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Verminoses Na Caprinocultura - Como Previnir

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Por:   •  6/10/2013  •  4.465 Palavras (18 Páginas)  •  509 Visualizações

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Introdução

A demanda mundial por produtos de origem animal está crescendo rapidamente, e os originados de pequenos ruminantes podem contribuir consideravelmente no atendimento a este mercado, particularmente, se os pequenos produtores dos países em desenvolvimento conseguirem superar as barreiras que existem na produção destes animais. A expansão da produção de pequenos ruminantes não significa necessariamente aumento numérico dos rebanhos, mas também pode ser conseguido através de uma exploração mais eficiente dos animais existentes. É neste sentido que se pode afirmar que, apesar do crescimento da caprinocultura, a criação e a produtividade destes animais ainda estão bastante comprometidas devido a problemas sanitários, nutricionais e de manejo.

Esta é uma realidade não só no Brasil, mas em diversas regiões do mundo onde diferentes formas de manejo sanitário têm sido propostas com o objetivo de associar o controle dos parasitas com a redução da expansão da resistência parasitária.

As doenças parasitárias ocupam um lugar de destaque na produção animal,

uma vez que estas são responsáveis por inúmeras perdas econômicas, tanto devido à mortalidade como, principalmente, em função do comprometimento do processo produtivo que reflete, sobretudo, na redução do ganho de peso, na produção de leite e na qualidade da carcaça, especialmente em situações onde a nutrição é deficiente.

Com a domesticação dos animais, as alterações ambientais (como aumento da densidade populacional e restrição de movimento dos rebanhos) e a seleção baseada apenas em características de produção, o homem alterou o equilíbrio natural parasita/hospedeiro em favor da população de parasitas. Isso gerou demanda por produtos veterinários capazes de controlar as infecções e incentivou o investimento industrial em fármacos eficientes, com amplo espectro de ação nos parasitas.

Devido à boa aplicabilidade e aos preços acessíveis, houve emprego em larga escala destes fármacos. O uso indiscriminado acarretou queda da eficácia pela seleção de parasitas resistentes, havendo, em alguns casos, resistência múltipla causada por tratamento supressivo com diferentes bases sobre uma população de parasitas.

Inicialmente a resistência parasitária tornou se um problema mundial na produção de pequenos ruminantes, especialmente ovinos, pela excessiva frequência de tratamentos com anti-helmínticos.

O diagnóstico do grau de infecção animal e da contaminação ambiental por meio de exames clínicos e laboratoriais e o conhecimento da epidemiologia das nematodíases com suas particularidades regionais são indispensáveis na formulação de um programa de controle eficiente, devendo-se, ainda, comprovar a eficácia dos anti-helmínticos eleitos para o uso no rebanho. Embora os mecanismos de desenvolvimento de resistência parasitária aos anti-helmínticos ainda não estejam claros, sabe-se que qualquer fármaco utilizado exerce uma pressão de seleção de genótipos resistentes na população.

Assim, preconiza se a associação de métodos alternativos e a utilização correta dos anti-helmínticos para controlar as infecções com a menor frequência de tratamentos possível e sem evitar por completo a exposição dos ruminantes aos parasitas, uma vez que este contato é necessário para o estímulo à resposta imune dos primeiros. Com os métodos alternativos de controle, são reduzidos, ainda, resíduos na carne e no leite e a agressão ambiental, que são consequências da aplicação dos quimioterápicos no rebanho.

Ciclo

O ciclo biológico da Superfamília Trichostrongyloidea é direto, com uma fase de vida livre que ocorre no meio ambiente e uma fase parasitária que se desenvolve no animal. A fase de vida livre se inicia com a eliminação de ovos não embrionados nas fezes. No meio ambiente, os ovos tornam-se embrionados, a larva de primeiro estádio (L1) eclode, sofre duas mudas e evolui para larva de terceiro estádio (L3). Esta possui cutícula dupla. O período desde a eliminação do ovo até L3 varia de cinco a dez dias, dependendo das condições ambientais, principalmente umidade e temperatura. A L3 migra do bolo fecal para a pastagem onde é ingerida pelos animais juntamente com a forragem, iniciando-se a fase parasitária. As larvas atingem o abomaso ou o intestino e evolui para o quarto estágio larval (L4). Em seguida, atingem o estádio adulto na luz do órgão parasitado. Fêmeas e machos copulam e as fêmeas iniciam a ovo postura.

O período pré-patente, isto é, o tempo necessário para o desenvolvimento que vai desde a infecção até a produção de ovos, varia de 14 a 21 dias, também dependente dos efeitos de ambiente.

O ciclo do Oesophagostomum (Superfamília Strongiloidea) é bem semelhante, entretanto, as mudas ocorrem dentro da mucosa intestinal formando nódulos e o período pré-patente é de aproximadamente 45 dias.

Ciclo de vida de vida dos helmintos de caprinos, de acordo com seu ciclo evolutivo, os helmintos passam uma parte de sua vida nas pastagens e o restante de sua existência no estômago ou intestinos dos animais. Os animais são infectados, principalmente pela ingestão de larvas infectantes existentes na pastagem contaminada.

Os sintomas clínicos observados nos animais doentes são: perda de peso, anemia, edema na região submandibular (papeira), diarreia, desidratação, pelos arrepiados e sem brilho.

1. Pastagens

Em condições naturais, antes da domesticação, o equilíbrio parasito/hospedeiro.

permitia a tolerância dos animais a essa enfermidade. Com a domesticação, e consequente aumento no número de animais por área, houve desequilíbrio em favor dos

parasitos, fazendo com que o principal problema sanitário dos rebanhos ovinos e caprinos seja a verminose.

As verminoses dos caprinos e ovinos são causadas por parasitos pertencentes às

classes Nematoda, Cestoda e Trematoda. Os nematódeos são vermes redondos, que.

podem se localizar no tubo digestivo (gastrintestinais) ou nos pulmões (pulmonares).

Considerando os cestódeos, são vermes chatos em forma de fita e, finalmente, os.

trematódeos, vermes chatos em forma de folha. Dentre eles, os nematódeos apresentam-se em maior número e distribuição geográfica, sendo responsáveis pelos maiores prejuízos econômicos.

O controle das nematodioses faz-se necessário,

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