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Semana 01 Pratica Simulada Civel

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Por:   •  15/11/2014  •  839 Palavras (4 Páginas)  •  476 Visualizações

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUÍZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL DA COMARCA DE SALVADOR NO ESTADO DA BAHIA.

FREDERICO, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da Cédula de Identidade/RG, inscrito sob o CPF nº, residente e domiciliado na Rua, nº, Bairro, na Cidade de Fortaleza, no Estado do Ceará, através do seu bastante procurador e advogado, infra-assinado, com Escritório (Endereço Completo) onde recebe intimações, vem mui respeitosamente a este juízo perante Vossa Excelência, propor

AÇÃO ANULATÓRIA DE NEGÓCIO JURÍDICO

pelo rito ordinário, em face de GEOVANNA, nacionalidade, estado civil, profissão, portadora da Cédula de Identidade/RG, inscrita sob o CPF nº, residente e domiciliada na Rua, nº, Bairro, na Cidade de Salvador, no Estado da Bahia, pelas razões de fato e de direito que passa a expor.

DOS FATOS

Noticia o Sr. Frederico que foi surpreendido com uma ligação informando-lhe que sua filha havia sido sequestrada e que deveria ser pago em seu resgate o valor de R$ 300.000,00 (trezentos mil reais) em espécie.

No dia 13 de janeiro de 2014, recebeu uma encomenda e ao verificar o seu conteúdo, deparou-se com um pedaço da orelha de sua filha, acompanhado a um bilhete com a afirmativa de que caso não efetuasse o pagamento exigido pelo resgate, sua filha seria devolvida sem vida.

Abalado e sofrendo grande pressão psicológica diante dos últimos fatos e temeroso pela vida de sua filha, o autor reuniu todas as suas economias, contudo, alcançou apenas a soma equivalente a R$220.000,00 (duzentos e vinte mil reais). Diante disso, viu-se obrigado a pôr à disposição seu único imóvel, uma casa de 04 (quatro) quartos, com piscina, sauna, duas salas, cozinha, dependência de empregada e em condomínio fechado, localizado na Cidade de Fortaleza-CE, com valor venal de R$ 280.000,00 (duzentos e oitenta mil reais).

O ocorrido foi relatado a todos os seus familiares, e diante desta situação, sua prima Geovanna, dispôs-se a comprá-lo pelo valor de R$80.000,00 (oitenta mil reais). Não havendo nenhuma outra possibilidade para conseguir o valor restante, o imóvel foi então lhe vendido.

Contudo, na data de 20 de janeiro de 2014, antes do efetivo pagamento do resgate, a filha do Frederico foi encontrada pela Polícia e devidamente trazida de volta para o convívio familiar.

Diante disso, passando-se apenas 7 (sete) dias após a celebração do contrato, Frederico entrou em contato com Geovanna, buscando assim, a anulação do contrato celebrado, porém não obteve êxito diante da prestação pretendida, buscando assim o poder judiciário.

DO DIREITO

Diante dos fatos narrados, podemos concluir que trata-se de negócio jurídico anulável diante da caracterização do estado de perigo, uma vez que o contrato celebrado entre o autor e a ré só se fez necessário diante da situação de risco sofrida, necessitando assim, desfazer-se de todos os seus bens para salvaguardar um bem maior: a vida de sua filha.

Para caracterizar o estado de perigo, é necessária a presença de elementos objetivos e subjetivos; sendo aqueles: a ameaça de dano à própria pessoa ou a pessoa de sua família, a atualidade do dano, e a onerosidade excessiva da obrigação; enquanto estes: a crença do declarante de que realmente se encontrava em perigo, e o conhecimento do perigo pela outra parte.

Tomando por disciplina o art. 156 do Código Civil de 2002, temos:

Art 156 - “Configura-se o estado de perigo quando alguém, premido da necessidade de salvar-se, ou a pessoa de sua família,

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