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Benito Mussolini e Adolf Hitler – Clássicos do Totalitarism

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Por:   •  29/9/2014  •  Pesquisas Acadêmicas  •  6.455 Palavras (26 Páginas)  •  286 Visualizações

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ÍNDICE

1.0 Introdução: A História na Análise Contemporânea 02

2.0 A Organização Totalitária 02

3.0 O Totalitarismo no poder 04

4.0 O Estado Totalitário 05

5.0 Características do Aparecimento do Fascismo 05

6.0 O Fascismo 06

7.0 O Fascismo Enquanto Fenômeno Meta-Político 08

8.0 A ascensão de Stalin 09

9.0 Stalinismo: Aspectos Políticos 10

10.0 As Origens Históricas do Nazismo 11

11.0 NAZI - Um Novo Partido e Seu Programa 12

12.0 O Terceiro Reich 13

13.0 Os Fundamentos Ideológicos, Éticos, Econômicos e Políticos do Nazismo 14

14.0 Bibliografia 16

1.0 – Introdução: A História na Análise Contemporânea

Até o final de 1945 a História havia se caracterizado unicamente pelo emprego de um método que enfatizava a causalidade histórica e a linearidade, dando prioridade, portanto, ao nível cronológico.

A partir da 2ª. Guerra, a compreensão histórica passou a afastar-se da cronologia e a assumir, em oposição, a idéia de “processo”. Levantaram-se questões que colocavam novas situações para a história ligadas diretamente a uma discussão marcada pelas rupturas teóricas que se iniciaram no século XIX e que teve expressiva continuidade principalmente com Braudel e a École de Annales, sobre o lugar das ciências sociais dentro do quadro geral do conhecimento e do estudo de cada uma das ciências sociais.

Na realidade, essa situação era definida por uma crise nas ciências sociais, crise essa que marcou a reavaliação dos métodos e definiu a importância do nível epistemológico na orientação do trabalho teórico e conceitual dessas ciências.

Essas mudanças tiveram uma importância fundamental para a História, que passou a ser repensada, tomando dois caminhos básicos: o primeiro orientou seu trabalho teórico no sentido da elaboração de um esquema conceitual, possibilitando, desse modo, o avanço ao nível metodológico; e o segundo caracterizou-se pela necessidade de definir seu método de análise, de demonstrar seu estatuto de ciência.

2.0 – A Organização Totalitária

AS MASSAS – Nada caracteriza melhor os movimentos totalitários em geral e principalmente a fama de que desfrutam os seus líderes do que a surpreendente facilidade com que são substituídos. Stálin conseguiu legitimar-se como herdeiro de Lênin à custa de amargas lutas intrapartidárias e de vastas concessões à memória do antecessor. Já os sucessores de Stálin procuraram substituí-lo sem tais condescendências, embora ele houvesse permanecido no poder por trinta anos e dispusesse de uma máquina de propaganda, desconhecida ao tempo de Lênin, para imortalizar o seu nome.

O mesmo se aplica a Hitler, que durante toda a vida exerceu um fascínio que supostamente cativava a todos, e que, depois de derrotado e morto, está hoje tão completamente esquecido que mal representa alguma coisa, mesmo entre os grupos neofascistas e neonazistas da Alemanha.

Depois da Primeira Guerra Mundial, uma onda antidemocrática e pró-ditatorial de movimentos totalitários e semitotalitários varreram a Europa: da Itália disseminaram-se fascistas para quase todos os países da Europa Central e Oriental (os tchecos – mas não os eslovacos – foram umas das raras exceções) contudo, nem mesmo Mussolini, embora useiro da expressão “Estado Totalitário”, tentou estabelecer um regime inteiramente totalitário, contentando-se com a ditadura unipartidária.

Ditaduras não totalitárias semelhantes surgiram, antes da Segunda Guerra Mundial, na Romênia, Polônia, nos Estados bálticos (Lituânia e Letônia), na Hungria, em Portugal e, mais tarde, na Espanha.

Benito Mussolini e Adolf Hitler – Clássicos do Totalitarismo

Os nazistas, cujo instinto era infalível para discernir essas diferenças, costumavam comentar com desprezo as falhas dos seus aliados fascistas, ao passo que a genuína admiração que nutriam pelo regime bolchevista da Rússia (e pelo Partido Comunista da Alemanha) só era igualada e refreada por seu desprezo em relação às raças da Europa Oriental. O único homem pelo qual Hitler sentia “respeito incondicional” era “Stálin, o gênio”, e, embora no caso de Stálin e do regime soviético não possamos dispor (e provavelmente nunca venhamos a ter) a riqueza de documentos que encontramos na Alemanha nazista, sabemos, desde o discurso de Khrushchev perante o vigésimo Congresso do Partido Comunista, que também Stálin só confiava num homem, e que esse homem era Hitler.

Os movimentos totalitários são possíveis onde quer que existam massas que, por um motivo ou outro, desenvolveram certo gosto pela organização política.

As formas de organização totalitária, em contraposição com seu conteúdo ideológico e os slogans de propaganda, são completamente novas. Visam a dar às mentiras propagandistas do movimento, tecidos em torno de uma ficção central – a conspiração dos judeus, dos trotkistas, das trezentas famílias e etc. -, a realidade operante e a construir, mesmo em circunstâncias não-totalitárias, uma sociedade cujos membros ajam e reajam segundo as regras do mundo fictício.

Em contraste com partidos e movimentos aparentemente semelhantes de orientação fascista ou socialista, nacionalista, ou comunista, que dão a sua propaganda o apoio terrorista assim que atingem certo grau de extremismo (o que geralmente depende do grau de desespero dos seus membros), o movimento totalitário realmente leva a sério a sua propaganda, e essa seriedade se expressa muito mais assustadoramente na organização dos seus adeptos do que na liquidação física dos seus oponentes. A organização e a propaganda, e não o terror e a propaganda, são duas faces da mesma moeda.

O mais surpreendente novo expediente organizacional dos movimentos na fase que antecede a tomada de poder é a criação de organizações de vanguarda, ou seja, a definição da diferença

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