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James Clifford - Sobre a Autoridade Etnográfica

Por:   •  22/6/2016  •  Resenha  •  532 Palavras (3 Páginas)  •  2.295 Visualizações

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James Clifford - sobre a autoridade etnográfica

Larissa Cabral [1]

Nesse texto Clifford irá abordar a discussão sobre como a autoridade etnográfica surgiu e qual foi o processo para tal legitimação, no qual o mesmo faz um apanhado histórico de como surgiu o estudo antropológico, mostrando que antes antropólogo e etnógrafo tinham papeis distintos sendo que, o primeiro teria o papel de construir teorias gerais e o segundo de descrever os costumes.

Antes para legitimar o trabalho de campo era necessário apenas descreve-lo, posteriormente necessitava-se título cientifico e conjunto de significados teóricos sobre os fatos observados, atualmente faz-se necessário observar a presença do nativo e ouvir suas palavras.

Assim surge um novo gênero de etnografia; a observação participante, que vem trazer a veracidade da fala do antropólogo em 4 modos de autoridade, modo experimental; imperativo; dialógico e polifônico.

O modo experimental é o modelo clássico, trazido por Malinowisk onde a autoridade se apresenta comprovando "Eu estive lá", já o modelo imperativo se dá por meio da textualização como um pré requisito para a interpretação, no qual o discurso se transforma em um texto, no modo de observação participante do modelo dialógico a pesquisa acontece por meio da fala do nativo, onde pode ocorrer no texto pequenas citações do pensamento do nativo, já no modo polifônico a produção do conhecimento se dá por meio de uma produção colaborativa, colocando os informantes como construtores ativos do trabalho.

Ele seleciona 6 tópicos para validar uma etnografia eficiente baseada na observação participante.  O 1º é a legitimação do etnógrafo através da academia, a distinção entre viajante e o etnógrafo profissional; 2º concentrar o trabalho de campo em áreas particulares com focos em algumas questões especificas, isso diminuiria consideravelmente o tempo de estudo no campo. 3º ênfase no poder de observação, um olhar treinado, a interpretação também dependeria a descrição visual. 4º trazer um pensamento esquematizado antes de ir a campo, não chegar “cru” à aldeia.5º chegar ao todo através do estudo de partes, focalizar a temática em algumas instituições especificas. 6º realizar a pesquisa em um período de curta duração, o “presente etnográfico”, ciclo de um ano, um estudo do agora, sincrônico. Clifford cita a experiência de alguns antropólogos, como Mead, Evans Pritchard e Radcliffe-Brown que utilizam esses métodos.

Clifford discute a questão da linguagem, sabendo que a linguagem não é neutra as palavras da escrita etnográfica não podem ser pensadas como monologa ou a legitima declaração sobre a interpretação de uma realidade, “a linguagem da etnografia é abstraída por outras subjetividade” (Clifford,2002, p.44). O texto antropológico é construído e atravessado pela subjetividade dos sujeitos, ai se mostra a questão de quem é o autor das anotações feitas no campo.

Ao final ele fala da questão de autonomia múltipla e de como citar o informante” aqueles colaboradores nativos para os quais o termo informante não é o mais adequado se é que um dia foi” (Clifford,2002, p.**). A saída é partilhar a autoria do trabalho, a etnografia polifônica olha com simpatia pelos escritos em língua nativa. Enfim, a abordagem do texto volta para discutir sobre importantes estilos de autoridade etnográfica e resenha sobre principais modos de autoridade; experiencial imperativo; dialógico e polifônico.

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