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Métodos De Esterilização

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Por:   •  9/9/2014  •  1.675 Palavras (7 Páginas)  •  1.592 Visualizações

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Métodos de esterilização

Em Microbiologia é importante a esterilização de meios, soluções e material

de vidro ou metal que se utiliza. Uma das formas de esterilização obtem-se

através do uso do Autoclave, para grandes quantidades de meios, ou de

uma panela de pressão, para pequenas quantidades de meios. Um produto

é microbiológicamente estéril quando não contem nenhuma forma de

microrganismo vivo. A assépsia é extremamente importante na

microbiologia. Entende-se por assépsia todas as condições, gestos e atitutes

tendentes a manterem o estado de ausência de microrganismos

contaminantes no meio em que actua.

Alguns instrumentos de dissecção como tesouras, pinças podem ser

esterilizadas mergulhando em 70% de alcool (70 ml de etanol absoluto e 30

ml de água destilada).

O material contaminado, por exemplo as ansas que tocaram em cultura de

bactérias, devem ser descontaminados através da chama de um bico de

Bunsen, aparelho igualmente necessário num laboratório de microbiologia.

As bocas de tubos contendo cultura de bactérias, as bocas de frascos de

vidro contendo os meios de cultura, devem sempre que destapados ser

chamuscados á chama do Bunsen.

Meios contaminados com as culturas de bactérias, devem ser

descontaminados por autoclavagem, e em seguida despejados em sacos

plásticos fortes. Placas de petri de plástico com culturas, bem como outro

material de plástico utilizado, devem ser colocados em sacos de plástico e

enviados para incineração. O material de vidro contaminado por sua vez

após autoclavagem deve ser lavado com lexivia e detergente, passado por

água destilada e seco na estufa de secagem.

As pipetas de vidro utilizadas no laboratório deverão ser imersas numa

proveta de plástico grande contendo lexivia ou outro liquido desinfectante,

e posteriormente lavadas e autoclavadas.

As bancadas devem ser esterilizadas passando um líquido desinfectante, e

idealmente o laboratório deve ser isolado, ou então o trabalho deverá ser

realizado dentro de uma câmara de fluxo laminar.

MÉTODOS FÍSICOS

Esterilização por vapor

O vapor quente sob pressão é o método mais usado para esterilização de materiais médico-hospitalares do tipo crítico. É não tóxico, de baixo custo e esporicida. Por esses motivos, deve ser usado para todos os itens que não sejam sensíveis ao calor e à umidade. O calor úmido destrói os micro-organismos por coagulação e desnaturação irreversíveis de suas enzimas e proteínas estruturais. Este tipo de processo é realizado em autoclaves. As autoclaves podem ser divididas segundo os tipos abaixo:

• Gravitacional - O vapor é injetado forçando a saída do ar. A fase de secagem é limitada uma vez que não possui capacidade para completa remoção do vapor. Sua desvantagem é que pode apresentar umidade ao final pela dificuldade de remoção do ar. As autoclaves verticais são mais indicadas para laboratórios. Na venturi, o ar é removido através de uma bomba. A fase de secagem é limitada uma vez que não possui capacidade para completa remoção do vapor. Sua desvantagem é que pode apresentar umidade pelas próprias limitações de remoção do ar do equipamento.

• Alto vácuo - Introduz vapor na câmara interna sob alta pressão com ambiente em vácuo. É mais seguro que o gravitacional devido a alta capacidade de sucção do ar realizada pela bomba de vácuo.

Esterilização por calor seco

Este método é reservado somente aos materiais sensíveis ao calor úmido. Guarda suas vantagens na capacidade de penetração do calor e na não corrosão dos metais e dos instrumentos cortantes, sendo porém um método que exige maior tempo de exposição para alcançar seus objetivos, por oxidação dos componentes celulares. Abaixo, alguns exemplos de temperatura e respectivo tempo de exposição necessário:

Temperatura Tempo

171°C 60 minutos

160°C 120 minutos

149°C 150 minutos

141°C 180 minutos

121°C 12 horas

Pode constar do processo de chamuscar o material á chama do Bunsen, ou

por um periodo prolongado numa estufa a 160oC por periodos de no

minimo 45 minutos. Este tipo de esterilização é utilizado para material de

vidro, para material de dissecção, mas não é muito efectivo contra aquelas

bactérias e fungos que produzem esporos resistentes à secura.

