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QUAL É UM LUDÍDICO?

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Por:   •  18/6/2014  •  Projeto de pesquisa  •  3.704 Palavras (15 Páginas)  •  209 Visualizações

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1. INTRODUÇÃO

O lúdico na educação infantil estimula a imaginação da criança, desenvolvendo habilidades em seu nível de conhecimento, ultrapassando as barreiras da escola, facilitando um melhor progresso na comunicação, saúde, na formação de sua personalidade, rompendo padrões afetivos e proporcionando o crescimento cognitivo e emocional.

A avaliação lúdica é um dos inúmeros caminhos que nos possibilita ver como a criança inicia seu processo de adaptação à realidade através de uma conquista física funcional, aprendendo a lidar de forma cada vez mais coordenada com seu corpo, situando-o e organizando-o num contexto espaço-temporal que lhe é reconhecível, que começa a fazer sentido para sua memória pessoal.

Ampliar a realidade externa da criança é despertar a necessidade de uma organização interna ágil e coerente, a fim de arquivar suas experiências e utiliza-las de modo adequado no momento presente. Ela precisa ampliar e organizar sua realidade externa, ao serem criadas elas passam a solicitar ação ao sujeito para se alimentarem, se manterem vivas e atuantes.

O lúdico passa uma aprendizagem dinâmica, alegre, e o mais importante, interativa, quebrando o misticismo de que apenas o professor é responsável pelo aprendizado do aluno, criando assim um mecanismo de auto didática e usando os costumes que adquirem ao longo da vida.

Na educação infantil a brincadeira é muito importante, pois as crianças vão aprendendo vários conceitos através de jogos e brincadeiras lúdicas, elas precisam do concreto e o abstrato na sua aprendizagem ou conhecimento. Ao brincar com os jogos a criança faz uma relação entre seus conhecimentos e o que esta visualizando, assim a criança vai construindo seu conhecimento e muitos deles são novos.

Brincando, a criança pode vivenciar uma mesma situação diversas vezes. Isso, além de permitir que ela repita brincadeiras que lhe dão prazer, possibilita que ela solucione problemas e aprenda processos e comportamentos adequados.

O brinquedo encoraja a criança a desenvolver muitas habilidades na sua formação geral e isso ocorre livremente, sem compromisso e obrigatoriedade. A brincadeira é a essência da infância e seu uso permite um trabalho pedagógico que possibilita a produção de conhecimento, propiciando e facilitando a aprendizagem, o desenvolvimento da criatividade, o bem estar, o raciocínio e o aprendizado da criança na educação infantil.

2. O QUE É LÚDICO?

A Ludicidade, tema muito estudado, pesquisado e debatido por pesquisadores(as), por ser considerado um forte canal na intervenção pedagógica da Educação Infantil constitui atividades necessárias a construção de atitudes cooperativas na formação das crianças Froebel (1782-1852) discípulo de Pestalozi citado por Almeida esclarece que o grande educador fez do jogo uma arte, um admirável instrumento para mover a educação(1994, p.23).

Para Piaget(1994 p.25)

Os jogos tornam-se mais significativos à medida que a criança se desenvolve, pois, a partir da livre manipulação de materiais variados, ela passa a reconstruir objetos, reinventar as coisas, o que já exige uma “adaptação” mais completa.

Neste fragmento de texto, compreende-se que a criança tem necessidade de brincar. Assim elas elaboram, interpretam e conferem novos significados aos elementos da realidade que vivenciam no seu dia-a-dia. Ao reinventar ocorre um “ato inteligente a adaptação cognitiva” ou intelectual segundo Azenha (1993, p.100).

Já Vygotsky (1984), diferentemente de Piaget, considera que o desenvolvimento ocorre ao longo da vida e que as funções psicológicas superiores são construídas ao longo desta não estabelece fases para explicar o desenvolvimento como Piaget. Para este pesquisador o sujeito não é ativo nem passivo: é interativo.

Segundo este teórico, a criança usa as interações sociais como formas privilegiadas de acesso a informações: aprendem a regra do jogo, por exemplo, através dos outros e não como resultado de um engajamento individual na solução de problemas. Desta maneira, aprende a regular seu comportamento pelas reações, quer elas pareçam agradáveis ou não. No processo da educação infantil o papel do professor é de suma importância, pois é ele quem cria os espaços, disponibiliza materiais, participa das brincadeiras, ou seja, medeia a construção do conhecimento.

Partindo do pressuposto que a aprendizagem da criança tem muito a ver com o afeto, a ludicidade e a apreciação estética, o professor(a) da educação infantil deverá exercer seu papel com as crianças, com competência e singularidade e conhecimento do contexto socioeconômico onde suas relações envolve o compromisso da transformação da realidade.

Apreende-se através da pesquisa que os processos teórico-metodológicos que o psicologismo envolve o professor (a) são permeados de vários conflitos que estão inseridos nos mais diversos discursos (políticos, sociais, econômicos) e mitos como o da carência afetiva. Para alguns educadores(as), é que a criança não aprende por ter algum problema de ordem afetiva em casa, por ser portadores(as) de problemas psicológicos, pela não atenção dos seus pais, por virem de família desestruturada, associando a falta de atenção á falta de amor pelos seus pais, que na maioria das vezes são de classes exploradas e passam a maior parte do tempo fora de casa para garantir a sobrevivência dos filhos. Esta é mais uma forma preconceituosa de julgar que uma classe é capaz ou não de amar, devido sua condição social.

Supõe que a condição social que vai generalizar toda uma classe de renda baixa, determinando que todos os pais tenham problemas de vícios ou não tenham valores morais. O conceito que antes existia sobre organização familiar estruturada teria de ser formado por pai, mãe e filhos. Hoje percebemos que este conceito sobre família estruturada já não é o mesmo, pois a família pode ser constituída pala mãe, ou avó, como chefe da casa ou qualquer outro parente e ser perfeitamente estruturada.

Entendo que cada pai e mãe ama como pode, e se passa a maior parte do tempo fora de casa trabalhando para conseguir comida, roupa e remédio para seus filhos, não significa dizer que não os amem. Esta é uma realidade que as escolas e seus professores(as) precisam resolver. Assumirem suas responsabilidades quanto aos problemas

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