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Tricolotinomania

Seminário: Tricolotinomania. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  6/12/2013  •  Seminário  •  1.311 Palavras (6 Páginas)  •  299 Visualizações

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Tricotilomania

Objetivo:

Buscamos abordar um transtorno cuja principal característica é o hábito de arrancar cabelos, muitas pessoas não sabem, mas, mais do que uma simples “mania”, o desejo incontrolável de arrancar os cabelos (seguido da ação, efetivamente) é caracterizado como um distúrbio crônico e recebe o nome de “tricotilomania” – “TTM”. Nas pessoas que apresentam essa compulsão, os fios arrancados costumam serem aqueles que se encontram no couro cabeludo, nas sobrancelhas e nos cílios. Menos frequentemente, porém, há aquelas que arrancam ainda os pelos da barba e também os pubianos.

Além disso, para quem sofre desse distúrbio, é comum que se “brinque” com os fios arrancados, observando a sua raiz, passando-os nos lábios, mordendo-os e até mesmo, comendo-os – desordem esta que se denomina “tricotilofagia”. Nestes casos, a ingestão dos fios causa o acúmulo de cabelos no estômago e até mesmo nos intestinos, exigindo, na maioria das vezes, a realização de uma intervenção cirúrgica a fim que tal novelo seja removido. Embora, conscientemente, essas ações não façam sentido para o próprio tricotilomaníaco, ele não possui controle sobre elas – via de regra, sente-se envergonhado e tenta esconder o transtorno. Por essa razão, estima-se que 40% dos casos não sejam diagnosticados.

Além dos adultos, crianças e adolescentes também estão sujeitos ao desenvolvimento desse quadro, sendo que, em relação às crianças, é possível que elas venham a arrancar os pelos dos seus animaizinhos de estimação. Na maioria das vezes, algumas crianças começam a arrancar em idade pré-escolar, o que costuma ser benigno e por tempo limitado. A Tricotilomania pode ser transitória, episódica ou contínua e sua intensidade pode variar. A pessoa pode passar semanas ou meses sem apresentar este comportamento e, de repente, recomeçar. Existem diversos graus, desde pequenas falhas nos cabelos ou áreas de Alopécia até calvície total.

Como é o paciente com tricotilomania?

Acompanhado o ritual de arrancamento dos pêlos geralmente as pessoas com esse transtorno ficam alisando, enrolando e puxando os pêlos alvos. Esse ritual pode ser realizado enquanto se assiste à TV, dirige um carro, fala ao telefone, enquanto lê ou mesmo durante conversas com pessoas mais íntimas. Enquanto se realiza esse ritual a tensão se eleva e um desejo incontrolável de arrancar o pêlo se impôe, após o arrancamento há imediatamente uma sensação de alívio da tensão seguida de culpa por tê-lo feito.

Muitas pessoas depois de arrancar o cabelo ou os pelôs põem-no na boca e engolem. Como o arrancamente é realizado sobre locais específicos logo surge uma região de visível falta de pêlos levando a pessoa a adotar um comportamento para escondê-lo, principalmente quando é na cabeça. Situações que podem expor a calvície como programas em piscinas e praias por exemplo. Apesar dos prejuízos pessoais o comportamento continua. Algumas vezes o remorço por ter arrancado o cabelo leva a um comportamento de auto-punição, e como punição arranca-se mais cabelos.

Causas Biológicas:

As causas biológicas também têm um peso considerável no surgimento da tricotilomania, pois pesquisas mostram que pacientes que possuem outros membros da família com a doença tem uma freqüência que varia de 5% a 8% em relação a pacientes que não possuem casos na família, o que evidencia a influencia da herança genética.Entretanto levando em consideração fatores psicossociais não se pode somente atribuir a causas fisiológicas e se deve considerar que esse comportamento pode ter sido aprendido.

Pesquisas em laboratório são feitas em animais como camundongos para ajudar a descobrir as causas biológicas da tricotilomania. No entanto foi constatado que a mutação do gene hoxb8 (relacionado no desenvolvimento do sistema nervoso) resultou em um comportamento alterado nos cuidados corporais, inclusive o hábito de arrancar seus próprios pelos. E também foi descoberto que o desligamento da sinapse SAPAP3 tem resultados em roedores, parecidos com os sintomas do transtorno obsessivo compulsivo e tricotilomania, segundo Stephan Züchener (2009).

Outras pesquisas feitas por Samuel Chamberlain (2008) e uma equipe de pesquisadores através de imageamento cerebral, que constataram várias disfunções na estrutura cerebral em indivíduos com esse problema.Foi observado uma densidade maior nas células cerebrais, como corpos celulares neurais (substância cinzenta), algumas áreas do córtex cerebral, ao estriado (atuante no surgimento dos hábitos), na amígdala e no hipocampo do hemisfério cerebral esquerdo (responsáveis por aprendizado relacionado a emoção).Contudo as pesquisas citadas acima contribuem para entendermos como esses transtornos relacionados ao descontrole como a tricotilomania, surgem e operam no cérebro.

Consequências:

• Vergonha pelo comportamento e aparência.

• Podem esconder o problema de sua família e amigos.

• Podem evitar atividades sociais, praia, piscina, etc., para que seu problema não seja percebido.

• Apliques, perucas.

• Repercussões graves na auto-estima, na carreira e da vida social.

• A ingestão de cabelos pode levar ao desenvolvimento de "bolos" de cabelos no estômago ou intestinos, o que é raro, mas perigoso.

• Dores nas costas, pescoço pela posição forçada e repetitiva.

• Feridas e cicatrizes no couro cabeludo

Tratamento:

A tricolomania está ligada ausência de vários neurotransmissores, especificamente a serotonina (também relacionada a outros distúrbios do comportamento) , por conta disso a intervenção muito utilizada em pacientes dessa natureza são os antidepressivos inibidores de serotonina (SSRI)

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