Baianidade

Quando falamos de “Baianidade” falamos das particularidades que encontramos na Bahia, como a culinária, ritos, crenças, danças, estética, e seu próprio povo. A Bahia como um todo, apesar de ser um estado, abriga várias classes em si, ou seja, “Tribos Urbanas”, cada uma com as suas diferenças, e individualismo, mas que forma uma só região cheia de cultura.

Como diz Carmen Miranda “– O que é que a baiana tem? Ou melhor, o que, que a Bahia tem? Aqui tem um povo alegre, acolhedor, batalhador, mesmo com os problemas existentes, enfrenta-os com força e garra. Apesar de existir certos preconceitos, com o baiano, brincadeiras ofensivas, como dizer que o baiano é preguiçoso, acho que esse povo esqueceu que Salvador foi a primeira capital do país, foi aqui que o Brasil, foi apresentado ao mundo, e querendo ou não ela que iniciou o sistema capitalista e econômico Brasileiro, os primeiros trabalhos escravos, se deu aqui na Bahia, agora vem uns e outros e começam a dizer que somos preguiçosos acho que não, um povo que tem uma escravidão na base de sua cultura não é nem um pouco preguiçoso. A Bahia representa a maior extensão territorial, a maior população, maior número de municípios, e o maior produto interno bruto com cerca de R$ 150 bilhões, distribuídos em vários setores, como o de serviços, agropecuária, industrial, e o turismo. O que nos leva a ser a oitava maior, economia do Brasil.

A Bahia é um estado miscigenado na área populacional com as diferentes etnias, e na área religiosa, que tem uma crença enraizada na sua fundação, o catolicismo trazido pelos portugueses e o candomblé que foi introduzido na Bahia pelos africanos que aqui chegaram e infelizmente ainda existem certos preconceitos com essa religiosidade africana , aqui na cidade, por exemplo, segundo o ultimo senso do IBGE de 2010 apenas 18 pessoas responderam que sua religião é de matriz africana, uma coisas totalmente diferente da que percebemos no nosso cotidiano. Não podemos afirma que existe uma tolerância ou intolerância religiosa no nosso estado, pois nem todo mundo pensa de uma maneira homogenia, muitos respeitam porque sabem que todos, têm a liberdade de escolha, e que cada um segue o que se identifica, ou que lhe chama atenção, porem há pessoas ignorantes que querem julgar, condenar, a religião do próximo, isso é inadmissível. Todos devem respeitar todas as religiões ou cultos, pois é um direito do cidadão prescrito na nossa Constituição Federal. Art. 5º VI - É inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e as suas liturgias. O sincretismo religioso que existe na Bahia veio de varias misturas ou passaram por algumas, como por exemplo, o candomblé, que resultou na associação de algumas entidades africanas com alguns Deuses da igreja católica, e a umbanda que incorporou alguns elementos, do candomblé, do catolicismo, do espiritismo, e da religiosidade indígena. Muitas dessa misturas foi um escape que os africanos encontraram para continuar, aqui no Brasil os cultos a seus orixás.

O nosso estado é formado por pequenas comunidades cada uma com seu estilo, e ideologia, o que denominamos Tribos urbanas que são micro grupos que têm como objetivo principal estabelecer redes de amigos com base em interesses comuns. Percebemos essas comunidades nos times de futebol, religiões, em locais que são freqüentados por certos tipos de classe, em festas, escolas, etc. É complicado dizer que essas tribos urbanas têm um lado positivo ou negativo. Porque muitas pessoas formam seus grupos por terem os mesmos pensamentos, por ver o mundo da mesma maneira, ou seja, criam uma sociedade dentro da sociedade para ser o que realmente são ou praticar o que gosta sem nenhum tipo de preconceito. Porem a certos grupos que se unem para fazer uma separação, não querem se envolver com outros tipos de classes, e percebemos isso em condôminos fechados, escolas particulares, lojas designadas a certas classes, festas Vips etc.

A Bahia

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