BINA E BEPE

BINA E BEPE

As crianças estão entregando flores para as mães e quando todas entregam, Bina, que está num canto do avião viajando surta.

BINA: Diiiioooooo Santoooo... (levantando do seu lugar) Três, quatro horas de viagem nesse lugar que parece que to presa na estrebaria. Falta quanto pra chega? (perguntando para o piloto imaginário) Há!? Duas horas? Ma tu é loco.... Ai eu acho.... Eu acho que to passando mal... Bepe... (Bepe está sentado distraído) Bepe... (olha e ve que o marido nem está dando bola para seu show) BEPELINO FRANCISCO JUVENAL SANGALI! VIEN QUÁ!

O marido levanta nervoso, todo desconcertado, com um paninho que tira do bolso para seca seu suor de nervosismo. Tem medo da mulher.

BEPE: (todo doce, tentando acalmar ela) Que foi Bina, meu amor!

BINA: (furiosa) Meu amor nada! Tu non vê que eu to passando mal aqui!? Fica ali sentado sem fazer nada olhando as mosca acho... Enquanto eu to aqui, morrendo, sem ar pra respirar (tenta respirar e bota a mão do peito)

BEPE: Mas tem que genta mais um poco Bina, como o moço disse. La em casa, tu fica o dia inteiro infurnada na frente do fogon, naquele caloron, sem ar pra respira e non reclama. (tentando achar uma explicação eu conforte ela)

BINA: (tirando da esporta um rolo de massa u uma mescola e ameaçando ele) Bepe, se tu non for lá e disser para aquele moço...

Sente-se uma forte tremulação e Bepe e Bina se olham achando estranho. Bepe vai olhar na janela.

BEPE: Bina... Binaaa, meu amor chegamo!

BINA: Em la mostra citá!?

BEPE: Si, Bina! Nós chegamos em la Itália. Lá linda e bela, ITÁLIA (fala bem marcado)

Começa uma música de tarantela e Bepe e Bina saem dançando pelo corredor animando o pessoal.

FIM!

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