Movimentos Sociais

ofissionais, tal fiscalização se restringia tão somente da inscrição profissional e pagamento do tributo devido. Nas primeiras décadas de sua existência, a concepção conservadora era o reflexo da perspectiva vigente na profissão e se orientava por pressupostos não críticos e sem caráter político diante das relações econômico-sociais. “Os pressupostos neotomistas e positivistas fundamentam os Código de Ética Profissional no Brasil, de 1948 a 1975” (BARROCO, 2001, p. 95).

Desde a criação da primeira escola de Serviço Social no Brasil até nos dias atuais, a profissão passou a ter mudanças consideráveis, mas o grande marco foi o Movimento de Reconceituação. As práticas profissionais até então, eram orientadas pela burguesia para atender aos interesses, ou seja, havia sempre a orientação capitalista da vida social. O movimento nas fábricas do Norte da Itália, as passeatas do Rio de Janeiro e as manifestações em Berlim contribui para que o movimento fosse constituído de um fenômeno internacional, criticando assim a ordem capitalista. Com o padrão de desenvolvimento capitalista em crise, as estruturas sociais do mundo capitalista ganham uma nova dinâmica e a classe subalterna encontra um quadro favorável para mobilizar-se em defesa de seus interesses imediatos. O Movimento de Reconceituação do Serviço Social na América Latina negou a neutralidade profissional que historicamente orientava a profissão e contribuiu para que os assistentes sociais identificassem a existência de dois lados antagônicos (dominantes e dominados), visando à possibilidade de um debate coletivo sobre a dimensão política da profissão. Tal movimento influenciou o Brasil, porém, de maneira diferente, buscando a fundamentação para a sua metodologia, teoria, técnica e operacionalização, em cima da realidade social brasileira. No Brasil, o movimento deu-se a partir da segunda metade dos anos setenta

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