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CULTURA, Homem e Sociedade

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Por:   •  10/3/2014  •  Tese  •  2.108 Palavras (9 Páginas)  •  292 Visualizações

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CULTURA, INDIVÍDUO E SOCIEDADE

Cultura é uma preocupação bem viva nos tempos atuais, preocupação em entender os muitos caminhos que os grupos humanos tomaram e seus objetivos para o futuro, uma característica das sociedades contemporâneas, como a nossa, é a grande diversificação que ocorre do fato de que a população se posiciona de lados diferentes no processo de produção.

A abordagem de Peter Berger e Thomas Lukmann apreende a sociedade como uma realidade objetiva e ao mesmo tempo subjetiva e classificam a sociedade como uma produção humana e o homem como uma produção social. Os autores explicam a sociedade como realidade subjetiva, considerando que a socialização é o processo pelo qual ocorre a interiorização da realidade.

Berger e Lukmann (1999, p 175) dizem que “A socialização primária é a primeira socialização que o individuo experimenta na infância, e em virtude da qual torna-se membro da sociedade”. Ou seja o individuo é integrado a uma dada realidade criando um “eu” e um “mundo” objetivo, adquirindo conhecimento e entendendo o seu papel.

Passo 4

A CONSTRUÇÃO SOCIAL DA REALIDADE

O autor da obra “A Construção social da realidade” tem a intenção de mostrar que a realidade do sendo comum pode ser influenciada pelo mercado de ideias. Segundo o autor, para entender a realidade da vida cotidiana é necessário ter ciência de que a filosofia é inerente a essa construção.

O mundo da vida cotidiana não é apenas uma garantia dada pelos membros da sociedade, mas também surgem de aspectos particulares como pensamentos e ações. O autor entende que a melhor técnica de para atender a natureza dessa realidade é a fenomenologia, já que essa se constitui como uma técnica descritiva empírica, mas não cientifica do ponto de vista de ciência empírica.

O senso comum tem diversas interpretações sobre a realidade cotidiana, sobre os objetos se apresentam a consciência como sendo de diferentes esferas da realidade. A realidade é muito grandiosa e por isso as pessoas a recortam, ou seja, tiram um pedaço para si para que seja possível viver nela. O autor diz que as coisas ganham significados por meio da linguagem, a linguagem delimita as coordenadas da minha vida e enche os objetos de significados.

ETAPA 2

Passo 2

Neste filme, conseguimos ver realidades muito próximas de nós, muitos funcionários são como Lulu, sua vida é o trabalho, nada mais importa, sua família, lazer, viagens isso não é a prioridade. Comumente se chamaria de “operário-padrão”, um operário braçal que devido a sua alta produtividade passa a ser o parâmetro para todos os demais trabalhadores da fábrica BAN.

Lulu priorizava tanto o trabalho que chamava sua mulher de “carne de conserva”, pois ele compensava sua atenção a ela com supérfluos, na verdade, trabalhava demais, e o resultado de seu trabalho era utilizado para satisfazer os desejos consumistas de sua mulher.

A mudança na vida de Lulu, que talvez seja a responsável por afastá-lo da loucura é um acidente de trabalho. Para ele, parar a máquina para retirar a peça pronta era perda de tempo e de dinheiro, pegando as peças em movimento se pouparia 3 segundos por peça. Ao discutir com um colega ao mesmo tempo em que trabalha se desconcentra e a máquina decepa um dedo de sua mão. A perda do dedo dá uma virada na vida de Lulu.

De nada serve uma casa mobiliada, de nada serve a televisão, que apenas entretém o cérebro, sem alimentá-lo com nada útil. Nem sequer a satisfação sexual ele consegue devido à devastação física do trabalho. Ou seja, em todos os sentidos, o trabalhador é um ser mutilado, um homem pela metade, onde se sente desgastado pela rotina massacrante. Lulu gira em círculos com sua raiva, frustração, desânimo, sem saber como encontrar a solução para a existência autodestrutiva em que vive.

Ao final do filme Lulu é outra pessoa, com seus colegas durante o trabalho, ele não é mais um homem-máquina, se humanizou, canta, conversa, brinca, trabalha, dorme e sonha. Compartilha com os demais o sonho que teve em que um dia os operários derrubarão o muro que os aprisiona na BAN, a fábrica que na verdade produz muito mais do que peças que eles na verdade não sabem sua serventia, produz acima de tudo, trabalho alienado. A queda do muro da fábrica possibilita a todos trabalhadores sair do inferno capitalista e construir o paraíso. Assim como Lulu e tantos outros, continuamos sonhando com este dia.

Passo 4

Este filme nos remete a pensar nas manifestações populares no Brasil desde o meio de junho, deixou perplexas as autoridades da União, estados e municípios. De um protesto contra o aumento da passagem dos ônibus, a população incorporou temas pouco discutidos. Em que cenário surgiram os questionamentos por parte da população? São vários, mas alguns desses assuntos diretamente refletem na vida das pessoas.

Ainda nos dias de hoje, assim vivenciamos as mesmas interações sociais existentes na mensagem do filme “A classe operária vai ao Paraíso”, em relação ao consumismo, onde o filme retrata Lulu Massa trabalhando à exaustão com a finalidade de consumir, onde seu maior desejo é o consumismo da burguesia da época. Décadas passaram e percebemos nos dias atuais trabalhadores que dedicam sua vida ao trabalho com a finalidade de consumir os produtos que a sociedade prega como sendo necessários para que se enquadre em certo nível social.

Assunto igualmente atual são os movimentos sindicais, realmente observa-se que pouca coisa mudou na forma de agir e na forma de represália por parte dos patrões. Ainda somos surpreendidos nos jornais por notícias de que foi usada de força policial para conter manifestação de grevistas e sindicalistas.

O Brasil precisa mudar, e muito. E que comece pelo poder político, que é a reforma mais urgente de que a nação precisa. A reforma política de verdade deve contemplar fidelidade partidária, voto distrital, mandato do partido e não do político, fim da reeleição para todos os níveis, vereador como trabalho voluntário e não remunerado, cargos comissionados representando no máximo 2% do total de servidores, e fim do aparelhamento do Estado com indicações políticas.

ETAPA 3CULTURA, INDIVÍDUO E SOCIEDADE

Cultura é uma preocupação bem viva nos tempos atuais, preocupação em entender os muitos caminhos que os grupos humanos tomaram e seus objetivos para o futuro, uma característica das sociedades contemporâneas, como a nossa, é a

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