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Supercompensação

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Por:   •  2/11/2013  •  Tese  •  1.249 Palavras (5 Páginas)  •  170 Visualizações

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Supercompensação

O glicogênio armazenado no fígado e nos músculos ativos fornece a maior parte da energia para o exercício aeróbico intenso. O prolongamento desse tipo de exercício reduz as reservas corporais de glicogênio, tornando necessário o catabolismo das gorduras – pela mobilização do tecido adiposo e dos ácidos graxos hepáticos assim como das reservas intramusculares de gordura – a fim de suprir um percentual progressivamente maior de energia dos músculos. Um nível de glicogênio muscular acentuadamente reduzido produz fadiga, apesar de os músculos ativos possuírem uma quantidade suficiente de oxigênio e de haver uma energia potencial quase ilimitada proveniente da gordura armazenada. A ingestão de uma solução de glicose e água, próximo do ponto de fadiga, permite o prosseguimento do exercício, porém, e para todas as finalidades práticas, “o tanque de combustível dos músculos acabará se esvaziando”.

A dependência do catabolismo das gorduras reduz o rendimento de potência, pois a mobilização das gorduras e o fracionamento aeróbico são muito mais lentos que para os carboidratos. Por esse motivo, vários atletas de provas de longa duração fazem uso de uma dieta rica em carboidratos (dieta de supercompensação) nos períodos que precedem as competições, assim como durante o treinamento específico, onde simula-se a prova para adaptação do atleta ao desgaste da competição e a adaptação ao método da dieta.

Dieta de Supercompensação

A maior ingestão de carboidratos antes de durante o exercício aeróbico de alta intensidade, incluindo os períodos de treinamento árduo, constitui uma prática valiosa de manipulação dos macronutrientes que beneficia o desempenho nos exercícios.

Uma das modificações mais populares na esfera nutricional do exercício, utilizada pelos atletas de endurance (provas de longa duração) a fim de aumentar as reservas corporais de glicogênio, envolve a sobrecarga com carboidratos, ou supercompensação com glicogênio. O procedimento produz um “acondicionamento” muito mais alto de glicogênio muscular que ao adotar pura e simplesmente uma dieta rica em carboidratos. Normalmente, cada 100g de músculo contêm cerca de 1,7g de glicogênio; a sobrecarga com glicogênio permite acumular de 4 a 5 gramas de glicogênio. A adoção criteriosa desta técnica dietética pode aprimorar acentuadamente o desempenho em exercícios específicos, porém alguns aspectos negativos da sobrecarga com carboidratos poderiam revelar-se prejudiciais.

Aplicação limitada do método de supercompensação

Os benefícios potenciais da sobrecarga com carboidratos para o desempenho nos exercícios se aplicam somente às atividades aeróbias intensas que duram mais de 60 minutos, a não ser quando o atleta começa a competir em um estado de depleção de glicogênio. Para os atletas bem nutridos, o efeito de supercompensação continua sendo relativamente pequeno. Entretanto, durante o treinamento intenso, os atletas que não aumentam as ingestas diárias de calorias e de carboidratos a fim de manter as demandas energéticas podem experimentar fadiga muscular crônica e estafa.

Aspectos Negativos da dieta de supercompensação

O modelo clássico para a supercompensação pode gerar perigos potenciais para os indivíduos com problemas específicos de saúde. Uma sobrecarga intensa e persistente de carboidratos, entremeada com períodos de alta ingestão de lipídeos e/ou de proteínas, pode elevar os níveis sangüíneos de colesterol e de nitrogênio uréico. Isso poderia afetar negativamente os indivíduos suscetíveis ao diabetes tipo 2 e à doença cardíaca assim como aqueles com doença renal ou certas deficiências das enzimas musculares.

Uma alta ingestão de lipídeos costuma causar distúrbios gatrointestinais assim como uma recuperação precária após a seqüência de exercício-depleção do procedimento da sobrecarga.

O acréscimo de 2,7g de água armazenada com cada grama de glicogênio muscular faz com que essa substância seja um combustível pesado em comparação com uma quantidade equivalente de energia armazenada na forma de gordura. Com freqüência, o atleta sente-se “pesado” e pouco à vontade com o acréscimo dessa massa (peso) corporal; qualquer carga extra também onera diretamente o custo energético da corrida e de todas as outras atividades com sustentação do peso corporal. O peso extra pode anular os possíveis benefícios derivados do maior armazenamento de glicogênio. Pelo lado positivo, a água liberada durante o fracionamento do glicogênio ajuda na regulação da temperatura, o que é benéfico para o exercício para o exercício realizado em um clima quente.

Porém, é esse aspecto negativo do método clássico de supercompensação que atrai diversos praticantes, principalmente, da musculação a utilizar este tipo de dieta, modificando o protocolo

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