Irradiação e Filtração

Outros métodos de esterilização incluem a irradiação e a filtração. A

filtração é especialmente utilizada para esterilização de meios e soluções.

Unidades de filtração (acetato) que podem ser posteriormente autoclavadas.

Esterilização por calor húmido

Autoclavagem

Faz-se através do autoclave cujo funcionamento é idêntico ao da panela de

pressão sendo a temperatura necessária para esterilizaçao de 121oC, e o tempo de esterilização de cerca de 15 minutos. Este tempo de esterilização

deverá ser aumentado quando se enche bastante o autoclave com meios

para esterilizar. Objectivo: morte de todos os possiveis organismos vivos. As

soluções ao sair do autoclave estão estéreis. Utiliza-se este tipo de

esterilização pelo calor húmido para meios de cultura e diversas soluções.

Existem vários tipos de autoclaves verticais ou horizontais.

2. Tindalização

Este método consiste numa esterilização fraccionada em que o meio sofre 3

aquecimentos em 3 dias consecutivos, para destruição de formas vegetativas

bacterianas que evoluem de esporos. Utiliza temperaturas inferiores a

100oC, e faz-se em banho-maria, onde se mergulham os frascos de meio a

esterilizar herméticamente fechados, durante cerca de 1h, repetindo-se o

tratamento em 3 dias consecutivos. Objectivo: eliminação de formas

esporuladas, as quais germinam quando submetidas a temperaturas de

100oC, resultando desta germinação as formas vegetativas não resistentes a

essa temperatura.

3. Pasteurização:

Esterilização utilizando uma temperatura inferior a 100oC, geralmente 57 a

600C em banho-maria. Objectivo: eliminação de microrganismos sensíveis

ao calor, entre estes, estirpes patogénicas, sem adulteração das qualidades

do produto a pasteurizar.

Métodos Químicos

Os agentes químicos utilizados para essa função podem ser esterilizantes ou desinfetantes. A esterilização acaba com todas as formas de vida de um material, enquanto os desinfetantes apenas reduzem a carga de microorganismos, a ponto de não oferecer riscos de disseminação.

Principais grupos de agentes químicos para controle de microorganismos:

Álcoois

O álcool atua na desnaturação das proteínas e solubilização de lipídios. Pode haver efeitos secundários na interferência do metabolismo e eventual lise das células. No mercado existe uma grande variedade de produtos que podem ser usados de acordo com o tipo de esterilização desejado.

Aldeídos e derivados

Por ser bem solúvel em água, o aldeído fórmico é o mais utilizado. A metenamina pode ser misturada ao ácido mandélico em algumas preparações, aumentando o poder bactericida.

Fenóis e derivados

O fenol é um desinfetante fraco, tendo interesse apenas histórico, pois foi o primeiro agente a ser utilizado como tal na prática médica e cirúrgica. Os fenóis atuam sobre qualquer proteína, mesmo aquelas que não fazem parte da estrutura ou protoplasma do microorganismo, significando que, em meio orgânico protéico, os fenóis perdem sua eficiência por redução da concentração atuante.

Os cresóis têm um poder 3 vezes maior que os fenóis. A creolina é uma mistura de cresóis e é utilizada na desinfecção de superfícies, vasos sanitários, etc.

O timol é menos tóxico e é mais ativo que o fenol cerca de 30 vezes. São utilizados como anti-sépticos em infecções causadas por fungos.

O triclosan tem uma ampla atividade bacteriostática e fungistática, e não é tóxico.

Pelo seu poder biocida, os compostos fenólicos são utilizados em larga escala em indústrias de alimentos e rações, na preservação de madeiras, na fabricação de cosméticos e em áreas médicas.

Halogênios e derivados

Um dos anti-sépticos mais utilizados na prática cirúrgica é o iodo sob a forma de tintura. O mecanismo de ação é combinação irreversível com proteínas, provavelmente através da interação com os aminoácidos aromáticos, fenilalanina e tirosina.

