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Neotomismo

Por:   •  11/5/2015  •  Ensaio  •  1.026 Palavras (5 Páginas)  •  315 Visualizações

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  • 3. Vimos também que esse enfrentamento tem como princípio e objetivo final o trabalho apostólico dos leigos fiéis. Toda a prática assistencial foi, portanto, no período que vai de fins do século XIX até 1960 (no Brasil), um trabalho religioso.
  • 4.  E nós vimos que a noção paulina de caridade teve importância crucial na teologia de Tomás de Aquino.υ Sendo assim, é evidente que a noção de caridade deveria estar no centro dessa prática. υIntrodução
  • 5.  Contudo, a maneira como Tomás de Aquino influencia esse trabalho e, no bojo deste, o serviço social, é indireta: ela se faz pelo neotomismo.υ Não por acaso, assim, será o pensamento de Tomás que estará na base do trabalho social da Igreja. υIntrodução
  • 6. É esse neotomismo, calcado nesses dois princípios, que será ensinado nas escolas de serviço social a partir de 1936. o do bem comum.  o da dignidade da pessoa humana; Duas noções, duas ideias, são destacadas, no neoteomismo. São dois princípios:
  •  Mas quem dá o impulso maior – se seguirmos as palavras de Aguiar – será de novo Leão XIII, em sua encíclica Æterni Patris.υ No XIX começa a ser retomado nas universidades. υ Nos séculos XVII e XVIII, o ensino do tomismo está em baixa. υRenascimento do Tomismo
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  • 10.  Destas três noções, a primeira é a mais importante. 3) “questão ética”. υ 2) alguns “conceitos de sociedade e bem comum”; υ 1) a “visão de pessoa humana”; υ Aguiar destaca alguns aspectos do pensamento tomista: υ
  • 11.  Tomás, ademais, fará uma distinção entre intelligentia (anjos) e intellectus (humanos).θ A união entre o corpo e a alma distingue o humano tanto das “inteligências separadas” – os anjos – quanto dos seres naturais orgânicos e inorgânicos. θ
  • 12.  Isso porque, na ordem da criação, a alma vem logo após os anjos; em seguida, os corpos; logo...ϖ A união da alma com o corpo torna o corpo humano o mais perfeito entre todos os corpos do universo (que é o conjunto das coisas criadas). ϖ
  • 13.  O homem é um corpo racional, e é isso o que distingue a pessoa humana. Pela razão, o homem é consciência de si, vontade, e liberdade.υ No homem, a perfeição da “inteligência” se manifesta na racionalidade. υ
  • 14.  E isso significa que a pessoa humana pode não cumprir o seu fim último, que é conhecer e unir-se a Deus.¬ Liberdade implica moralidade, pois a liberdade para escolher isto ou aquilo implica responsabilidade pela escolha efetuada. ¬
  • 15.  Mas, realizando-o completamente, a pessoa cumpre o seu fim último e por isso realiza o progresso social, já que o homem é um “animal social”.υ Desse desvio de percurso nascerão todos os problemas de ordem moral (pecado, mal etc.). υ
  • 16.  O coletivo, aqui, está (e deve estar) acima do indivíduo.υ A pessoa do homem é um “ser social”, que como tal deve buscar antes de tudo a perfeição do coletivo. ¬ Quer dizer, o homem só vive entre outros, na multitudo, em coletividade. υ
  • 17.  Sociedade, para Tomás, não é outra coisa senão a união de homem com vistas a realização de alguma coisa que é comum a todos.υ Isso significa que o bem comum está acima do bem individual – para realizar este, é preciso realizar aquele primeiro. υ
  • 18.  Essa coisa comum é o “bem-estar da sociedade”, desde que esse possa ser partilhado por todos. (Compreendemos, então, a oposição da Igreja ao liberalismo). Só há comunidade se há partilha do bem comum.θ
  • 19.  A lei eterna é o plano racional de Deus ao criar o universo e todas as criaturas. Não podemos conhecê-la completamente, mas dela participamos.υ Mas o que é que garante e preserva essa comunidade? Lex aeterna, lex divina, lex humana, lex naturalis. υ
  • 20.  A lei divina é a lei revelada aos homens, na Bíblia. A lei natural é aquela presente no corpo humano e em outros; e como ela é necessariamente racional (já que feita pelo Criador inteligente), dela deriva a lei humana – o “direito positivo” do Estado.θ
  • 21.  O Estado, portanto, sendo fruto da lei natural também presente no homem, é algo natural (e não histórico), como afirmava Aristóteles. E em todo Estado há autoridade – do contrário a lei humana não é respeitada e a desordem se instala.υ
  • 22.  Ocorre, porém, que lex naturalis e lex humana se subordinam à sua fonte primeira, Deus; portanto, subordinam-se tanto à lex divina como à lex aeterna (a esta sobretudo).θ
  • Assim, não são os homens que devem decidir mudar ou transformar a sociedade, e sim os mandatários de Deus.υ Ora, a Igreja é uma instância que representa uma “ordem divina” e, portanto, “eterna”. υ
  • 25.  Nessa perspectiva, toda aspiração à transformação (por exemplo, na forma da revolução) fica bloqueada. Eis por que o serviço social, em seus inícios, foi antes de tudo reformista, negando-se a si qualquer aspiração à transformação social (p. 43).υ
  • 26.  Na verdade, essa instituição foi criada especificamente para oferecer as bases teóricas da prática assistencial católica.υ A partir de 1920, haverá uma instituição católica que buscará fazer uma espécie de “ciência social” da Igreja: a “União Internacional de Estudos Sociais”. υ
  • 27.  Este elaborará um documento, contendo o “catecismo” da intervenção social e política da Igreja. Trata-se do ´”Código de Malinas”.υ A União foi fundada em Malinas, na Bélgica, e será inicialmente presidida pelo Cardeal Mercier. υ
  • 28.  Logo, a Igreja deve ser “fiscalizadora” da economia, já que é ela a guardiã da moral.υ O principal neste código, além das afirmações baseadas em Tomás, é a afirmação de que economia e moral não se separam. υ
  • 29.  Claro que quando falamos da transmissão do neotomismo estamos falando dos espaços onde isso era possível: nos centros e núcleo de estudos, mas sobretudo nas faculdades.υ Em seguida, o autor trata do neotomismo especificamente no Brasil. υ Segundo o autor, o neotomismo irá exercer sua influência sobre a assistência social católica também através desse código. υ

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