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O papel dos movimentos sociais no contexto da crescente globalização

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Por:   •  11/11/2013  •  Artigo  •  696 Palavras (3 Páginas)  •  364 Visualizações

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As empresas capitalistas utilizam as descobertas científicas e tecnológicas para introduzir inovações nos seus processos produtivos e/ou administrativos, objetivando assim, reduzir custos com matérias primas e salários. A precarização das relações de trabalho, a polivalência e o desemprego tecnológico deterioram ainda mais as condições de vida da maioria da população, o que diminui, por sua vez, a demanda, tão necessária à expansão capitalista.Como já se mencionou anteriormente, a ação das empresas no sentido de manter ou multiplicar seus lucros, acabam aprofundando a superexploração da força de trabalho, que passa a ter seu poder de compra diminuído. Surgem então, as crises de superprodução, que, aliadas ao descontrole da especulação financeira, transformam-se em ingredientes básicos do aprofundamento da crise atual do mundo globalizado.

Diante da crescente globalização, os movimentos sociais e outras instâncias participativas têm um papel muito importante a cumprir, pois, através da sua capacidade reivindicativa, podem orientar políticas públicas favoráveis aos interesses das classes subalternas. É de se notar, ainda, que os movimentos sociais estão em processo de internacionalização, e surgem, por exemplo, redes mundiais de jovens, de mulheres, de indígenas, de migrantes e de refugiados. Também as entidades de trabalhadores, de profissionais liberais, de consumidores, ecológicas e étnicas, consolidam-se e generalizam.

O progresso técnico é irreversível. A era da comunicação e da informática une todas as regiões do mundo quase instantaneamente. Neste contexto, é importante sublinhar que não se trata de colocar obstáculos às conquistas da ciência e da tecnologia e sim de criar mecanismos institucionais capazes de orientar a racional aplicação social desses avanços. Para que o Estado não se submeta inteiramente à lógica do mercado, os sistemas de controle político e jurídico devem ser reforçados. As contradições do mundo globalizado exigem que se estabeleçam mecanismos regulatórios, em nível internacional, sobre o comportamento do setor financeiro e das empresas cuja atuação precariza o trabalho e prejudica o meio ambiente, deteriorando a qualidade de vida na terra.

Um dos temas prioritários atualmente é o da responsabilidade social e econômica do Estado-Nação e das empresas privadas na construção de um novo modelo de desenvolvimento social. Torna-se fundamental o controle deste processo pelas organizações progressistas da sociedade civil, para que os interesses fundamentais das classes subalternas, em especial dos excluídos, sejam o principal alvo das transformações em curso.

A satisfação das necessidades básicas da população precisa da construção de um modelo alternativo de sociedade, no qual formas igualitárias e solidárias possam sobrepor-se aos interesses particulares do capital. É preciso reconhecer que a exclusão social só poderá ser enfrentada através de mecanismos políticos, se o objetivo prioritário for construir uma sociedade mais justa. "Governar a globalização" passa, portanto, por decisões políticas que questionem o modelo vigente e levem à construção de um projeto alternativo de estrutura social: equitativo, sustentável, plural e democrático.

Referências

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