Desde que não haja excesso de matéria orgânica, o cloro gasoso pode ser utilizado para desinfecção da água. O cloro ataca os grupos alfa-aminados das proteínas, formando cloroaminoácidos instáveis.

Ácidos Inorgânicos e Orgânicos

O ácido bórico é um dos mais populares anti-sépticos, mas causa intoxicação. O ácido acético, o ácido lático, ácido benzóico e seus derivados, ácido sórbico e ácido cítrico são utilizados na conservação de alimentos. O ácido mandélico e o ácido nalidíxico são utilizados como anti-sépticos das vias urinárias. Os ácidos graxos possuem atividade antifúngica.

Agentes de superfície

Os compostos mais utilizados são cloreto de benzalcônio, cloreto de benzetônio, cloreto de cetilpiridíneo e o cetremida. Os sabões não se encaixam nesta categoria , mas são compostos aniônicos que possuem limitada ação quando comparada com a de substâncias catiônicas. Os detergentes derivados de amônia são bastante utilizados em desinfecções e anti-sepsias.

Metais pesados e derivados

O baixo índice terapêutico dos mercuriais e o perigo de intoxicação por absorção fizeram com que aos poucos deixassem de serem usados, curiosamente alguns derivados mercuriais tiveram grande aceitação, embora dotados de fraca atividade bactericida e bacteriostática in vivo, como o merbromino.

Agentes oxidantes

A liberação de oxigênio nascente, que é extremamente reativo e oxida, entre outras substâncias, os sistemas enzimáticos indispensáveis para sobrevivência dos microorganismos. A água oxigenada é o agente mais utilizado. Oozônio tem sido utilizado no tratamento de água de consumo.

Esterilizantes gasosos

O óxido de etileno é empregado com sucesso na esterilização de materiais cirúrgicos, embora tenha uma ação lenta. A betapropiolactona é cerca de 4000 vezes mais eficaz que o óxido de etileno, mas é tóxica e tem baixo poder de penetração.

MÉTODOS FÍSICO-QUÍMICOS

De forma geral, os métodos físico-químicos são processos realizados com baixas temperaturas. A esterilização a baixa temperatura é requerida para materiais termo sensíveis e/ou sensíveis à umidade. O método ideal não existe e todas as tecnologias têm limitações.

Óxido de etileno

É quase que exclusivamente utilizado para esterilização de equipamentos que não podem ser autoclavados. A efetividade do processo depende da concentração do gás, da temperatura, da umidade e do tempo de exposição. Age por alcalinização de proteínas, DNA e RNA. As desvantagens para sua aplicação são o tempo necessário para efetivar o processo, o custo operacional e os possíveis riscos aos pacientes e aos profissionais envolvidos. Apresenta potencial carcinogênico e mutagênico, genotoxicidade, podendo alterar sistema reprodutor e nervoso e, ainda, causar sensibilização aos profissionais envolvidos no processo, devendo haver supervisão médica constante nos mesmos.

Radiação ionizante

Método extremamente caro de esterilização, tendo sido usado para tecidos destinados a transplantes, drogas, entre outros. Para outros artigos, perde para o óxido de etileno, justamente devido a seu custo. As vantagens do processo estão em permitir aos produtos serem tratados na sua embalagem de transporte e também no fato dos prestadores de serviço possuírem irra¬diadores de grande porte, onde pallets inteiros são processados ao mesmo tempo sem a necessidade de desconfigurar a carga, e os produtos não necessitam retornar ao fabricante inicial para serem reembalados.

Referencias

SOUZA,Marcos. Métodos Químicos de Controle de Microorganismos. InfoEscola.2000. Dísponivel em: http://www.infoescola.com/microbiologia/metodos-quimicos-de-controle-de-microorganismos/ . Acesso em 26 Agos. 2014.

NICÉSIO, Raphael Nicésio.Métodos de Esterilizaçao. BioMedicinaBrasil. Dísponivel em: < http://www.biomedicinabrasil.com/2012/03/metodos-de-esterilizacao.html> Acesso em 26 Agos. 2014.

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