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Prostituição

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Por:   •  16/8/2014  •  Projeto de pesquisa  •  1.305 Palavras (6 Páginas)  •  290 Visualizações

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Introdução

Sempre que se fala em prostituição podemos voltar às origens dela recordando a prostituição hospitaleira dos Caldeus ou a sagrada da Babilônia. Ora, a prostituição nunca foi “sagrada nem hospitaleira”, porque tem sido sempre infame, como o mercantilismo que a tornou possível. A palavra “prostituir” vem do verbo latino prostituere, que significa expor publicamente, por à venda, entregar à devassidão. Dela se deriva “prostituta”. A prostituição é parte de uma indústria multibilionária. Entre as distintas modalidades desta indústria estão, ainda, o turismo sexual, o tráfico de mulheres, a pornografia, etc. A instituição da prostituição não beneficia somente o cliente, mas traz benefícios a terceiros: donos de moteis, administradores, proxenetas, traficantes, agências de turismo. A prostituição significa a dominação machista sobre a mulher, que tem um corpo considerado como explorável. Não pode haver prostituição com apenas uma pessoa. Mas é sempre a mulher que leva a marca de pecadora.

A atividade não é crime e portanto não é ilegal. Conforme os artigos 227 e 231 do Código Penal Brasileiro, que tratam dos crimes contra os costumes, crime é o lenocínio e o tráfico de mulheres, ou seja, a exploração da prostituição alheia. Nestes itens podem ser enquadrados cafetões, rufiões e donos de casa e moteis.

De acordo com a pesquisa da Fundação Mineira de Educação e Cultura (FUMEC, 2001), realizado com prostitutas de Belo Horizonte, a trajetória das prostitutas, em geral, começa em casas de massagem ou em boates “privês”, onde fazem shows de “strip-tease” e mantêm contatos com seus clientes. Com o passar do tempo, por causa do desgaste com os clientes e da própria depreciação estética, muitas garotas passam a oferecer seus “serviços” em qualquer lugar e vão parar nas ruas. No estudo da (FUMEC, 2001) 76% das prostitutas entrevistadas apresentaram sintomas de depressão, 59% de stress crônico e 36% disseram ter pensado em suicídio alguma vez desde que começaram a prostituir.

Segundo (Gómez, 1997) a prostituição é um negócio que envolve muitos interesses. É o produto de uma concepção da sexualidade patriarcal que coloca os homens como sujeitos da mesma. No negócio da prostituição, a mulher é a peça mais frágil e responsabilizada. A trajetória de mulheres pobres prostituídas é uma trajetória de violência familiar.

De acordo com o Serviço à Mulher Marginalizada (SMM, 2000) considerar que a prostituição é uma opção de trabalho, é uma maneira de aceitar que o sexo e o corpo da mulher e são uma mercadoria. Reforçam os conceitos patriarcais que alentam os papéis sexuais de dominação masculina e submissão feminina. Destaca os mitos a respeito do assunto: vida fácil, profissão mais antiga do mundo, não gosta do “pesado”, faz muito dinheiro, não tem caráter e o que se diz: “vagabunda, ninfomaníaca, escolheu livremente a profissão, sabe muito sobre sexo”. Segundo (Teixeira, 2001) “A implementaçao do paradigma da proteçao integral, o reconhecimento e estimulo à autonomia e ao protagonismo de nossas crianças e adolescentes apresenta-se, portanto, como uma luta ideologica, cultural e simbolica contra esses valores presentes em nossa sociedade. Uma contradiçao social que mostra uma de suas facetas mais perversas na violencia sexual, na imposiçao de uma relaçao de dominaçao de subjugaçao do adulto contra a criança ou do adolescente, que despreza e aniquila seu lugar de sujeito desejante e de direitos. E que, apesar de contar com uma legislaçao avançada quanto à proteçao e garantia dos direitos de suas crianças e adolescentes, matem um sistema de justiça que via de regra tolera a impunidade de abusadores e violadores desses direitos.”

De acordo com a Fundação Mineira de Educação e Cultura (FUMEC, 2001) estima que exista 1,1 milhão de mulheres prostituídas no país. Acredita-se que esse número esteja abaixo da realidade, já que é muito difícil ter dados quantitativos quando se trata de uma questão que envolve preconceito, falsa moral e pecado.

Considerando as diversas variáveis que cercam o mundo da prostituição, tais como o preconceito, a exploração, a violência, o desrespeito, entre outras consideradas prejudiciais à mulher, questiona-se: por que mulheres entram e permanecem no mundo da prostituição? Problemas afetivos e educacionais? Trabalho? Problema social? Essas serão as questões norteadoras no desenvolvimento do presente estudo, que terá como objetivo geral analisar quais são os principais fatores que as levam a pratica da prostituição e, mais especificamente, buscar informações no sentido de:

Compreender porque mulheres buscam sustento na prostituição;

Analisar criticamente o contexto familiar de cada garota de programa;

Identificar o que mulheres entendem por trabalho e perspectiva para o futuro;

Quais são os fatores sociais e psicológicos que as fazem buscarem esta vida;

Qual a faixa de idade, nível social, escolaridade predominante entre elas;

Esse estudo será útil no sentido de contribuir para a compreensão dos problemas vivenciados por prostitutas e consequentemente

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