constituem um problema sanitário, o resíduo sólido favorece a proliferação de vetores (como: diarreia infecciosa, amebíase, salmonelose, etc.) e roedores. Serve, ainda, de criadouro e esconderijo de ratos, animais esses que transmite leptospirose, peste bubônica e tifo murinho.

As baratas que pousam e vivem nos resíduos sólidos onde encontram líquidos fermentáveis, têm importância sanitária muito relativa na transmissão de doenças gastrointestinais, por meio de transporte de bactérias e parasitas das imundícies para os alimentos e pela eliminação de fezes infectadas. Podem, ainda, transmitir doenças respiratórias e outras de contágio direto, pelo mesmo processo.

Pode-se notar também a contaminação do homem pelo contato direto com os resíduos sólidos enferrujados, por exemplo, ou pela água poluída que se acumula nos entulhos. Por serem fontes contínuas de microorganismos patogênico, torna-se uma ameaça real à sobrevivência do catador de resíduos sólidos.

Existem diversas vantagens para a solução adequada para os problemas dos resíduos sólidos, na qual uma delas é a econômica, onde o material é reciclado para futuras comercializações.

Quanto mais disposto de maneira inadequada estiver os resíduos sólidos, mais irão favorecer a proliferação de ratos que, além de serem transmissores de doenças e de destruírem gêneros alimentícios e utensílios.

O tempo para que o resíduo sólido venha a se degradar depende da sua composição química, das suas características físicas e biológicas, vide tabela 1.

Tabela 1 – Tempo de degradação dos materiais

Resíduo Tempo

Jornais de 2 a 6 semanas

Embalagens de papel de 1 a 4 meses

Guardanapos de papel 3 meses

Pontas de cigarro 2 anos

Palito de fósforo 2 anos

Chiclete 5 anos

Cascas de frutas 3 meses

Nylon de 30 a 40 anos

Copinhos de plástico de 200 a 450 anos

Latas de alumínio de 100 a 500 anos

Tampinhas de garrafa de 100 a 500 anos

Pilhas e baterias de 100 a 500 anos

Garrafas de plástico mais de 500 anos

Pano de 6 a 12 meses

Vidro indeterminado

Madeira pintada 13 anos

Fralda descartável 600 anos

Pneus indeterminado

A tabela 2 nos mostra, exatamente, a média dos materiais que fazem parte do lixo produzido nas grandes cidades brasileiras.

Tabela 2 – Perfil do lixo produzido nas grandes cidades brasileira.

Porcentagem Material

38% Papel e Papelão

20% Plástico