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EMILE DURKHEIM

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Por:   •  23/10/2014  •  1.889 Palavras (8 Páginas)  •  753 Visualizações

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ÉMILE DURKHEIM

Émile Durkheim, sociólogo francês de descendência judaica, nasceu no dia 15 de abril de 1858 na cidade de Épinal, Alsácia. Seus estudos primários foram realizados em um colégio daquela cidade e mais tarde em Paris, no Liceu Louis Le Grand e na École Normalde Superieure (1879). Em 1882, Durkheim se formou em filosofia e assim deu início seu interesse pelas questões sociais.

Alguns anos depois, Durkheim foi a Alemanha, numa viagem de estudos, para estudar ciências sociais. Na Alemanha, teve contato com Wilhelm Wundt (fundador da psicologia) e retornou com a vontade de desenvolver a sociologia na Franca, visando torná-la uma ciência autônoma.

Em 1887, tornou-se professor na faculdade de Bordeaux, no sul da Franca, no primeiro curso de sociologia criado em uma universidade. Em 1893, fundou a revista ‘’L’Anné Sociologique’’. Após 9 anos, Durkheim foi convidado para tornar-se professor suplente de pedagogia na Universidade de Sorbonne, em Paris. Este foi o periodo que Durkheim escreveu suas principais obras: ‘’A Divisao Social do Trabalho’’ (1893), ‘’As Regras do Método Sociológico’’ (1895), ‘’O Suicício’’ (1897) e ‘’As Formas Elementares da Vida Religiosa’’ (1912). Além destes textos, há ainda as seguintes obras póstumas do autor: ‘’Educacao e Sociologia’’ (1922), ‘’Sociologia e filosofia’’ (1924) e ‘’O Socialismo’’ (1928).

No ano de 1914, comecou na Europa a primeira guerra mundial. Seu filho morreu na guerra, e abalado com a situacao, no dia 15 de novembro de 1917, Durkheim morreu em Paris.

Para Durkheim ‘’a sociedade é superior ao indivíduo’’. A explicação da vida social tem seu fundamento na sociedade, e não no indivíduo. Uma vez criadas pelo homem, as estruturas sociais passam a funcionar de modo independente dos indivíduos, condicionando suas ações. A sociedade é muito mais do que a soma dos indivíduos que a compõem. Uma vez vivendo em sociedade, o homem dá origem a instituições sociais que possuem dinâmica própria. A sociedade é uma realidade ‘’sui generis’’: os homens passam, mas a sociedade fica.

A principal preocupação de Durkheim era a de fazer da sociologia uma ciência ‘’madura’’. Partia do princípio de que a realidade social é idêntica à realidade da natureza. Então, assim como as ‘’coisas’’ da natureza funcionam de forma independente da ação humana, as ‘’coisas’’ da sociedade também são uma realidade distinta da ação humana.

O papel da sociologia consiste em ‘’registrar’’ da forma mais imparcial possível a realidade pesquisada. Para Durkheim, portanto, sua percepção sociológica diz que a realidade é que se impõe ao sujeito, por isso, as ciências sociais deveriam adotar o mesmo método que as ciências da natureza.

Durkheim se ispirou na biologia como método orientador para a sociologia. Assim, definiu o objeto da sociologia como sendo o ‘’fato social’’. Segundo Durkheim, ‘’é um fato social toda a maneira de agir, fiza ou nao, capaz de exercer sobre o indivíduo uma coerção exterior, ou ainda; que é geral no conjunto de uma dada sociedade tendo, ao mesmo tempo, uma existência própria, independente das suas manifestações individuais’’. Desta forma, o fato social possui tríplice caráter: exteriores, que provêm da sociedade e não do indivíduo; coercitivos, são impostas pela sociedade ao indivíduo; e objetivas, que têm uma existência independente do indivíduo.

Para Durkheim, os fatos sociais não existem por acaso. Estas formas de agir existem porque cumprem uma função. Ele afirma: ‘’quando nos lançamos na explicação de um fato social, temos de investigar separadamente a causa eficiente que o produz e a função que ele desempenha’’.

Explicar os fatos sociais significa demonstrar a função que eles exercem, segundo Durkheim. Esta explicação nao se encontra no futuro, entretanto, e sim no passado. É preciso investigar a razão pela qual surgiu aquela prática social primeiro, para depois determinar sua função.

Durkheim compara a socieade a um ‘’corpo vivo’’. Daí o nome de metodologia funcionalista para seu metodo de análise. Seguindo a análise do corpo vivo, para ele a sociedade (corpo) é composta de várias partes (orgãos) e cada parte cumpre uma função em relação ao todo.

Durkheim também se dedicou a entender as sociedades concretas, tanto aquelas do passado, como o mundo no qual ele vivia, demonstrando que a sociedade vai modelando o comportamento social do homem.

Durkheim se preocupou em analisar qual a função que a divisão do trabalho cumpre nas sociedades modernas. Para ele, a sociedade passa por um processo de evolução, caracterizado pela diferenciação social. Vai desenvolver o processo de evolução social, onde a etapa inicial é a ‘’sociedade de solidariedade mecânica’’ e a etapa final ‘’sociedade de solidariedade orgânica’’. A solidariedade mecânica e a solidariedade orgânica são diferentes estratégias de integração das pessoas nos grupos ou nas instituções sociais.

Segundo Durkheim, os indivídios vivem em comum porque partilham de uma ‘’consciência coletiva’’ comum (um conjunto de crenças e sentimentos comuns à media dos membros de uma mesma sociedade, que forma um sistema determinado que tem vida própria).

Nas sociedades de solidariedade mecânica, existe total predomínio do grupo sobre os indivíduos, ou seja, pouco espaço para a individualidade. A explicação para que os indivíduos vivam em sociedade está no fato de que eles partilham de uma ‘’cultura comum’’ que os obriga a viver em coletividade. Para demonstrar o predomínio da consciência coletiva sobre a conduta dos indivíduos, Durkheim optou pelo estudo das normas jurídicas que, segundo ele, são um dos meios pelo qual a sociedade materializa suas convicções morais, que são um dos elementos da consciência coletiva. Nas sociedades de solidariedade mecânica predomina o direito repressivo, enquanto nas sociedades de solidariedade orgânica predomina o direito restitutivo. A diferença entre os dois é que, enquanto no direito restitutivo o objetivo da lei e das penas é apenas restabelecer a ordem das coisas, no direito repressivo existe o predomínio da punição.

Durkheim observou que a estrutura das sociedades tradicionais era caracterizada por uma repetição de segmentos similares e homogêneos, que não tinham nenhuma relação entre si. Deste modo, Durkheim concebeu a estrutura das sociedades antigas como sociedades segmentadas, onde os grupos sociais vivem isolados, com um sistema social que tem vida própria, onde basta-se em si mesmos e tem pouca comunicação com o mundo exterior.

O sociólogo

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