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Da Sargeta A Sobriedade

Relatório de pesquisa: Da Sargeta A Sobriedade. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  4/11/2014  •  Relatório de pesquisa  •  3.623 Palavras (15 Páginas)  •  103 Visualizações

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Da sargeta a sobriedade

Escrito por José Renan de Oliveira Brito

A historia deste livro teve seu inicio em 1984, quando fui apresentado àquele que seria meu carrasco por quase duas décadas. Neste livro tento passar a vocês parte da minha historia, a luta que travei e ainda travo para manter-me em sobriedade.

A minha intenção ao escrever este livro é conscientizar aqueles que ainda sofrem de que tudo é possível, que com a ajuda de Deus e força de vontade poderemos nos libertar.

Baseando-me na programação de AA e NA e com a coragem e a força que Deus me deu hoje quase dois anos depois de deixar as drogas, sinto-me renovado para iniciar a escrever este livro para com ele tentar passar minha experiência a vocês, lembre-se que nós vivemos um dia de sobriedade de cada vez renovando nossos votos a cada amanhecer de liberdade e sobriedade.

Que deus nos ilumine para que possamos passar mais um dia de sobriedade.

A conscientização é o primeiro passo para a sobriedade.

José Renan de Oliveira Brito

Capitulo I

Do Inferno a Conscientização.

Nasci numa pequena cidade do interior do estado do amazonas, filho adotivo de um mecânico e uma professora, cresci como qualquer criança do interior, mas no inicio de minha adolescência tudo mudaria, aprendi desde cedo que tinha que trabalhar e ter responsabilidade, e por volta dos quatorze anos fui apresentado ao meu pior inimigo, o álcool.

Passei a ter uma vida dividida entre a euforia das noitadas e as discussões com a família, conforme o tempo foi passando, fui entrando cada vez mais em uma viagem que jamais esquecerei.

Sempre fui considerado um jovem superdotado, mais jamais consegui ter sucesso, ou coragem para terminar aquilo que começava, em 1990 aos 20 anos fui mandado para um colégio interno e também fracassei, cinco anos depois me mudei para Rio Branco para trabalhar como Operador de computadores, no inicio tudo parecia caminhar muito bem, mais sete meses depois fio demitido, então retornei mais uma vez para minha cidade.

Em 1997, após uma discussão com meu pai, sai pelo mundo sem destino, era natal e eu não tinha nenhuma idéia do que me esperava, parei em uma cidade chamada Rondonópolis, no estado do Mato Grosso, durante esse tempo estive em lugares em que a morte e a criminalidade caminhavam juntas, trabalhei em farias coisas, desde digitação até capinar nas lavouras de algodão, transitei entre prostíbulos e festas regadas a álcool e drogas.

Quando retornei a minha cidade natal em 1998, mais uma vez derrotado, passei a morar com minha mãe biológica, e comecei a trabalhar como digitador na Secretaria de Assistência Social, onde fiquei por dois anos, durante esse tempo sempre ouvi a frase você e muito competente mais o que estraga e a bebida, para mim era só mais uma critica injusta, mais o tempo me mostraria que eu estava errado.

Em 2001 fui aprovado em um concurso publico, e comecei a trabalhar como professor, isto pode soar até engaçado, afinal o que um alcoólatra tem para ensinar, mais isso era para mim o inicio da minha maior batalha, uma batalha que eu iniciaria em maio de 2002.

Neste ano, as minhas bebedeiras tinham se tornado cada vez mais freqüentes, e eu já morava sozinho, e achava que não tinha de dar satisfação da minha vida para ninguém.

Devido as constantes noitadas comecei a ter problemas de saúde, em uma das muitas noites de delírio lembro-me de pedir a Deus que se possível me tirasse da vida miserável em que eu estava, a resposta a esse pedido veio de uma maneira muito estranha.

Em maio de 2002 fui demitido, mais desta vez foi diferente, devido às amizades da minha família recebi uma proposta que antes soaria como ofensa, mais devido o meu triste quadro eu aceitei prontamente. A proposta e que se eu me submetesse a um tratamento para dependência química, poderia retornar ao trabalho após o tratamento.

Para ter pelo menos algum tempo de paz, eu resolvi aceitar, bem eu não tinha nem idéia do que eu ia enfrentar, mais como eu gostava de desafios viajei para Rio Branco, para começar o suposto tratamento.

Quando entrei pela primeira vez na sala de reuniões do Grupo de Convencimento da Associação de Parentes e Amigos de Dependentes Químicos (APADEQ), acreditava que seria recebido por médicos psicólogos, mais para a minha surpresa eram apenas pessoas que assim como eu estava ali para falar sobre suas duvidas e suas frustrações, umas ajudando as outras a ter apenas mais um dia de sobriedade. Ainda me lembro era dia primeiro de junho de 2002, ao sair da sala no final da reunião eu tinha tomado a decisão mais importante da vida.

Iniciei então a minha longa viagem para a sobriedade, uma viagem que eu teria de fazer não para algum lugar distante mais para dentro de mim mesmo. Internei-me no Centro de Recuperação para Dependentes Químicos Enok Balbino da Costa, aonde permaneci por nove longos meses.

Capitulo II

Aprendendo a Renascer

No Centro de recuperação fui apresentado ao AA e se programa de doze passos, neste capitulo eu tentarei a minha concepção sobre esses passos.

1º Passo

Admitimos que éramos impotentes perante o álcool – que tínhamos perdido o domínio sobre nossas vidas.

Admitir que e impotente perante o álcool não e fácil, para muitos e o passo mais difícil, pois se trata de aceitar a nossa derrota total e sem restrições, isto que dizer que ao admitir nós temos de ter a certeza de nossa condição e que jamais poderemos controlar o álcool, ou de que trocar de bebida vá fazer alguma diferença, acredite eu já tentei isto e não deu certo, temos que entender que somos incapazes e que o único inimigo que não podemos vencer e o álcool, mais podemos viver sem ele. Isto quer dizer que se não bebermos seremos vitoriosos mais ao primeiro gole teremos chegado novamente ao fundo do poço.

O primeiro passo só será feito com sucesso se praticado a cada momento do reto de nossas vidas, hoje quando penso em beber novamente lembro-me então das noites em que dormi pelas calçadas, aprendi que a melhor maneira de manter-me longe do álcool e sempre me lembrar

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