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Os Goliardos

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Por:   •  3/8/2014  •  711 Palavras (3 Páginas)  •  253 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

INSTITUTO DE LINGUAGENS

DEPARTAMENTO DE ARTES

MÚSICA

OS GOLIARDOS

Augusto César Lima do Nascimento

CUIABÁ

2014

OS GOLIARDOS

Os goliardos podem ser caracterizados como um grupo social, sendo mais específico, um grupo de estudantes clérigos que costumavam escrever poesias em forma de sátira, a maior parte delas em latim. Viveram durante os séculos XII e XIII e muitos estudaram em universidades francesas, alemãs, italianas e inglesas.

Acredita-se que este grupo nasceu devido ao desenvolvimento urbano, e sua principal bandeira, enquanto revolucionários era a crítica ao sistema de produção vigente, o feudalismo, assim como as leis que o regiam.

Conforme diz Rocha (1996), suas principais “armas” de ataque eram as poesias e as canções, cujas temáticas se encontravam principalmente na liberdade, o amor erótico, o vinho, os jogos e as tavernas.

Se auto denominavam seguidores do célebre bispo Golias

Eram todos renegados, não possuíam moradia fixa e seguiam uma vida escandalosa. No século XIII, porém, seus comportamentos e atitudes destrutivas fizeram com que eles não encontrassem espaço nem mesmo na academia, sendo praticamente extintos naquele século.

Os goliardos tiraram proveito de sua formação erudita para compor, e muitas vezes essas composições se davam de forma clandestina. A mais famosa compilação de canções compostas pelos goliardos foi “Carmina Burana”, que significa canções de Benediktbeum. Estes textos foram escritos na Bavária no século XIII, e traduzidos por John Addington Symonds., contendo mais de duzentas canções. Carl Orff em 1936, musicalizou cerca de vinte e quatro poemas do Carmina Burana, e sua composição se tornou muito famosa e popular, especialmente o tema de abertura e encerramento, o “Fortuna Imperatrix Mundi”. Este tema tem sido amplamente utilizado em filmes e é umas das composições clássicas mais ouvidas desde que foi gravada.

Há indícios de que os goliardos pintavam nos muros das casas suas críticas à igreja, mostrando aí um certo pioneirismo na prática do que atualmente conhecemos por pichação.

Também percebe-se a presença dos goliardos na literatura, em que destacaram-se Cecco Angiolieri e Gautier de Châtillon, que também seguem o estilo debochado e a temática irreverente em suas obras.

A origem da palavra goliardo é um tanto obscura e controversa. Prossivelmente deriva do francês antigo goliart. Na origem, significava "bufão", e teria adquirido, no século XIII, o sentido de glutão, debochado. Poderia também derivar de gole, goule (depois gueule, goela) ou do nome de Golias, o gigante bíblico, símbolo dos inimigos da Igreja (que seria simbolizada por Davi), em razão dos poemas frequentemente anticlericais declamados pelos goliardos.

Nota-se além da forte expressão filosófica, a preocupação semântica contida nesses versos, como o sentimento de liberdade e rebeldia reforçando a expressividade do Eu – lírico em afirmar que nem mesmo “os grilhões” os podem prender. Outro fator a ser observado se refere à alusão ao tema puramente engajado, enquanto os trovadores de sua época pouco se preocupavam com a questão social, eles iam à direção

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