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SOCIALISMO E COMUNISMO

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Por:   •  20/8/2014  •  904 Palavras (4 Páginas)  •  428 Visualizações

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SOCIALISMO E COMUNISMO

Muitas vezes socialismo e comunismo são empregadas erroneamente como sinônimos, porém, na concepção original de Karl Marx, elas seriam duas etapas diferentes do processo revolucionário que deveria acabar com as estruturas capitalistas. Segundo Marx, na primeira fase - o socialismo, haveria necessidade de existência de um Estado controlado pelo proletariado para organizar o funcionamento da sociedade. A próxima fase seria o comunismo, na qual o Estado passaria a ser desnecessário e seria extinto, sendo substituído por livres associações de produtores, e cada pessoa seria remunerada de acordo com suas necessidades, sendo que o consumismo e a acumulação de dinheiro não existiriam.

Muitos historiadores e teóricos afirmam que de acordo com as teorias marxistas originais, o socialismo nunca foi superado e por conseqüencia, o comunismo nunca existiu de fato. Por outro lado diversos especialistas defendem que o comunismo original foi alcançado, mas com algumas modificações, necessárias porque as forças políticas haviam mudado desde a época de Marx.

CONCEITO

No seu uso mais comum, o termo "comunismo" refere-se à obra e às idéias de Karl Marx e, posteriormente, a diversos outros teóricos, notavelmente Friedrich Engels,Rosa Luxemburgo, Leon Trotsky, Vladimir Lenin, Antonio Gramsci, entre outros. Uma das principais obras fundadoras desta corrente política é O Manisfesto do Partido Comunista de Marx e Engels e a principal obra teórica é O Capital de Marx.

As principais características do modelo de sociedade comunal proposto nas obras de Marx e Engels são:

• A inexistência das classes sociais.

• As necessidades de todas as pessoas supridas.

• A ausência do Estado.

Para chegar a tal estado, Marx propõe uma fase de transição, com a tomada do poder dos meios de produção pelos proletários para abolir a propriedade privada destes e a conseqüente orientação da economia de forma planejada e controlada pelos próprios produtores, com o objetivo de suprir todas as necessidades da sociedade e seus indivíduos. Marx entende que, com as necessidades supridas pela abundância promovida pelo desenvolvimento atingido pela produtividade do trabalho (isto é, das forças produtivas), as classes sociais deixam de existir e, portanto, não existe mais a necessidade do Estado, visto que este existe somente em decorrência da existência de classes.

Algumas vertentes do socialismo e do comunismo, identificadas como anarquistas, defendem a abolição imediata do Estado. Tornam-se mais visíveis as diferenças entre estes grupos quando se sabe que a primeira Associação Internacional dps Trabalhadores (AIT) terminou como resultado da cisão entre marxistas (que acreditavam na necessidade de tomar o poder do Estado para realizar a revolução) e bakuninistas (que acreditavam que não haveria revolução a menos que o Estado fosse abolido em simultâneo com o capitalismo, além da defesa do terrorismo como prática de luta).

A teoria que dá base à construção do comunismo tem como ponto de partida a análise feita por Marx da socidade capitalista. Segundo ele, a propriedade privada dos meios de produção, característica fundamental do capitalismo, só existe com a apropriação da mais-valia pela classe dominante, ou seja, a exploração do homem pelo homem, que é fundamental ao capitalismo.

Marx demonstra que somente em uma sociedade sem classes sociais essa exploração não ocorreria. Considerava, ainda, que somente o proletariado poderia, por uma luta política consciente e conseqüente de seu papel histórico, derrubar o capitalismo, não para constituir um Estado para si, mas para acabar com as classes sociais e derrubar o Estado como instrumento político de existência e dominação das classes.

A palavra comunismo apareceu pela primeira vez na imprensa em 1827, quando Robert Owen se referiu a socialistas e comunistas. Segundo ele, estes consideravam o capital comum mais benéfico do que o capital privado. As palavras socialismo e comunismo foram usadas como sinônimos durante todo o século XIX. A definição do termo comunismo é dada após a Revolução Russa, no início do século XX, pois Vladimir Lenin entendia que o termo socialismo já estava desgastado e deturpado. Por sua teoria, o comunismo só seria atingido depois de uma fase de transição pelo socialismo, onde haveria ainda uma hierarquia de governo.

2.4.3 TERMINOLOGIA

O comunismo é o modo de produção em que a sociedade se libertaria da alienação do trabalho, que é a forma de alienação que funda as demais, onde a humanidade se tornaria emancipada, tendo o controle e consciência sob todo o processo social de produção. Em outras palavras, o comunismo é o "trabalho livremente associado", nas palavras do próprio Karl Marx. Enquanto no capitalismo o trabalho é livremente comercializado, enquanto mercadoria, na sociedade comunista, com a socialização dos meios de produção, o trabalho deixaria de ser um aspecto negativo e passaria a ser positivo, isto é, o trabalho seria a afirmação do prazer, dado a abundância de produtos e o desenvolvimento da produtividade do trabalho, que faria com que pudéssemos trabalhar cada vez menos, com processos de mecanização e controle racional, levando em consideração a questão da natureza.

Em uma sociedade comunista não haveria governos estatais ou países e não haveria divisão de classes, pelo contrário, a sociedade seria auto-gerida democraticamente, entretanto não na forma política e sim através da atividade humana consciente. No Marxismo-Leninismo, o Socialismo é um modo de produção intermediário entre capitalismo e comunismo, quando o governo está num processo de transformar os meios de produção de privados para sociais.

Então seria possível para as pessoas acreditarem numa sociedade comunista sem necessariamente utilizar da via proposta por Karl Marx, por exemplo utilizando o comunismo-religioso ou Anarcocomunismo. Mas obviamente, para alcançar a emancipação humana há os obstáculos promovidos pela classe dominante, no caso, a burguesia, que detém todos os meios contra a revolução socialista.

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