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Adm Social

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Por:   •  31/10/2013  •  Seminário  •  605 Palavras (3 Páginas)  •  172 Visualizações

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Antigamente, revistas de negócios sempre traziam na capa um grande empresário, como Antonio Ermírio de Moraes, Abilio Diniz, Emilio Odebrecht.

Executivos como Henrique Meirelles, Alain Belda e Carlos Ghosn ficavam em segundo plano.

Por isso, a maioria dos brasileiros acredita até hoje que empresários mandam no país, que são os "donos do poder", e que um bando de empresários internacionais, reunidos neste momento em Davos, está decidindo os rumos da humanidade.

Há muito tempo as companhias no resto do mundo não são mais dirigidas por empresários, e sim por administradores profissionais, sem laços de família nem mesmo de nacionalidade com aqueles.

Administradores profissionais são eleitos democraticamente por milhares de pequenos acionistas.

Por sua vez, empresários são eleitos por cinco ou seis membros de uma única família.

Administradores profissionais podem ser demitidos, e por isso pensam mais como trabalhadores que como acionistas.

Empresários nunca são demitidos quando sabem controlar o capital da companhia, objetivo número 1 da empresa com ações em bolsa no Brasil.

Administradores profissionais competentes fazem o jogo político de conciliar interesses conflitantes de trabalhadores, clientes, ecologistas, fornecedores e acionistas.

Os empresários administram quase que exclusivamente pensando nos interesses da família e fecham descaradamente com partidos de esquerda para se manterem no poder. O maior financiador da Dilma foi Abilio Diniz, não o sindicato dos funcionários de supermercados.

Da mesma forma que a separação da Igreja e do Estado foi um marco da evolução política da humanidade, a separação do empresário capitalista da gestão da empresa foi um importante avanço na evolução das companhias democráticas e pluralistas.

Aceito a crítica de que muitos gestores e executivos profissionais só defendem os acionistas controladores, mas aí o problema é do modelo econômico vigente, de negar aos acionistas majoritários que detêm até 85% do capital o direito de voto.

Nossos empresários e o Estado chegam a controlar empresas privadas ou estatais tendo somente 17% das ações, ao arrepio do alienável direito ao voto que está na Constituição.

Foi assim que o economista Daniel Dantas conseguiu controlar uma empresa de telefonia.

Nas empresas democráticas, em que todos têm o direito de voto, agradar a 5 milhões de acionistas é quase impossível, a não ser pela eficiência.

O problema da Enron e do capitalismo americano atual foi a criação dos bônus anuais e stock options para executivos, que passaram a agir cada vez mais como os capitalistas de antigamente e cada vez menos como os administradores profissionais que deveriam ser.

Mas isso tem fácil solução. É só cortar esses privilégios.

Pela primeira vez um jornal de negócios brasileiro cria um prêmio não para empresários, mas para "reconhecer e prestigiar

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