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Paralelo Entre Gestão Escolar E Empresarial

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Por:   •  17/11/2013  •  2.172 Palavras (9 Páginas)  •  328 Visualizações

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GESTÃO ESCOLAR

A administração escolar tem como objetivos essenciais, planejar, organizar, dirigir e controlar os serviços necessários à educação. Esses princípios gerais estabelecidos por Fayol (apud SANTOS, 1966, p. 18) poderão ser aplicados à gestão escolar, desde que sejam adaptados às condições específicas do trabalho educativo. Ao aplicar esses princípios, não se deve esquecer que existe um abismo profundo e intransponível entre a atividade educativa e a produção industrial. A educação não é uma técnica, mas uma atividade que não pode ser subordinada a normas mecânicas e a regras inflexíveis. Compreende-se, portanto, que a gestão escolar seja profundamente influenciada pela filosofia de cada povo e de cada época. Representa ainda, um conjunto, um sistema de meios para atingir determinados fins. Liberal ou dogmática, democrática ou totalitária, centralizada ou descentralizada, a gestão escolar é sempre o reflexo das doutrinas filosóficas e políticas que orientam o destino das nacionalidades em cada momento histórico. Por isso, na organização e na direção de uma classe, de uma escola ou de um sistema escolar, existe sempre, patente ou latente, uma concepção do homem e da vida. (SANTOS, 1966, p. 22).

Nos dias de hoje, a escola tem a preocupação de conquistar o apoio da comunidade, considerando-o relevante para uma atuação eficaz. A imagem da escola tem um duplo efeito, ou seja, age tanto externa, quanto internamente. Se for positiva, a imagem da escola desperta boa vontade e desejo de cooperação na comunidade, tornando-se, assim, mais fácil o desenvolvimento de seu trabalho. Por outro lado, a própria escola também se beneficia de uma imagem favorável: alunos, professores e funcionários sentem maior satisfação por pertencerem a uma instituição tida como modelar e, conseqüentemente, agem no sentido de preservar a imagem da escola. Assim, o efeito interno da imagem positiva da escola é a criação de um clima favorável ao bom desempenho de alunos e professores.

Apesar de todas as dificuldades com que notoriamente se defrontam os trabalhadores em educação, freqüentemente se tem notícia de escolas que se destacam como realizadoras de um trabalho excepcional. A primeira constatação em relação a estas escolas é a de que conseguiram romper com a rotina e está se introduzindo algum tipo de inovação, quer no trabalho em sala de aula, quer na forma de gestão, quer ainda em relação à participação da comunidade na vida da escola. A partir daí a escola deixa de ser um lugar de comparecimento obrigatório, em que se realiza um trabalho rotineiro, para transformar-se em ponto de encontro para troca de idéias e realização de projetos em benefício da aprendizagem.

A participação da comunidade na administração da escola está, pelo menos teoricamente, garantida por meio do funcionamento do Conselho de Escola, cuja forma atual é resultado de uma luta política com o sentido de dotar a escola de autonomia para poder elaborar e executar seu projeto educativo.

De tudo isso, contudo, um ponto deve ser destacado: esta comunicação ocorre, em geral, entre pessoas com diferentes formações e habilidades, ou seja, entre agentes dotados de distintas competências para a construção de um plano coletivo e consensual de ação. Na prática da gestão escolar, esta diferença que em si não é original nem única, assume uma dimensão muito maior do que a grande maioria das propostas de gestão participativa e autogestão que pode ser observada. (FERREIRA, 2001, p.71)

Finalmente, o universo da escola é parcialmente complexo e específico. O diálogo só pode ser verdadeiro e frutífero a partir de um esforço de aproximação onde todos tentem perceber e conhecer o outro em seu próprio contexto e a partir de sua própria história. É necessário praticar constantemente o exercício da participação em todos os seus sentidos: internamente na prática administrativa, na inserção política transformadora e emancipadora, no diálogo intelectual com todas as outras áreas de conhecimento e, provavelmente a dimensão mais difícil, de cada um consigo mesmo por meio do autoconhecimento, procurando tornar-se uma pessoa mais sensível, tolerante e atenta ao diferente, aos seus direitos e à contribuição que ele seguramente tem para dar. Em resumo, “buscar construir comunicativamente o consenso pelo diálogo com todos os envolvidos, e não apenas com aqueles que pensam como nós”. ( FERREIRA, 2001, p. 74)

GESTÃO EMPRESARIAL

Olhando à nossa volta, verifica-se que nos últimos 150 anos a vida da humanidade tem girado em torno de uma estrutura onde a grande maioria dos homens ditos civilizados passa a maior parte de seu tempo, ao longo das 24 horas de cada dia. Trata-se da estrutura em que cada homem que trabalha busca, de um lado, a remuneração pela atividade desenvolvida, que lhe serve para o sustento pessoal e de sua família; mas busca, de outro lado, sua realização, enquanto pessoa humana, no trabalho que desenvolve, verdadeiro complemento de sua personalidade. Essa estrutura é a empresa. (GONÇALVES, 1989, p. 151-152)

A empresa moderna reúne integrantes cujas responsabilidades são diferentes e hierarquizadas, mas aos quais o trabalho deve oferecer condições para cumprir de maneira sempre mais perfeita suas obrigações pessoais, familiares e sociais. (GONÇALVES, 1989, p. 153). Exige uma organização dos recursos básicos radicalmente diferente de tudo o que já se conheceu. Em primeiro lugar, o período de tempo abrangido pela produção moderna e pelas decisões empresariais contemporâneas é tão longo que ultrapassa em muito o período em que o homem é fator ativo do processo econômico. Em segundo lugar, os recursos precisam ser reunidos numa organização – tanto material quanto humana – que deve ter um alto grau de permanência para se tornar produtiva. Além disso, os recursos humanos e materiais precisam ser concentrados, para se obter o melhor desempenho econômico e o melhor desempenho social. (DRUCKER, 1981, p.359-360) A responsabilidade da administração é decisiva não só para a própria empresa, mas também para o prestígio, sucesso e posição do administrador, para o futuro do sistema econômico e social, e para a sobrevivência da empresa como uma instituição autônoma. A responsabilidade pública da administração deve, portanto, estar subjacente a tudo que fizer. Basicamente, constitui a fonte da ética da administração. (DRUCKER, 1981, p. 361) Vale a pena lembrar que essa entidade – a empresa – destinada à produção, à troca, à circulação de bens e/ou serviços, nasce de um ato, uma iniciativa que só pode ser fruto da atividade de homens, destinada

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