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Movimentos Sociais

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Por:   •  12/8/2014  •  2.849 Palavras (12 Páginas)  •  213 Visualizações

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A preocupação com o estado do meio ambiente não é recente, mas foi nas últimas três décadas do século X que ela entrou definitivamente na agenda dos governos de muitos países e de diversos segmentos da sociedade civil organizada. No âmbito empresarial, a preocupação é ainda mais recente, embora não tenham faltado empresas e entidades empresariais que buscassem práticas ambientalmente saudáveis, mesmo quando o assunto apenas começava a despertar interesse fora dos círculos restritos de especialistas e das comunidades afetadas diretamente pelos problemas. Na atualidade, o meio ambiente é um tema que ganhou as ruas, os auditórios, a imprensa e faz parte do vocabulário de políticos, empresários, administradores, líderes sindicais, dirigentes de ONGs e cidadãos de um modo geral. Porém para a maioria das empresas, essa preocupação ainda não se transformou em práticas administrativas e operacionais efetivas, pois se tal já estivesse ocorrendo, o acúmulo de problemas ambientais que coloca em risco todos os seres vivos certamente não se verificaria com intensidade que hoje se observa. A globalização dos problemas ambientais é um fato incontestável e as empresas estão, desde a sua origem, no centro desse processo. A Educação Ambiental tem fundamental importância nesse processo, sua meta é desenvolver uma população mundial consciente e preocupada com o meio ambiente para atuar individual e coletivamente na busca de soluções para os problemas atuais e para a prevenção de novos problemas.

Esse trabalho tem por objetivo apresentar a Educação Ambiental como peça chave na formação de cidadãos conscientes de suas responsabilidades sócio-ambientais e promover valores e sentimentos que motivem as pessoas e os grupos a se tornarem participantes ativos na defesa do meio ambiente e na busca de soluções para os problemas ambientais, apresenta também uma cronologia dos movimentos ambientais a partir dos anos 60.

Há cerca de 65 milhões de anos, um meteorito atingiu a Terra, alterando profundamente os ecossistemas existentes. Muitas espécies, entre elas os dinossauros, desapareceram em razão do grande impacto ambiental provocado pelo choque.

Outros fenômenos naturais, como os terremotos e as erupções vulcânicas, do mesmo modo causam impactos importantes ainda em nossos tempos, sem que as ações tomadas pelo homem possam se antecipar ou reparar os danos causados pela própria natureza.

Apesar de ser imenso o desafio de proteger o meio ambiente das ações do homem, os exemplos citados mostram que esse desafio é mais fácil de vencer do que os de causas naturais, cuja extensão e data de ocorrência a humanidade nem sequer consegue prever.

O homem vivia no interior das cavernas que habitava, com os resíduos de caça e restos de animais com os quais se alimentava. Ao construir seus primeiros aldeamentos, passou a jogar o lixo em sua periferia. Com o crescimento da população humana, os rios e, por fim o mar passaram a receber esses detritos, embora nossos indígenas os acumulassem nos sambaquis, que constituem preciosa fonte de informações para os pesquisadores de sua história. Nossas cidades ainda hoje se debatem com os aterros e “lixões”, enquanto muitos vêem na incineração uma solução para, pelo menos, reduzir os volumes a dispor. No entanto, foi apenas recentemente que o homem percebeu que a verdadeira solução é não gerar resíduos, e sim desenvolver técnicas que eliminem os desperdícios, ensejando desse modo um desenvolvimento sustentável.

Nos tempos modernos a preocupação com a conservação dos recursos naturais e com a degradação da biosfera pelo homem pode ser identificada de forma pontual.

Em 1861, o imperador D. Pedro I sancionou, no Rio de Janeiro, uma lei para proteger a Floresta da Tijuca, uma floresta urbana que estava então degradada. Em 1863, o Parlamento Inglês aprovou o Alkali Act, primeira lei ambiental, para regular a emissão de poluentes do ar pela indústria do vidro da época. Em 1872, criou-se, nos Estados Unidos da América, o primeiro parque nacional – o Parque Yellowstone. Essas foram ações pioneiras que serviram de exemplo a seguir por todo o mundo.

No entanto, foi apenas na segunda metade do século X que um grupo de cientistas, reunidos no chamado Clube de Roma, na década de 1960, utilizando-se de modelos matemáticos, previniu dos riscos de um crescimento econômico contínuo baseado na exploração de recursos naturais esgotáveis. Seu relatório Limits to Growth, publicado em 1972, foi um sinal de alerta que incluía projeções, em grande parte não cumpridas, mas que teve o mérito de conscientizar a sociedade dos limites da exploração do planeta.

A década de 1960 viu surgir os primeiros movimentos ambientalistas motivados pela contaminação das águas e do ar nos países industrializados. Já vinha ocorrendo a contaminação da baía de Minamata, no Japão, com mercúrio proveniente de uma indústria química. Criara-se a consciência de que resíduos incorretamente dispostos podem penetrar na cadeia alimentar e causar mortes e deformações físicas em larga escala, por meio de um processo de bioacumulação. A descontaminação do rio Tamisa e a melhoria do ar ambiente em Londres são exemplos dessa fase precursora dos cuidados com o meio ambiente que poderíamos denominar de década da conscientização.

Contribuiu muito para essa conscientização um livro publicado em 1962, escrito pela bióloga norte-americana Rachel Carson – Silent Spring (Primavera Silenciosa)-, no qual a autora alerta par ao uso indiscriminado de pesticidas, que, além de destruir insetos como se pretendia, envenenavam os pássaros. Dedicado a Albert Schweitzer, o livro principia com as palavras desse grande humanista: “Man hás lost the capacity to foresee and to forestall. He will end by destroying the earth” (O homem perdeu a capacidade de antever e de previnir. Ele terminará por destruir a Terra).

Ainda nessa década de conscientização entrou em vigor, em 1964, o Tratado

Antártico, que estipula que o continente antártico somente poderá ser utilizado para fins pacíficos. O Tratado foi aditado em 1991 pelo Protocolo sobre a Proteção Ambiental, que se designa a Antártica como reserva natural e estabelece rígidos princípios ambientais que regulam todas as atividades humanas naquela parte do planeta.

Nessa década a Educação Ambiental ainda não estava bem delineada e por vezes, era confundida com educação conservacionista, aulas de ecologia ou atividades propostas por professores de determinadas disciplinas, que ora privilegiavam o estudo compartimentalizado dos recursos naturais e as soluções técnicas para

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