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Mudanças sociais de Emile Durkheim

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Por:   •  4/12/2014  •  Projeto de pesquisa  •  1.026 Palavras (5 Páginas)  •  1.643 Visualizações

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Introdução

O debate que aqui se pretende tratar gira em torno da questão da mudança social na abordagem de três dos principais autores da sociologia clássica, a saber, Emile Durkheim, Max Weber e Karl Marx. A questão se coloca enquanto um debate devido às metodologias construídas por cada um deles para o tratamento daquilo que definimos aqui como objeto sociológico. Em termos gerais, a própria definição do objeto não coincide nas diferentes visões. Somente à título de exemplo, passemos rapidamente pelas definições dadas por cada um

Auguste Comte: Que acreditava que a mudança social estava situada na mente, na qualidade e quantidade de conhecimentos sobre as sociedades. Com base nisso, ele afirmou que a humanidade percorreu três estágios no processo da evolução do conhecimento.

No estágio teológico. As pessoas atribuíam entidades e forças sobrenaturais as responsabilidades pelos acontecimentos.

estagio- metafísico. Surgiu quando as entidades sobrenaturais foram substituídas por ideias e causas abstratas e, portanto, racionais. Seria o momento da Filosofia.Terceiro estágio - positivo. Corresponde à era da ciência e da industrialização, na qual se invocam leis com base na observação empírica, na comparação e na experiência. Seria o momento da Sociologia.

A mudança social por Emile Durkheim

A partir da definição do fato social como um fato que ocorre independente da vontade dos indivíduos, Durkheim aponta a perspectiva de sempre, em analise, encontrar o típico do conjunto, não necessariamente do individuo. Complemento a esse processo de formação de seus conceitos vem o método que pode ser nomeado como Histórico-Comparativo. Fundamento central desse método é encontrar no passado, nas formações passadas de determinados agrupamentos sociais, elementos que possam ser usados para explicar fatos do presente. A proposta é encontrar formas onde tenhamos fatos sociais que possam ser comparados e que dessa comparação possamos encontrar explicações sociológicas.

Em nosso caso, para encontrar elementos a respeito da mudança social, principalmente nas obras “A divisão do Trabalho Social” (Durkheim, 1982) e “O suicídio” (Durkheim, 1982), vamos atrás de conceitos que nos permitam definir sociedades, conceitos esses que as tornem comparáveis entre si. Pela trajetória que o autor opta para a formação desses conceitos, temos a questão da moralidade como seu elemento fundante. Dele derivamos a idéia de sociedades superiores, mais modernas, com características que explicitaremos a seguir, e sociedades primitivas que, como iremos também definir, permitem explicitar aspectos das primeiras que aqui se apresentam em estado menos desenvolvido. As sociedades primitivas são definidas como agrupamentos nos quais existe uma maior homogeneidade entre os indivíduos. Vivendo com tarefas simples, como exemplo podemos pensar em sociedade tribais, existe uma maior consciência coletiva, e os códigos de convivência, o direito, tem função apenas repressiva, visando a manutenção da ordem.

Indivíduos na mudança social por Max Weber

Apesar do período no qual Weber desenvolve sua obra ser muito semelhante, temporalmente, ao de Emile Durkheim, as diferenças nas abordagens desenvolvidas por cada autor são marcantes. Começando pelos elementos já apontados, não é apenas a existência do individuo que se apresenta na obra de Weber, mas o individuo efetivamente como centro da analise. A idéia de se ter como objeto a relação entre os indivíduos coloca na verdade o individuo como a única coisa que de fato existe, daí sua importância louvada.

Na temática das ciências das culturas, ao discutir as formações sociais pelo método compreensivo, Weber definirá tipos ideais para diferentes categorias de relação entre os indivíduos. Uma categoria fundamental para a discussão da transformação é a categoria da Ação Social. São diversas as motivações, as intenções, que um individuo tem ao agir. O autor propõe sua classificação em categorias, sendo elas a ação tradicional, a ação afetiva, a ação racional relativa a valores e a ação racional relativa a fins. A tradicional, como

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