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Paradigmas Atuais Da Supervisão Educacional

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Por:   •  10/5/2013  •  1.287 Palavras (6 Páginas)  •  722 Visualizações

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PARADIGMAS ATUAIS DA SUPERVISÃO EDUCACIONAL

Que características deve ter o supervisor no momento atual? O que espera deste profissional frente à triste realidade vigente em nossas escolas? É possível andar na contramão da supervisão tradicional? É possível manter ou mudar a supervisão, cuja tradição é reconhecida pelos professores e proclamada como “sempre foi assim”? É possível olhar as escolas considerando suas dificuldades? A integração das atividades dos demais setores da escola é ou não é uma questão que importa para a atuação dos supervisores? O supervisor desempenha um trabalho democraticamente ou demonstra ausência de autoridade? O que o supervisor faz e como faz o seu trabalho? O que o supervisor observa, o que ouve e o que pensa a respeito da sua ação na escola?

Nessa maneira de ação supervisora, o supervisor não é mais aquele sujeito que possui um superpoder de assessorar, acompanhar, controlar e avaliar o trabalho que os professores realizam nas escolas, mas aquele que constrói com os professores ou professor o seu trabalho diário. Essa construção se faz a partir do “desmascaramento das realidades existentes nas escolas”.

A problemática educacional vivida por nós, no presente momento, assume, desta forma, importância fundamental, constituindo não apenas o ponto de partida, mas o constante referencial para a reflexão e a ação deste profissional. Essa realidade vem lançando enormes desafios ao supervisor, aos quais ele deve estar capacitado a responder se pretende que seu trabalho seja socialmente útil e não inócuo, significativo e não destituído de sentido para o momento histórico presente.

Para acontecer essa qualidade de trabalho há necessidade de os supervisores adquirirem constantemente saberes e conhecimentos concernentes às várias formas de construir metodologias que facilitem o ato de ensinar e de aprender. Assim, as metodologias do ensinar e do aprender são construídas a partir do confronto das forças que interagem na escola e não construídas a priori. O confronto dessas forças expressa realidades diversas, muitas vezes contrárias, como sendo o “ponto desencadeador” do processo de ensinar e aprender, pois a partir desse ponto desencadeador a socialização do ensinar e aprender acontece e a qualidade dessa socialização é acompanhada, refletida e estudada pelo supervisor e discutida com o professor.

“Assume importância fundamental, neste contexto, a figura do supervisor profissional, do qual se espera o desempenho de um papel significativo em termos de agente de ‘mudanças planejadas’ (GATTI, 1974).”

Neste contexto evidenciam-se a necessidade de um profissional bastante maduro – não em termos de idade cronológica, é claro, mas sim em termos de visão ampla e profunda sobre os problemas educacionais, que implica, obrigatoriamente, vivência, tanto a nível de docência como a nível de pesquisa e coordenação / administração. São necessários profissionais altamente comprometidos com a causa educacional, que além de sólidos conhecimentos sobre supervisão, no sentido strictu da palavra, estejam em aberto para a descoberta, isto é, indivíduos, longe de se apresentarem prontos e acabados, tenham uma atitude de busca permanente.

O Supervisor Educacional faz parte da organização, qualquer que seja a posição ou o papel que nela tenha a desempenhar. Quer como assessor, integrando o estado-maior da organização, ou como um elemento de linha, responsável por um departamento ou setor da entidade, ele integra o corpo diretivo ou administrativo do sistema ou unidade escolar. Suas atribuições, responsabilidades e autoridades podem variar de intensidade, porém, são uma constante da atividade supervisora em qualquer estrutura organizacional.

Daí a necessidade de um assessoramento ao professor e uma supervisão de seu trabalho. Tanto as escolas como os sistemas escolares passaram a contar com um novo especialista – o supervisor educacional, o qual, através de um trabalho de equipe, procura harmonizar a atividade docente, integrando-a num todo harmônico e conduzindo-a com vistas a alcançar as metas estabelecidas pelos governantes para o sistema, e, pelas direções, em cada estabelecimento escolar.

O crescimento do número de pessoas envolvidas e a penetração conseqüente da supervisão no processo educacional e na estrutura das organizações de ensino trouxeram alguns problemas quanto à posição e o papel que deve caber aos supervisores nas estruturas organizacionais, pois esta figura era inexpressiva em nosso sistema educacional até então.

Ao analisar o papel do supervisor, é natural que se parte da premissa que uma pessoa chega a algum resultado, ou consegue algo, através de seu esforço pessoal. Porém, quando um professor é escolhido ou indicado para assumir a função de supervisor num sistema ou numa escola, embora ele continue a trabalhar no mesmo sistema ou na mesma escola, ele passará a viver num outro mundo, numa nova situação. Passará a ver a organização por outro ângulo, com novas responsabilidades, novos problemas e, em muitos aspectos, com menos liberdade e tempo. Ele passa a ser responsável não só por seu trabalho, mas também pelo trabalhos dos outros.

Por certo, ele terá que examinar suas atitudes fundamentais em relação ao trabalho e às pessoas, assim como ao ambiente no qual irá desempenhar suas funções. Deverá deixar de pensar em termos de “vou fazer este trabalho com minha própria habilidade e energia”, para chegar à conclusão de que “só conseguirei fazer este serviço de maneira correta, organizando o trabalho de meus supervisionados”.

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