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Nutrucao

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Por:   •  15/9/2014  •  Tese  •  850 Palavras (4 Páginas)  •  201 Visualizações

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Contrariando o foco de um longo período de estudos sobre a nutrição no Brasil, hoje, percebe-se que a desnutrição, agora em declínio, cedeu a posição de maior preocupação dentre pesquisadores à duas situações, aparentemente opostas à falta de alimentação, mas estreitamente relacionadas. O sobrepeso e a obesidade, principalmente em crianças, têm contribuído para o cenário de “transição epidemiológica nutricional", onde doenças transmissíveis são observadas em queda diante do aumento de doenças crônicas não transmissíveis.

Esses dois extremos de um aproveitamento nutritivo equivocado (desnutrição por carência e obesidade por excesso de alimentação) constituem um paradoxo nutricional e já são considerados um sério problema de saúde pública no Brasil, com taxas de prevalência elevadas, sendo, inclusive, associados à questões paralelas como dislipidemia e hipertensão arterial, fatores notoriamente responsáveis pelo aparecimento de eventos cardiovasculares.

O estilo urbano de vida, com todas as suas inerências a exemplo do sedentarismo; a falta de alimentos por tempo prolongado, mesmo na fase fetal, que induz à desnutrição e posterior obesidade; e a atual preferência por alimentos industrializados são fatores considerados de maior relevância para a prevalência da obesidade, ainda que de fato externos a ela, o que demonstra claramente a incisão socioambiental sobre os indivíduos.

O comportamento alimentar trata da postura assumida com relação às praticas alimentares, considerando as características socioculturais, como as perspectivas pessoais próprias do indivíduo e da sociedade, sempre relacionadas com o comer e o próprio alimento.

Isto, posto, é importante destacar o papel do núcleo familiar nos hábitos adquiridos ou repelidos pelos jovens, em especial os adolescentes.

Adolescência é marcada por uma busca beligerante de identidade, e nesse processo a relação entre os membros do grupo familiar pode determinar uma continuação ou rompimento das práticas correntes “o fato de adolescentes realizarem suas refeições junto à família foi considerado um preditor na prevenção de distúrbios do comportamento”.

Essa relação benéfica não é um fato em si, visto que, em muitos casos, os familiares em posição de orientação se esquivam da responsabilidade e transferem para os filhos a opção/decisão de seguir ou não um padrão alimentar saudável, o que pode ser entendido como uma incapacidade do próprio núcleo de comando da família em praticar hábitos coerentes com o bem estar nutricional.

A hiperalimentação, ou hiperfagia, pode ter sua origem relacionada a diversas faces da interação entre familiares: ansiedade, questões afetivas, estresse, dificuldade de socialização... O cunho psicossocial pode ser determinante nessa fase.

No seio familiar ou fora dele, da fase infantil à terceira idade,todos estão sujeitos à influencias que interferem, modificam, direcionam o comportamento alimentar. Nesse contesto alguns personagens se relacionam de maneira quase simbiótica: a mídia versos crianças e adolescentes.

No Brasil, a quantidade de comerciais que induzem o consumo de produtos de ordem alimentícia, de pouco valor nutrivo, quase quadruplicou nas últimas décadas, saltando de 11 para 40 por hora. O quadro se mostra prerocupante quando tais dados são cruzados com a informação de que adolescentes e crianças passam cerca de 6 horas diárias na frente da TV, acompanhando a programação aberta.

A maior parte de

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