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Retyr

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Por:   •  28/3/2015  •  379 Palavras (2 Páginas)  •  154 Visualizações

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O corpo dos condenados

O corpo do condenado era o principal alvo da punição; no entanto, ao longo dos séculos, a "alma" deste também passou a ser levada em consideração na hora do julgamento e da aplicação da pena, geralmente até mais do que o corpo, o mesmo aborda a punição do individuo através do suplício deste que era feito em praça publica com objetivo de mostrar o poder soberano do Estado, desestimulando ações contrarias aos seus interesses. O suplicio era corporal o qual o condenado era submetido a uma tortura continua onde suas partes eram cortadas e se aplicavam chumbo derretido, óleo fervente, piche em fogo, cera, e enxofre derretidos juntamente, e a seguir seu corpo era puxado e desmembrado por quatro cavalos e seus membros consumidos ao fogo, reduzido a cinzas, e suas cinzas lançadas ao vento. As punições pouco a pouco deixaram de ser uma cena. E tudo o que pudesse implicar de espetáculo desde então teria um cunho negativo, pois este espetáculo repassava uma visão aos espectadores de que o carrasco e juízes eram os assassinos invertendo os papeis, transformando o supliciado um objeto de piedade e admiração. O corpo é o alvo eminente da repressão penal neste caso, mas à medida que a sociedade acaba ‘’ evoluindo’’ com os pensamentos iluministas sobre direitos humanos, estas repressões corporais vão sendo arrefecidas e diminuídas em seu caráter de violência. Passa-se então a temer a punição e não necessariamente o castigo que lhe será infligido, já que o corpo totalmente destruído era símbolo de um poder onipresente. Vai sendo estruturada toda uma mudança de legislação perante as mudanças de concepções e pensamentos sobre um método mais eficaz de punição e correção do individuo, pois já não basta à violência física para tais julgamentos diferenciados para loucos, estudo dos casos levando em conta o contexto e situações, e o uso de métodos científicos e médicos para julgamento de diversos casos é atenuantes para isso, à questão afinal converge para que a penalidade não seja uma maneira de reprimir os delitos, mas sim de oprimir o corpo e todo o contexto das relações de poder que passam por ele, constituindo uma tática política do estado para manter a ordem e o controle da sociedade, transformando a punição numa função social.

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