TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Sem Punição

Por:   •  1/6/2016  •  Artigo  •  364 Palavras (2 Páginas)  •  149 Visualizações

Página 1 de 2

Sem punição

Relendo algumas noticias mais antigas, me deparei com a notícia da morte do cartunista Glauco Villas Boas e do seu filho Raoni, no dia 04 de Abril de 2016. Eles foram assassinados em Osasco, na Grande São Paulo. As circunstancias do crime ainda eram contraditórias até o começo da tarde. Especulava-se se fora assalto ou desavença entre conhecidos. Independente de qual a versão verdadeira, as mortes relembram a falta de leis mais severas e, sobretudo, a sensação de impunidade que paira sobre nosso país.

O criador de personagens inesquecíveis, como Geraldão e Doy Jorge, morreu, também, porque cometer um crime, no Brasil, é muito fácil. As leis parecem ter sido feitas para estimular, e não para coibir, atos criminosos. Penas leves, liberdade por bom comportamento, indultos de natal.

As leis são “boazinhas”, mas desrespeitam a vida dos brasileiros que, em sua esmagadora maioria, são honestos e trabalhadores. Criminosos com longas fichas andam por aí, passeando, roubando, matando e destruindo famílias, em outros países – também democráticos, mas que não compactuam com o crime – estariam permanentemente atrás das grades.

Aqui, réus confessos de homicídios premeditados refugiam-se em casa e recebem amigos para uma pizza nos fins de semana.

A justiça não só é lenta; não funciona para a maioria das pessoas. Bêbados dirigem sem habilitação, matam adultos e crianças e tudo fica por isso mesmo. Um facínora guia na contramão, mata um casal e deixa uma filha órfã de pai e mãe, e quem aposta um níquel na prisão deste homicida?

Por que considerar que alguém que encheu a cara e dirigiu sem habilitação merece ser enquadrado em homicídio culposo, e não doloso – que se comete com intensão de matar? Quem dirige sem condições, e mata, é um assassino igual a qualquer outro.

A pena máxima que o assassino de Glauco e Raoni – caso condenado e realmente preso – dificilmente superara dez ou quinze anos. Só isso por duas vidas? Quem mata deveria cumprir prisão perpetua, especialmente os reincidentes. Limitar a pena a 30 anos é piada. Brincadeira de mau gosto, enquanto vidas são ceifadas por discussões no transito, brigas em condomínios e assaltos ou sequestros.

Com esse panorama, assassino algum tem medo da Lei.

Júlio César Hermógenes.

...

Baixar como (para membros premium)  txt (2.3 Kb)   pdf (43.9 Kb)   docx (9 Kb)  
Continuar por mais 1 página »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com