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prioridade para qualquer Governo, pois, na sua dinâmica transversal, ela constitui um insubstituível instrumento de comunicação.

A sua progressiva e acelerada degradação; a constatação dos elevados níveis de iliteracia de que padecem, actualmente, muitos utentes da Língua Portuguesa; a consciência de que ela representa a nossa cultura e o nosso orgulho em sermos portugueses, levam-nos a propor cinco medidas que entendemos constituírem sugestões interessantes para um melhoramento efectivo da nossa língua.

Quaisquer que sejam as soluções apontadas, elas terão de passar pela tríade «escola, sociedade e meios de comunicação social», que consideramos ser fundamental para abrir caminho a um progressivo e sistemático melhoramento da Língua Portuguesa.

Considerando que a língua em muitas situações do quotidiano constitui um sério entrave à comunicação e à satisfação de necessidades, é importante apoiar a publicação de instrumentos de descrição e estudo da língua (dicionários, glossários, gramáticas, correctores, neologismos autorizados…) e produzir algo concreto e prático, que permita um acesso rápido à informação desejada para resolver problemas comunicacionais.

É comummente aceite que o Português tem vindo, nas últimas décadas, a perder terreno, em detrimento de outras línguas, sobretudo o Inglês. Consideramos que uma língua que é falada por quase 300 milhões de pessoas deve continuar a merecer a atenção devida por parte das instituições escolares e particularmente do Ensino Superior e de técnicos e cientistas portugueses, que assim afirmam a vitalidade da sua língua.

O ensino da Língua Portuguesa deve ser encarado como um desafio para aqueles que têm a responsabilidade de o conduzir, antes de mais no país natal. O desafio envolve todas as escolas e estruturas ministeriais de apoio ao ensino da língua. Considerando ainda que a língua portuguesa tem uma forte presença social e cultural em várias nações, que é a 5.ª língua mais falada em todo o mundo e que é justo reconhecer o trabalho dos portugueses nas diferentes comunidades estrangeiras, entendemos que a nossa língua deve constituir oferta no ensino secundário e universitário no estrangeiro, com consequente expansão da lusofonia e divulgação dos nossos escritores, poetas, ensaístas e cientistas. Tal só pode ser efectivo se houver investimento sério na língua portuguesa no estrangeiro, integrando-a no sistema escolar do país, sem que se esqueça a difícil sobrevivência do português nalguns países de língua oficial portuguesa.

conclusão é coisa sua

é individual