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NataliaBonardi

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Por:   •  18/3/2015  •  3.200 Palavras (13 Páginas)  •  226 Visualizações

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4- AS INTERAÇÕES SOCIAIS E A ESTRUTURA SOCIAL

O homem é um ser social, produto de um sistema de interações, vai adquirindo hábitos e costumes e que vão se agregando aos poucos na sua personalidade individual. As interações criam as estruturas sociais, possibilitando a ampliação da interação para intervir na realidade.

Interação: duas ou mais pessoas se comunicando, as pessoas influenciam e são influenciadas por esse processo, a ação recíproca de ideias, atos ou sentimentos entre pessoas ou grupos. A interação implica mudanças de comportamentos das pessoas. Na interação social as ações de uma pessoa dependem das ações dos outros e vice versa, resultado na influência mútua, firmando a base de toda organização e estrutura social.

Estrutura social: É o conjunto das relações sociais que engloba todos os processos de interação entre os indivíduos, grupos, classes sociais e também o conjunto de normas, valores, padrões que influenciam o comportamento das pessoas

Processos sociais são as interações repetitivas de padrões de comportamentos comumente encontrados na vida social, maneiras pelas quais as pessoas e os grupos se relacionam, estabelecendo as relações sociais, como: cooperação, competição, acomodação, assimilação e conflito.

Cooperação direta: ações que as pessoas realizam juntas, através da solidariedade e do apoio mútuo.

Cooperação indireta: as pessoas envolvidas não tem um objetivo comum, mas, através do seu trabalho colaboram, indiretamente, com outras.

Acomodação - Acontece quando um povo vencido acata as condições do vencedor e adota uma posição subordinada. Na acomodação a pessoa ajusta seu comportamento às condições de vida do outro, evitando o conflito.

Assimilação - Solução definitiva para os conflitos. É um processo longo, no qual a pessoa se integra, inteiramente, à nova sociedade. Um processo social pelo qual indivíduos e grupos de indivíduos diferentes aceitam e adquirem padrões comportamentais, tradições, sentimentos e atitudes de outra parte. É um ajustamento interno do próprio indivíduo ou grupo e constitui um indício da integração sócio-cultural, ocorrendo geralmente nas populações que reúnem grupos diferentes.

Competição - A competição é regida por normas, regra e costumes e não há o uso da força. A competição é salutar quando ela estimula o talento individual e o mérito pessoal. Mas quando ela é exacerbada e não há o mínimo de regras para controlá-la, isso pode culminar num conflito que não tem mais fim.

O ponto de equilíbrio entre a cooperação e a competição é quando o indivíduo percebe ser, ao mesmo tempo, capaz de ultrapassar os desafios propostos pela sociedade, como na competição, à medida que ele é capaz de provar, por mérito próprio, suas conquistas.

Conflitos: Implica em choques entre as partes, envolvendo o uso da violência ou não. O conflito está normalmente relacionado com os interesses de cada uma das partes. É impossível eliminar os conflitos, pode-se reprimi-los.

Poder: Característica de uma relação entre dois ou mais sujeitos, na qual um impõe ao/s outro/s a sua própria vontade e lhe/s determina o comportamento (obediência), a despeito de eventuais resistências. Elementos do exercício do poder: riqueza, força, informação, conhecimento, prestígio, popularidade, relações sociais, reputação, etc. Habilidades no uso dos recursos de poder. Modos de exercício do poder: persuasão, manipulação, promessas, ameaças, etc.

Autoridade é o poder revestido de consentimento, sendo este consentimento estável no tempo – legitimação do poder Autoridade é a disposição de obedecer de forma incondicional baseada na crença da legitimidade do poder: é a aceitação do poder como legítimo que produz a atitude mais ou menos estável no tempo para a obediência incondicional às diretrizes que provêm de uma determinada fonte.

Max Weber identificou três tipos

Autoridade burocrática ou racional-legal: baseada no cargo ou posição – autoridade enquanto estiver no cargo

Autoridade tradicional: baseada nas crenças, normas e tradições sagradas, as pessoas obedecem em virtude da tradição.

Autoridade carismática: baseada nas qualidades pessoais do indivíduo – líder. Exemplos: Cristo, Napoleão, Hitler, etc.

Legalidade é a conformação do comportamento às diretrizes legais.

Legitimidade é a capacidade de um determinado poder para conseguir obediência sem necessidade de recorrer à coação que supõe a ameaça da força. A legitimidade é o reconhecimento da autoridade, essencial à dominação. Resulta da convicção de que o poder deriva de valores comuns e finalidades compartilhadas.

Dominação: A probabilidade de encontrar obediência a uma ordem de determinado conteúdo, entre determinadas pessoas indicáveis. Uma relação de dominação supõe que a obediência aos comandos fundamenta-se no reconhecimento dos que obedecem ao conteúdo obrigatório dos ordenamentos. Implica o reconhecimento da autoridade de que está investida a fonte desses ordenamentos. Existem três tipos de dominação:

Dominação tradicional: o poder é reconhecido com base nas tradições, na autoridade do “ontem eterno”, sendo a ordem social percebida pelos seus membros como tendo sempre existido, impondo-se como natural e obrigatória. Exemplo: poder patriarcal, o direito divino dos reis. É própria das sociedades antigas.

Dominação carismática: a legitimidade se baseia no dom da “graça”, que é intrínseco ao governante, pessoal e extraordinário. Os comandados obedecem porque acreditam nas qualidades extraordinárias do líder, na sua genialidade e no caráter extraordinário dos seus ordenamentos. A dominação carismática rejeita tudo o que é rotina e tradição, por isso, tende a ser revolucionária. Obediência direta à pessoa do líder. O dever de obedecer baseia-se na afetividade e deve-se ao carisma do líder.

Dominação Racional-Legal - A base da obediência é o reconhecimento de que as ordens formuladas visam a atingir finalidades compartilhadas ou que assim se apresentam (aspecto racional) e conformam com as regras aceitas por todos (aspecto legal). É própria das sociedades complexas e dos Estados modernos, nos quais operam organizações burocráticas e burocracias profissionais. A obediência

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