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Dadaísmo Dado em ZURICH (1915-1920)

Seminário: Dadaísmo Dado em ZURICH (1915-1920). Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  22/1/2014  •  Seminário  •  2.572 Palavras (11 Páginas)  •  459 Visualizações

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DADÁ EM ZURIQUE (1915-1920)

Contexto histórico do dadaísmo

Determinar onde nasceu o Dadá é complexo. Raoul Hausmann, arquichefe do movimento dadá em Berlim, acredita ter sido o próprio descobridor em 1915. Para Claude Rivière, Francis Picabia seria o autor de Dadá como afirma em Arts de 1962: “Em 1913 encontramos nele (em Picabia) no decorrer de uma viagem à região do Jura, os inícios daquilo que mais tarde se haveria de chamar de movimento dadá” . Há obras possíveis do dadá na Rússia, datadas em 1915. O manifesto futurista se assemelha muito ao dadá: uma tipografia e escândalos provocado no publico á moda dadá. O que se sabe é que sua criação fora por volta dos anos 1915 e 1916. Há possibilidades da real criação mas apenas uma delas ficara reconhecida por ter, de fato, se tornado movimento, graças as idéias e personalidades ali presentes. O plano de fundo era situação da primeira grande guerra mundial e a Suiça mantinha-se neutra diante do acontecido. Ali, mais precisamente no Cabaré Voltaire, seria a origem do movimento dadaísta. Por ter nascido em uma cidade neutra em relação a guerra, adquiriu uma certa particularidade em relação ao outros movimentos. Nascia ali o movimento artístico da antiarte, fato este que acontecia pela primeira vez na história da Arte.

O cabaré voltaire e o nascimento do dadá

No início da primeira guerra mundial, o escritor e diretor de teatro Hugo Ball e sua amiga Emmy Hennings, habilidosa em cantar canções e recitar poesias, foram para Suíça. Ele participava do ciclo de filósofos e poetas mas Ball exercia várias profissões: filósofo, romancista, cabaretista, poeta, jornalista e místico. Em 1º de fevereiro de 1916 ele fundava o cabaré Voltaire na cidade de Zurique – que seria o palco da criação do movimento dadá. Ali, Hugo Ball tocava o piano enquanto a voz de Emmy acompanhava. A personalidade do dono da taverna atraiu um grupo de artistas correligionários. O jornal do dia seguinte noticiava que de acordo com os princípios estabelecidos pelo cabaré, nas reuniões diárias deverão se realizar apresentações musicais e recitais dos artistas convidados. O ambiente ficava lotado. De um momento para o outro a o Cabaré Voltaire se tornava a grande sensação da cidade de Zurique. A atividade criativa do grupo que ali frequentava consistia, inicialmente, na produção, apresentação e publicação de poesias, histórias e canções. Todas essas poesias, canções e histórias encontraram a sua forma adequada de apresentação.

Tristan Tzara é uma figura importante no movimento dadaísta de Zurique. Enquanto Ball exercia uma figura profunda e discreta, o poeta romeno desempenhava a figura de vitalidade arrebatadora e uma incrível mobilidade cerebral, como fala Hans Richter. Essa conexão entre duas pessoas cujas personalidades são tão distintas permitiu que as idéias do movimento flamejassem. Das figuras relevantes do cabaré voltaire citamos o médico-poeta Dr. Richard Huelsenbeck, o poeta e pintor Marcel Janco que viera para Zurique junto com seus irmãos e o pintor e poeta alemão Hans Arp. Janco expressava-se nos relevos abstrados que produzia e que ficavam em exibição no cabaré. Às vezes brancos outrora coloridos, os recortes em gesso de Janco foram definidos por Ball, em seu diário, por possuir: “sua lógica própria, sem amargura ou ironia”.

Figura 1 - Hugo Ball e Emmy Henning Figura 2 - Tristan Tzara

Já Huelsenbeck era um deslumbrado pelos ritimos africanos. Usava uma chibata, com a qual empregava em suas orações fantásticas e com a qual chicoteava o traseiro do público do cabaré. Já Hans Arp brincava com as formas curvas. Em 1916, quando uniu-se a Ball, os recortes que fazia em papel logo transformaram-se em recorte de madeira em relevo, algo bem diferente do que a história da arte já tinha visto.

Figura 3 – Marcel Janco Figura 4 - Dr. Richard Huelsenbeck Figura 5 – Hans Arp

O cabaré Voltaire tornavasse um caldeirão cultural nas noites de Zurique. Sobre como fora escolhida o nome para o movimento há – também – várias versões. Uma delas é a palavra foi “descoberta” ao abrir um dicionário, Ball não afirma nenhuma mas diz outras versões: “Dadá, em romeno significa sim,sim; em francês cavalo de pau; para os alemães, a palavra siginifica ingenuidade tola e disparata …”. Já com o movimento em seu início,Tzara deu a versão de que a palavra simplismente nasceu e não se sabia como. No dia 15 de Junho de 1916 a palavra aparece pela primeira vez impressa no cabaré voltaire. Sobre a revista Dadá, essa já não tinha tantas dúvidas sobre quem tomara a frente. Tristan Tzara fora o homem quem editou, dirigiu, impulsionou, imprimiu e administrou a publicação. Apesar de Ball ter um plano para estabelecer um rodízio para realizar o trabalho, ninguém tinha tanta paixão e talento como Tzara, e este foi o responsável por tal feito. Ele, Tzara, era o promotor ideal do Dadá feitas através do manifesto e a polêmica agressiva. O manfesto dadá datado em 1918 dizia: “ Dadá não siginifica nada - Dadá foi produzido na boca”. Nas atividades do movimento as exposições englobavam a realização de conferências, leituras, danças, ao lado do quadros, visando concretizar a ideia de arte total. Aos poucos as pessoas se aproximavam do dadá através das exposições que aconteciam. A influência dos indivíduos sobre a formação da opnião pública acara por “preparar o terreno” em Zurique para que o Dadá – nem amado, nem compreendido – fosse, pelo menos, tolerado como umas espécie de curiosidade alheia.

DADAÍSMO EM BERLIM

DADÁ EM BERLIM ( 1918-1923)

Diferente de New York ou Zurique, o movimento Dadá em Berlim provocou de forma genuína uma revolução, estabeleceu a queda da ordem vigente, ao contrário dos colegas em Zurique que apenas chocaram a burguesia de todas as maneiras possíveis. Berlim estava no centro da guerra e as ruas, tomadas pelos tiros. De fato não só a arte mas todo o pensamento daquela sociedade, tal qual a política e o sentimento do povo, foi envolvido pela ação dadaísta. Apesar do contexto, na Alemanha em guerra não desenvolveu a censura policial que submergisse a liberdade de escrita contra a guerra. Nesse contexto, Richard Huelsenbeck, vindo de Zurique, chega a Berlim em 1917 e encontra todo o potencial dadá que precisaria para fazer “explodir” o movimento. Foi em fevereiro do ano seguinte, no salão da Nova Secessão, que Huelsenbeck fez seu primeiro discurso dadá na Alemanha. Nessa fala, ele expõe o objetivo do evento e manifesta

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