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MOVIMENTOS SOCIAIS

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Por:   •  17/3/2015  •  1.378 Palavras (6 Páginas)  •  288 Visualizações

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O QUE É MS:

Para Mª da Gloria Gohn, os MS são ações coletivas de caráter sociopolítico, construída por atores sociais pertencentes a diferentes classes e camadas sociais, eles politizam suas demandas e criam um campo politico de força social na sociedade civil, e para tanto precisam ter uma identidade em comum (ser negro, mulher, etc.). Esta identidade decorre da força do principio da solidariedade e é construída a partir da base referencial de valores culturais e políticos, construído pelo grupo, são acima de tudo, entidades capazes de aprender sobre o mundo e sobre si, alterando e revendo suas demandas, propostas e parcerias, criam um imaginário de unicidade, uma visão de totalidade e no cenário do mundo globalizado o conflito social vem sofrendo mudanças, no mundo moderno, da esfera da produção para a esfera dos problemas da cultura, e nestas, os problemas de identidade cultural seriam os mais importantes, gerando movimentos em torno das questões de raça, gênero, nacionalidade, etc. e tem como principal foco, as áreas temáticas e seus eixos de manifestações, como problemas sociais e a contextualização desses problemas, sua localização geográfica, seus objetivos programáticos e características das suas redes de mobilização.

Os MS têm estreitas relações com uma serie de outras entidades sociopolíticas como partidas e facções politicas, igrejas, sindicatos, ONGs, setores da mídia e atores sociais formadores de opinião pública, articulados em redes sociais com interesses em comum.

Os movimentos sociais podem ter tanto caráter emancipatório e transformador, como meramente integratorio e conservador e contribuem para o desenvolvimento e transformação da sociedade civil e politica.

OS MS ANTES E DEPOIS:

Os MS atuais se diferenciam em relações ao do passado por que:

-Houve redefinição na sua própria identidade e na qualificação do tipo de suas ações, esta mudança esta menos focada em pressupostos ideológicos, como no passado, e mais nos vínculos de integração com esferas da sociedade, organizadas segundo critérios de cor, raça, gênero, habilidades e capacidade, bem como de conscientização e geração de saberes. Além disso, os MS da atualidade, ao atuarem num cenário contraditório, em que politicas, programas e projetos podem engessa-los, discutem e problematizam a esfera pública com vista a construção de novos modelos organizativos.

-Os movimentos do passado possuíam papel essencialmente universalizante, uma vez que lutavam pelo “direito a ter direitos”, mas hoje o que se busca é o reconhecimento e o respeito às diferenças e as demandas e características particulares, representados pelos movimentos identitários. Atualmente existe grande variedade de organizações, articulações, projetos e experiências, refletindo a ampliação do leque dos MS.

-O próprio Estado está reconfigurando as suas relações com a sociedade e gradualmente reconhecendo as suas relações com a sociedade e gradualmente reconhecendo a existência desses novos sujeitos coletivos. No entanto, conforme explica Gohn, disso decorre uma inversão de papeis: ao estabelecer relações com os movimentos, o Estado passa a exercer uma influencia politica, retirando deles o caráter politico e de pressão, em outras palavras os MS passam a sofrer forte influencia e ate mesmo controle das estruturas politicas do Estado, que transformam as identidades politicas dos movimentos e fazem com que as demandas coletiva seja suplantadas por uma serie de outras demandas especificas e isoladas, e em decorrência, o Estado torna-se o único ponto de integração e convergência.

-Com a alteração do formato das mobilizações neste milênio e a ampliação dos sujeitos coletivos, os MS estão agora dispostos em redes associativas, graças a profusão de novas tecnologias de comunicação.

DIFERENÇA ENTRE MS E AÇÕES OU REDES DE MOBILIZAÇÃO CIVIS:

O 1º mobiliza ideias, consciência, e demandas, as segundas podem sofrer influencia politica direta, limitando-se a ações pontuais, de cunho conciliador e não transformador.

ANOS 60:

O golpe militar de 64 pôs fim a um ciclo de mobilizações e organização popular

ANOS 70:

Os MS emergem das cinzas, embaladas pela teologia da libertação, organizaram milhares de pessoas e deram origem a MP vigorosos como “Custo de Vida”(depois Carestia)por vagas nas escolas, transportes, saúde...Grande parte desse movimento serviu de base de apoio as greves que se espalharam pelo pais entre 78-79

ANOS 80:

Foi um marco na historia sociopolítica no Brasil com o Mov. Diretas já, onde foi declarada a morte do regime militar, o país se mobilizou por uma nova Constituição. Os sindicatos passam a lutar contra as politicas de exclusão social do governo, a luta agora é para manter o emprego e não por melhores salários e condições de trabalho.

ANOS 2000:

Marca o retorno dos MS à cena politica nacional incorporando a experiência adquirida via a participação nos conselhos, fóruns e outras formas.

ONGs: São as faces mais visíveis do Terceiro Setor, muito diferentes entre si, quanto aos seus objetivos, projetos, formas de atuação e ação coletivas.

70-80: tendo como base as matrizes discursiva da igreja, as ONGs militantes, que atuam segundo ações estratégicas, utilizando-se de lógicas instrumentais, racional e mercadológica. Contribuíram decisivamente para a queda do regime militar, fundamentaram suas ações na conquista de diversos direitos, lutaram

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