Freakonomia

Resenha do Livro Freakonomics

O lado oculto e inesperado de tudo que nos afeta

Steven D. Levitt

Stephen J. Dubner

Curitiba, 25 de abril de 2014

Freakonomics

Apesar do título do livro fazer referência a economia, ele não fala dos temas econômicos como inflação, desemprego, PIB, balança comercial, entre outras. O ponto de encontro é na metodologia de análise que os economistas tradicionalmente utilizam mas agora olhando temas inusitados.

O livro descama levemente a superfície da vida moderna e descreve o que acontece por debaixo dela, foi escrito a partir de uma visão de mundo muito especifica, baseada em algumas ideias fundamentais:

1- OS incentivos são a pedra de toque da vida moderna. Entende-los ou investiga-los e chave para solucionar praticamente qualquer enigma, dos crimes violentos a trapaça nos esportes ou no namoro na internet.

2- A sabedoria convencional em geral está equivocada. Não havia escalada da criminalidade nos anos 90, o dinheiro sozinho não ganha eleição, ninguém jamais provou que tomar 8 copos de agua por dia faz bem à saúde. A sabedoria convencional costuma ser mal fundamentada e muitíssimo difícil de investigar, mas isso não e impossível.

3- Causas distantes e até mesmo sutis podem, muitas vezes, provocar efeitos drásticos. A solução de um determinado enigma nem sempre está diante de nossos olhos.

4- Os especialistas - dos criminologistas aos corretores de imóveis usam suas informações privilegiadas em benefício próprio. No entanto eles podem ser vencidos em seu próprio jogo.

5- Saber o que medir e como medir faz o mundo parecer muito menos complicado. Quando se aprende a examinar os dados de forma correta, e possível explicar enigmas que do contrário pareciam insolúveis, pois nada como o poder dos números par remover camadas e camadas de desconhecimentos e contradições.

Já na introdução; O lado oculto de tudo, os autores trazem a flora a questão da redução na criminalidade nos estados unidos na década de 90. Os especialistas em criminologia atestavam a redução a vários fatores; como melhoria no nível de emprego, aumento do efetivo policial e aumento da severidade das penas criminais. Por meio de números e estatísticas os autores tentam provar que a criminalidade nos Estados Unidos diminuiu por causa de uma mulher que resolveu ir à justiça exigir seu direito de fazer uma aborto, caso que se tornara lei mais adiante em 1973.

Ainda na introdução o caso dos corretores de imóveis que agem de acordo com as circunstancias, sendo que em causa própria o preço de suas vendas irremediavelmente tendem ser mais superiores a de seus clientes.

Os autores se amparam em diversas evidencias numéricas e estatísticas para demonstrar que muitas vezes o senso comum está errado e que as causas de muitas coisas na vida cotidiana são outras. Enquanto o moralismo representa a forma como as pessoas gostariam que o mundo funcionasse, a economia representa a forma como ele realmente funciona.

O primeiro capítulo – “O que os professores e os lutadores de sumô têm em comum?” – abre-se com a discussão de uma experiência em creches de Israel. Um par de economistas sugeriu uma solução para o problema dos atrasos dos pais em recolher as crianças – multá-los em US$ 3 a cada atraso – e a testaram. O número de atrasos passou de oito para vinte por semana. Foi um erro, concluem os autores, substituir um incentivo moral por um incentivo econômico: ao serem intimados a pagar a multa, os pais se isentaram de culpa e passaram a julgar o atraso algo bem menos grave.

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