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Origem do vidro

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Por:   •  24/8/2014  •  Projeto de pesquisa  •  2.092 Palavras (9 Páginas)  •  475 Visualizações

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2.1 Origem do Vidro

A descoberta do vidro é cheia de mistérios e lendas, pois não se sabe ao certo como esse material foi descoberto. Historiadores acreditam que o vidro já existia a mais de 4000 anos A.C., pois foi encontrado resíduo nas tumbas egípcias.

Acredita-se também que navegadores Fenícios ao deixarem acesas fogueiras construídas em "pedras" de carbonato de cálcio sobre a areia de uma praia, observaram que, após sofrer a ação do calor durante toda a noite se formava no local um liquido transparente, o vidro.

Em torno do ano 100 da era Cristã, os Romanos começaram a produzir e usar o vidro em janelas. Era opaco, mas deixava passar luz o suficiente para melhorar a iluminação dos ambientes da casa.

O vidro teve forte desenvolvimento na Ilha de Murano em Veneza, a partir do século XIII. Alguns vidreiros por serem tão importantes foram incluídos no Livro de Ouro, que trazia a relação das famílias aristocráticas.

2.2 Propriedades Químicas

O vidro é um material sólido, homogêneo e inorgânico, que se obtém por arrefecimento rápido de uma massa em fusão. O rápido arrefecimento impede a correta cristalização do material, fazendo com que o material final se mantenha num estado transitório entre o cristalino e o totalmente amorfo.

As indústrias vidreiras dedicam-se especialmente a dois tipos de vidro, uma maioria em vidros de silicato (SLSG) e em menor escala, vidro de boro-silicatos (BSG). Vidro de silicato: constituído por sílica (SIO2), óxido de cálcio e óxido de sódio (CaO e Na2O) e em poucas quantidades encontra-se também magnésia e alumina (MgO e AL2O3).

Vidro de boro-silicato: se diferem do vidro de silicato por apresentarem alteração nos compostos secundários, que passam a ser maioritariamente constituídos por óxido de boro (B2O3), encontrando-se ainda óxido de potássio e óxido de sódio (K2O e Na2O). Estes novos compostos secundários oferecem maior resistência a variações de temperatura, água e a ácidos sendo bastante utilizados em trabalhos de laboratório de química.

2.3 Propriedades Físicas e Mecânicas

A propriedade mais importante do vidro é a sua transparência, que é confirmada pela elevada transmitância na gama do visível. Na verdade, o vidro float apresenta valores de transmitância elevados até à radiação infravermelha média. Desta forma, em termos ambientais, o vidro permite a passagem de luz visível, o que atmosfericamente permite o aquecimento do espaço interior que o vidro protege, mas impossibilita a transferência desse mesmo calor para o exterior, dando origem ao principal problema ambiental associado ao vidro: o efeito de estufa. Além da sua transparência, o vidro é habitualmente fabricado em superfícies muito lisas e impermeáveis.

Comparando algumas das suas características com outros materiais comuns na construção, verifica-se que o vidro tem um peso específico aproximadamente igual ao do concreto armado, mas com uma rigidez mais elevada, ainda que, para ambas as propriedades apresentem valores inferiores ao aço.

Mecanicamente, o vidro é um material com comportamento elástico quase perfeito, isotrópico e com rotura frágil, que não apresenta qualquer tipo de aviso nem possibilita redistribuição de esforços através de deformações plásticas.

2.4 Processo de Produção

1º - Juntar os ingredientes: 70% de areia (retirada de locais como fundo de lagos), 14% de sódio, 14% de cálcio e outros 2% de componentes químicos.

2º - Os ingredientes são misturados e seguem para um forno industrial, que atinge temperaturas de até 1 500 ºC. A mistura passa algumas horas no forno até se fundir, virando um material meio líquido.

3º - Ao sair do forno, a mistura que dá origem ao vidro é uma gosma viscosa e dourada, que lembra muito o mel. Ela escorre por canaletas em direção a um conjunto de moldes. A dosagem para cada molde é controlada conforme o tamanho do vidro a ser criado.

4º - O primeiro molde serve apenas para dar o contorno inicial do objeto. A esta altura, o tal "mel" está com a temperatura de cerca de 1200 ºC. O formato do molde primário deixa uma bolha de ar dentro da mistura incandescente

5º - O objeto segue então para um molde final e uma espécie de canudo é inserido na bolha. Pelo canudo, uma máquina injeta ar, moldando o líquido até ele ganhar o contorno definitivo - como o de uma garrafa de vidro.

Ao final da 5ª etapa, a temperatura do vidro já caiu para uns 600 ºC e o objeto começa a ficar rígido, podendo ser retirado do molde. Só resta agora o chamado recozimento: o vidro é deixado para resfriar. No caso de uma garrafa, isso só dura uma hora. Depois disso, ele está pronto para ser usado.

2.5 Reciclagem do Vidro

O vidro é obtido pela fusão de componentes inorgânicos a altas temperaturas, e consequente resfriamento rápido da massa resultante até um estado sólido não cristalino.

O vidro, se descartado no ambiente não o polui, uma vez que seu material é inerte (não se degrada, não se desfaz). Mas se considerado o volume nos aterros sanitários, o vidro é o campeão em entulhos, até por que não pode ser compactado como o papel, se feito isso se transforma em perigosos cacos cortantes. O vidro pode se acumular no ambiente ao ponto de não ter espaço suficiente para comportá-lo, é o que ocorre em países que não tem planejamento.

A melhor alternativa para o lixo vítreo é a sua reciclagem. Um quilo de vidro quebrado dá origem a exatamente um quilo de vidro novo, e a maior vantagem é que o vidro pode ser reciclado infinitas vezes.

2.6 Processo de Reciclagem

O vidro recebe uma lavagem e em seguida passa por um processo de trituração. Os cacos são então aquecidos e fundidos a uma temperatura acima de 1300 °C. Após esse processo, garrafas, copos, etc., podem ser moldados e utilizados novamente. É uma verdadeira economia de energia e matéria-prima.

Atualmente estima-se que mais de 40% das embalagens de vidro produzidas no Brasil são de material reciclado, a expectativa é que este número aumente.

2.7 Tipos de vidro

- Espelho: o vidro comum recebe sobre uma das superfícies camadas metálicas, como a prata, o alumínio ou o cromo. Em seguida, o produto recebe camadas de tinta que têm como função protegê-lo.

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